• Capítulo II •

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"A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor

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"A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e dividindo a nossa dor."

- Joseph Addison

Ao ouvir tais palavras vindas de seu melhor amigo, primo e sócio de sua empresa Alexandre evita seu olhar, preferindo observar a paisagem na janela, tentando pensar em qualquer coisa, menos na noite em que sua ex- noiva conseguiu o que ela tanto queria, pois preferia não se recordar de momentos tão sujos e asquerosos.

Noite essa que lhe causava pesadelos constantes, e que deixava sua saúde mental por um fio. Claro que ninguém sabia a verdade sobre tal noite, e sequer imaginavam que a menina era fruto de um plano tão ardiloso, somente Ítalo, e por esse motivo sua mãe e irmã não imaginavam a dor que era o forçar a criar qualquer vínculo com a criança que para ele era um lembrete constante de tal noite, a prova de sua vulnerabilidade, uma parte da mulher que tanto odeia e abomina, sem falar do incêndio que lhe tirou parte de sua aparência e o movimento de suas pernas.

- Alex, tem que contar a elas que a criança não é sua filha, faça o DNA e comprove isso.

Ítalo fala olhando em direção do amigo que fala direto, curto e grosso ainda sem o encarar.

- Não tenho que contar ou comprovar nada, pois a garota é minha filha para todos os efeitos, e assim vai continuar sendo!

Seus amigos, Ítalo, Bruno, seu médico e seu segundo advogado, Victor insistiam para que o empresário fizesse o teste para comprovar a paternidade da criança que só tinha um mês de vida, mas o mesmo sempre negava dizendo que não era necessário, e somente seu primo sabia o motivo de sua relutância. Fazer o teste e comprovar a paternidade da bebê que era praticamente certeza seria admitir que aquela noite aconteceu, coisa que Alexandre não queria, por outro lado se a menina não fosse sua ela iria para um abrigo, e mesmo sendo frio e distante em relação a ela o CEO não queria dar tal destino a menina que poderia crescer protegida sob seu legado, mesmo que para isso tivesse que passar por cima de toda a raiva que sentia de sua genitora.

- Ah claro, agora ela é sua filha, mas se recusa a ver ela.

Ítalo fala sarcástico, já cansado de ver sua tia e sua prima sofrendo ao ver Alex rejeitar tanto a criança desde que ele acordou do coma que ficou por um mês. Mas logo se arrepende quando o moreno lhe lança um olhar irritado, furioso, pois com aquelas palavras parecia que Ítalo estava fazendo pouco de sua dor, de toda a sua situação.

- Alex, eu não...

- Você e todos os outros falam como se fosse fácil encarar a razão de todo o meu sofrimento. - ele diz furioso usando toda a sua força para jogar o jarro de flores na mesinha ao lado com tudo na parede em frente a cama, e exclama ainda furioso. - Tudo por que uma cretina decidiu ser a Sra. Moretti!

- O que ela fez pode não ter dado em nada Alexandre, a criança pode ser filha de um dos amantes dela.
Ítalo fala indo rapidamente até o primo, tirando outro jarro de suas mãos.

A Felicidade em Meio a SolidãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora