• Capitulo XLI •

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"Vai ver as rosas

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"Vai ver as rosas. Assim compreenderás que a tua é única no mundo..."

- O Pequeno Príncipe

A vida é como uma aquarela de múltiplas cores, que muitas vezes não fazemos ideia qual o tipo de arte irá se formar em uma tela em branco. Pode ser do tipo tranquila, que estimula paz, alegria e comoção ou do tipo caótica, de sentimentos revoltos, ódio ou dor. A alma de um artista é sensível diferente dos demais, seja ele de qualquer categoria, de toda forma esse artista ainda verá o mundo com outro olhar, ainda terá outra percepção dos problemas ao todo.

Problemas que para a maioria não têm solução, mas para eles é a base de suas criações, eles os tornam cativantes.

O mundo pode se destruir lá fora e ainda assim um artista encontrará beleza para admirar, seja chorando ou sorrindo, em um dia de sol ou tempestade. Lua, Malu e Alex têm isso em comum, ambos são bons artistas, na dança, pintura e moda, com seus próprios desastres pessoais, ainda conseguem eternizar plena beleza caótica.

O céu escuro e estrelado tinha algumas nuvens pesadas e cinzas, dispersas, quase escondendo a enorme lua cheia que Malu observava encostada no vidro da porta do carro que a levava para casa. Está sentada ao lado de seu marido que segura sua mão em seu colo, que apertava sentindo seus rosto molhar cada vez mais com as lágrimas grossas que deslizavam sem que a mesma se importasse, permanecendo ali quieta, observando a lua, a achando linda enquanto se deixava sentir a dor que o dia inteiro lhe causou. Alex, sentado ao seu lado sentia o seu próprio coração se apertar ao passar a mão pela bochecha de sua amada esposa, enxugando seu rosto, parecendo sentir a dor de cada lágrima derramada em silêncio por ela, parecia ser pior vê- la nesse estado do que sentir sua própria dor, e ainda sim a achava tão linda sob a luz da lua. A beleza de sua rosa quase o distraía de todo desastre que estava diante deles, seu passado, seus inimigos tentando matar sua mulher e o perigo que sua filha corria.

Já para Luana a raiva e o ódio que tinham que queimar em seu peito neste maldito instante em que troca tiros com seu próprio pai e irmão mais velho, ela se negava a se entregar para toda dor que queima dentro de si, não por seu pai, mas por seu irmão, que sempre pensou ser o único que lhe restou como família. A festa virou um caos com os homens da família sendo defendidos pelos ditos: pássaros da morte.

Os que restaram se escondiam do tiroteio e outros entravam para o confronto entre os Raven's e os homens da família Bianchi, e recuando dos ataques frequentes da líder deles Vittorio e Andreas vão para os fundos se escondendo dos tiros que a morena e seus protetores atiravam em sua direção, mas em algum momento ambos se separaram e a morena ficou em seu pai. Com a mansão em chamas, ou boa parte dela, os céus parecem ter tido misericórdia por aqueles que não tinham nada haver com a raiva fluindo em Luana, que facilmente poderia alimentar aquele fogo, mais e mais, até não restar nada do lugar onde cresceu. Ela andava entre as chamas, depois de seus homens conseguirem impedir o avanço dos homens de seu pai, que agora estava no chão, após se desequilibrar quando suas balas acabaram e sua filha ainda vinha em direção dele, com sangue nos olhos.

A Felicidade em Meio a SolidãoWhere stories live. Discover now