A Infiltrada

Capítulo 41

Reta final!!!

Teremos o próximo e penúltimo capítulo!

Muito obrigada a todas(os) vocês!

Margareth

Tudo estava tão vívido na minha mente que conseguia sentir o meu corpo se arrepiar e minha visão embaçada daquela sala frígida.

O hospital já não era mais minha realidade. Havia sido deixado para trás fazia uns dias, porém menos as lembranças. Um anel pesava no meu dedo, e toda vez que o fitava meu corpo explodia de surpresa e emoção. Céus! Eu iria me casar, nem eu acreditava uma fatalidade dessa. Sim, a algum tempo para mim casamentos eram fatais, tanto para mulher quanto para a mulher. E agora cá estava eu, grávida de quase quatro meses com uma barriga na qual mal aparecia por conta do porte físico, e com uma aliança de noivado na mão.

Minha família do Brasil explodiria.

A palavra explosão ficaria no meu pensamento e vocabulário, pois é a única que se encaixava nisso tudo.

- A mala está pronta? - Natasha perguntou pela milésima vez.

Respirei fundo nesta contagem. Mesmo que amasse o país, pensar que estávamos "fugindo" não me agradava nem um pouco.

- Sim. - Respondi, fechando a última mala. O vôo marcado para as 14 horas não me deixava um segundo em paz. Dominic estava no Capitólio passando o cargo pra outro administrador. E eu estava arrumando malas a espera do táxi para me levar até o aeroporto. Táxi porque Humphrey decidiu isso. Mas quem disse que eu iria de táxi?

- Mais o que há com você? - Nat parou de fechar a mala de presentes da família. Que era gigantesca. - Sei que passou por um momento difícil, mas essa não é a Maggie que eu conheço.

Queria poder dizer que tudo isso dentro de mim, era raiva e vergonha desta fuga idiota. No hospital eu estava tão fragilizava que nem pensei antes de dizer sim para viajar para o Brasil.

- Não é nada.

Marchei até Nat puxei o final do feicho. De repente os olhos de Natasha aumentaram e suas mãos apertaram meu braço.

- O meu Deus! Você quer desistir do casamento? - O som saído dos seus lábios não era melhor do que de um pato engasgado. Engoli a saliva fitando incrédula o rosto de minha Tia Jovem. 

Meus lábios se entreabriram para acabar com aquela idéia.

- Quem quer desistir?! - Outra voz feminina. Parou minha tentativa falha de explicação. - Maggie?! Você quer desistir?

Ava, junto a filha encaravam nós duas. Ambas pareciam me olhar como se eu tivesse de repente criado uma guelra.

- Não! Eu não quero! - Gritei antes que tudo se tornasse o maior papo da família. Respirei fundo sentindo meus olhos se umidecerem

Ah, não. Eu não vou chorar!

- Casar? - Perguntaram em uníssono.

NÃO! Fugir!

Queria responder, mas envolve-las não era uma boa ideia.

Os olhares escuros ainda fitavam-me com dúvida.

- Eu vou me casar se é isso que vocês pensam que não. - Minha voz saiu embargada. Droga de hormônios!

Logo, todas se aglomeravam a minha volta. E por incrível que pareça queria o colo da minha mãe. Eu estava sentindo-me tão fraca. Uma coisa que fui a tantos anos distantes. Aquela não era eu, uma mulher que fugia de um país porque algumas pessoas me queriam longe.