• Capítulo XXVIII •

641 52 23
                                    

“Em tempos de calmaria as flores mais belas dão seu ar da graça, mas no meio do caos as mais perigosas mostram sua astúcia

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

“Em tempos de calmaria as flores mais belas dão seu ar da graça, mas no meio do caos as mais perigosas mostram sua astúcia.”

– Ana Castro

A noite passada tinha sido intensa e apaixonada entre o casal. Cada toque os proporcionando prazer dizia o que ambos ainda não tinham coragem para falar em voz alta. Se amaram até o sol nascer sem pudor ou receio, aos gritos e gemidos, saboreando cada parte do corpo de ambos, sem pressa ou vontade de parar.

Ao acordar Alexandre sente o aperto dos braços de sua esposa ao seu redor, ela escondia o rosto na dobra de seu pescoço, ressonando tranquila, parecendo estar tendo um bom sonho, se mexendo um pouco, ainda com as pernas entrelaçadas aos do moreno. Que sorri, se deslumbrado com a cena, beijando a testa dela, enquanto passava a mão por seu cabelo longo, rosa, que se espalhava pela cama, ambos estavam nus na cama, somente com o edredom os cobrindo, e ao se dar conta disso o moreno se solta do abraço da esposa para ficar sentado na cama. Admirando a rosada nua em sua cama, deitada de bruços, já abraçando o travesseiro que o mesmo usava antes, parecendo lhe procurar em seu sono.

O edredom a cobria somente até o começo de sua cintura, suas costas estavam cobertas apenas por seu longo cabelo bagunçado. O semblante sorridente do CEO muda ao ver mais uma vez a cicatriz enorme nas costas de sua esposa, após ajeitar o cabelo dela para o lado ele passa de levemente os dedos pela extensão do machucado já cicatrizado, que começa perto da nuca, dando uma leve inclinada até o final da cintura.

Uma vez Malu tinha lhe dito que o corte foi feito com uma faca, como um castigo após negar as investidas de Edgar, já maior. Toda vez que Alex vê o corte só tem mais vontade de matar o desgraçado. Que ainda estava trancado onde judas perdeu as botas, sendo torturado dia sim e não, até que decidisse tirar a sua própria vida.

Perto da cicatriz maior havia mais algumas menores feitas pela mesma faça, e outras que pareciam ser fruto de chicotadas, exatamente como as marcas que sua esposa tinha antes atrás das pernas. Marcas essas que foram apagadas em sua maioria, como às dos pulsos, com um procedimento estético que o mesmo fez também para suavizar a cicatriz de seu próprio rosto. Entretanto mesmo menos assustadora ela ainda estava lá, assim como algumas pelo corpo de sua esposa que eram mais profundas e antigas, como a das costas dela, por isso ambos ainda tinham suas inseguranças quanto sua imagem.

E mesmo com suas costas marcadas ainda poderia ficar ali por horas, admirando a mulher que iluminava a sua vida.

Começa a beijar a tal cicatriz de sua esposa, como fazia quase toda manhã para acorda- lá, mas a mesma continua dormindo apenas se mexendo um pouco. Negando com a cabeça ele sorri, achando fofo a preguiça dela, rapidamente se levanta querendo tomar um banho e se vestir.

Te- te tezinho!

Milena falava, ao gritos, babando ao balbuciar outras palavras que somente um bebê entendia, sozinha já sentava no berço, tentando se levantar para pegar o trem preso no mobile. O objeto é uma de suas coisas favoritas desde que vou um em um passeio com seus pais. Um dos vários que os três fizeram ao chegar na Itália antes do moreno ficar cheio de trabalho.

A Felicidade em Meio a SolidãoWhere stories live. Discover now