Divirtam-se! Com estas confissões!
Beleza exótica?
Quando alguém diz que você é exótica significa que você é esquisito, animais exóticos são considerados normais? Não, ele tem uma diferença grande, e eu não sou exótica por ser negra.
— Ah, muita obrigada pelo elogio, mas não preciso dele, eu sei o que devo fazer. — Retruquei. Dominic o encarou ao abrir a boca para dizer algo, porém o interrompeu.
— Você não deveria andar por aí sozinha a está hora, principalmente com esses acontecimentos.
Ajustei o lenço e a touca no cabelo. Sem olhar para meu adorado chefe.
— Eu sei me defender sozinha.
Dominic arqueou as sobrancelhas andando um pouco como um convite para que eu o acompanhasse, e o segui, realmente tínhamos que sair dali.
— Como fez agora não é mesmo?
Deu de ombros o encarando.
— Conhecia você por isso não me procupei, apesar de não conhecer ele. — Apontei para o seu amigo que já me aborrecia. A rua terminava numa curva, para mim, desconhecida.
— Pelo jeito conhece muito bem não é mesmo? — Debochou o loiro olhando para Dominic com um sorriso bem malicioso e sarcástico, parecia estar dizendo aquilo com certo tom de desafio. — Já sabem disso? Porque eu como seu amigo e primo não fazia ideia que estava se envolvendo com uma negrinha.
Meu rosto esquentou ao ouvi-lo me chamar assim.
— Quem pensa que é pra falar nesse tom comigo? — Parei a caminhada encarando-o com raiva. Nem me conhecia e estava falando como se eu fosse um vagabunda, e na verdade me chamar de vagabunda nem me atingia tanto, mas se referir como uma por conta da minha cor isto é demais.
— Cale a boca Henry. — Dominic tomou a palavra, as íris de Henry brilharam em revolta.
— Você está me mandando calar a boca por causa de uma Preta? — Fitou-me com nojo. — Deve está fazendo maravilhas na sua cama pra estar a defendendo assim.
A adrenalina que subiu por meu corpo fez me jogar sobre ele, estava pronta para soca-lo, porém Dominic colocou seu corpo na minha frente segurando-me pelos braços e então enlaçando minha cintura, fazendo-me parar no caminho.
— Olha é uma selvagem ainda! — Falou se afastando de mim com os olhos cheios de repugnância — E eu só estava tentando ajudar.
— Ajudar me ofendendo?! Eu não preciso de sua ajuda — Cuspi. — E pra sua informação adoro ser Preta, e minha cor não me torna instrumento sexual de ninguém.
Dominic estava calado, parecia saber o que eu iria fazer, e me segurar seria o ideal para ele sabendo que poderia arranhar aquela carinha linda dele sem precisar de uma arma pra isso.
— Engraçado que sua cor além de seduzi-lo — Apontou com a cabeça com um sorriso presunçoso. — parece que meu primo provou e gostou desse seu instrumento, Pretinha.
Grasnei de ódio, porém Dominic apertou-me, não pude ver sua expressão, mas não precisa.
— Me solte Dominic! Vou mostrar o que a Preta aqui sabe fazer! — Vociferei com ódio. — Vou arrancar esse saco e vamos ver o quão machão vai parecer pra continuar me ofendendo assim por causa da minha cor!
Dominic me empurrou para trás. E seguiu adiante até ficar cara a cara com ele.
Meu corpo tremia de raiva, não era a primeira vez que isto acontecia, não era, se dirigir a mim como um "bom" instrumento sexual por causa da minha cor.
BINABASA MO ANG
A Infiltrada
RomanceA vida da policial Margareth Johnson Silva, estava boa para variar, e isto incluia as noites casuais com seu amigo policial Sammy. Entretanto, uma ligação na delegacia de Washington e uma reunião, acabaram por vez desta normalidade. Um Klan descende...