• Capítulo XVI •

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"Toda vez que me sinto inseguro, lembro das situações em que subestimei a minha força"

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"Toda vez que me sinto inseguro, lembro das situações em que subestimei a minha força"

- Autor desconhecido

Foi- se o tempo em que achavam que ter depressão ou ansiedade era coisa do diabo, maldição de bruxa, falta de Deus ou de ocupações extras. Mas sinceramente, quem sente tais tormentos em sua vida não vão duvidar muito disso.

Pois como denominar sentimentos que nem mesmo sabemos explicar?

Essa confusão que assola muitos, uma dor que te destrói de dentro para fora, medo que te isola de tudo e todos por incompreensão. Muitos diferem sobre a depressão, uma tristeza que não é tristeza, enraizada por um acontecimento, passado ou atual, alimentada por gatilhos de palavras inesperadas, que muitas vezes é soltada sem intensão por aqueles que mais amamos ou odiamos, lembrete de seus maiores pesadelos. Aquilo que muitos acham fácil superar, por só levantar da cama, sorrir, se animar ou dançar. Diferente do que pensam o depressivo não é o tempo todo choroso, não, geralmente aqueles que mais mostram seu sorriso são os mais desesperados para sair do fundo de um poço.

É fácil falar em superação quando não está em uma cama, pedindo em desespero para Deus ou qualquer um lhe salvar, implorando para que a dor se vá, sentindo uma angustia tão forte no peito que poderia gritar, vivendo em uma imensidão de pensamentos sombrios dos quais não sabe se livrar.

Quem poderia culpar uma alma tão atormentada querendo aplacar uma dor com outra, quem poderia julgar um ser tão desesperado por liberdade?

A ansiedade já é um tanto mais oposta, mas pode doer tanto quanto a outra. É o resumo de um desespero e medo de não conseguir alcançar aquilo que tanto deseja ou espera, é a expressão de um tremor, dor no peito, falta de ar e a falta de freio em pensamentos repetitivos, repentinos, que muitas vezes te enganam, te paralisam com o que ainda estar por vir ou não.

Uma bomba pronta para explodir dentro de si.

Imagina ter os dois, um verdadeiro inferno na terra, que muitos ainda fazem pouco caso. Para uns tem cura, para outros ela parece não existir. Juntar tudo isso a outros acontecimentos a situação parece piorar mil vezes mais, principalmente sem apoio nem um. Lidando com isso no frio e na escuridão da solidão.

Maria Luiza tinha feito a prova com rapidez, afinal tudo ali parecia fácil demais para si, pois nunca teve dificuldade em estudar já que era a única forma de fugir de sua antiga realidade, eram os livros que lhe salvaram. Por isso os números, letras e contos sempre foram sua maior e melhor companhia. Mesmo sob o olhar de desconfiança da professora que aplicou a prova ela saiu da sala se sentindo livre, ansiosa para encontrar a sua irmã mais velha, que lhe esperava no fim do corredor sorrindo para ela, sabendo que sua maninha tinha arrasado no teste. Então um grupo de garotos lhe parou, colegas antigos que perturbavam os seus dias naquela escola, perguntaram se ela estava grávida e se tinha saído de casa.

A Felicidade em Meio a SolidãoМесто, где живут истории. Откройте их для себя