•Noventa e Nove•

Comincia dall'inizio
                                    

-Vamos quando?

-Só arrumar as coisas e ir. -Falei e ela assentiu. -Vamos falar com seu pai, antes de tudo. -Falei e ela assentiu.

Terminamos aquele baseado e fomos. Não poderia descrever a minha felicidade. Chegamos na boca e perguntei se JP estava ocupado e falaram que não e que Isa estava com ele, então batemos na porta e entramos,eles nos olharam e se olharam.

-Ai meu Deus, o que aconteceu? -Perguntou ele nos olhando assustado.

-Nem falamos nada. -Falei.

-Mas não é um bom sinal.

-Deixa eles falarem, João. -Isa falou revirando os olhos.

-A gente tem que conversar com vocês. -Kim falou e se sentou. -Explica a história que eu falo o resto. -Ela falou tomando a frente, realmente, eu ficaria enrolando até amanhã.

-Você sabe que eu sou irmão lá no Helipa, eu sou muito chegado do Dono de lá, o Piolho. Infelizmente, teve um desacerto que os homi logo encurralou ele e quebrou ele, mas ele não morreu, entrou em coma. Só que antes de desmaiar, ele me deixou no comando do morro. -Falei e ele escutava tudo atentamente. -Eu vou ter que voltar pra São Paulo, o quanto antes. -Completei e ele ficou surpreso.

-E eu vou junto. -Kim soltou de uma vez e João arregalou os olhos pra ela.

-O que? Tá maluca?-Perguntou ele se levantando.

-Maluca nada, vou ficar com meu namorado, maluco é você achando que vou ficar aqui longe dele. -Falou ela se levantando também, me levantei e segurei Kimberly.

-Amor, senta, a gente não veio pra discutir. -Falei.

-Lógico que não vai ter discussão, ela não vai. -Falou João Pedro.

-Eu já sou maior de idade. -Falou ela.

-Kimberly, você tá maluca?Você não vai se mudar de bairro, você não tá indo pro asfalto, você tá indo pra outra cidade, São Paulo. Você tá fumando pedra?

-Eu não estou indo sozinha, estou indo com meu namorado, e não estamos indo sozinhos, estamos indo pra casa dele. -Retrucou Kimberly tão rápido que pensei que eles já tinham ensaiado essa discussão.

-Kimberly, mudar assim, do nada, é perigoso, filha, você nunca foi pra lá, no máximo pra Santos e Ubatuba, não sabe como é a cidade grande. -Falou ele com a voz mais mole.

-Pai, eu sei me cuidar, além do mais, eu não vou estar sozinha, já falei. Vou estar com o Alex, lembra? Um dos caras que você mais confia... Eu confio nele mais do que você, e eu amo ele muito mais também. -Ela falou e me olhou, sorrimos.

-O Senhor não precisa ficar com medo, nada nunca vai acontecer com ela. Kimberly é a minha fiel, quem relar o dedo nela vai morrer, todos sabem. Lá na quebrada, não se mexe com criança e nem com a fiel dos outros, é poucas idéias tanto pra homem quanto pra mulher, não tem idéia pra trocas, se chamar nas idéias e tiver pelo errado vai logo passar, na melhor, dependendo do que tiver acontecido, nois tortura até o corpo não aguentar mais e se auto desligar. -Falei seriamente olhando pra ele. -Essa decisão foi dela, ela sabe que pode voltar o tempo que quiser, assim como vocês podem e devem ir nos visitar, acontece que, não tem como eu ficar aqui, eu preciso voltar e cuidar da minha quebrada.

-Mas eu não entendi porque você que ficou como substituto... E o Sub? -João perguntou.

-Meu avô foi Dono do Heliópolis. -Falei e ele se surpreendeu.

-E não era pro seu pai ser o Dono? -Assenti.

-Ele é o herdeiro do Morro, mas quando meu avô morreu, meu pai conseguiu finalmente ficar com a minha mãe, porque minha mãe era só uma moradora do morro, moça de família, nunca gostou dessas coisas, ai quando meu avô morreu, eles se assumiram pra cidade toda, mas as responsabilidades chegaram e eu cheguei junto, minha mãe falou que não queria casar com o dono do Helipa e ter um filho assumido com ele, então o meu pai negou a herança e ficou pro primo dele, o Piolho. -Falei e ele assentiu.

Aconteceu 2: Filha do MorroDove le storie prendono vita. Scoprilo ora