CAPITULO VINTE E UM

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Não faço ideia de quanto já andamos pela floresta adentro com um único foco de luz vindo do seu telemóvel, mas tenho a noção que já devemos estar longe de casa

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Não faço ideia de quanto já andamos pela floresta adentro com um único foco de luz vindo do seu telemóvel, mas tenho a noção que já devemos estar longe de casa.

— Falta muito? — Pergunto razoavelmente cansada, mesmo assim não deixo de andar.

— Acho que não.

Olho-o.

— Achas que não? —Replico desesperada — Não tens a certeza?

A sua mão insiste em apertar a minha e a guiar-me por entre os pinheiros em direção a algo que não faço ideia do que seja, até que os seus pés estancam na terra abatida obrigando-me a fazer o mesmo.

— Sim, agora tenho a certeza. —Responde-me minutos depois à minha pergunta, apontando a lanterna digital para um único ponto. — Ali está o que nós precisamos.

Aperto os olhos e avanço uns passos para à frente sem largar a sua mão. Ao longe — mas não muito — está um dodge challenger hellcat preto igualzinho ao que Noah teve quando era jovem. Este está estacionado no meio do pinhal e não se encontra sozinho, com ele há um homem alto de cabelo loiro encostado ao capô.

Engulo em seco ao mesmo tempo que dou passos para trás, para me posicionar ao lado de Dominick. Segundos depois me dou conta que estou a apertar a sua mão com força como se ele fosse a minha salvação. E neste caso, ele o é.

— Ele é meu conhecido. —Tranquiliza-me.— Relaxa, ele é de confiança.

As suas palavras não chegaram a tempo ao meu cérebro e nem ao restante do meu corpo quando começou a andar na direção do individuo puxando-me consigo. A minha mão continuou a segurar a sua com a mesma intensidade, a outra juntou-se ao seu braço musculado, agarrando com a mesma força.

Mais uma vez estou-lhe a mostrar as minhas fraquezas. Isto não deveria acontecer. Mas é mais forte do que eu quando está ao meu lado. Há uns minutos atrás, apercebi-me que Dominick intendeu que estive a fazer um sacrifício enorme para engolir todas as lágrimas que inundaram os meus olhos quando pela primeira vez, sentada sobre o muro da minha casa, olhei para o outro lado da cidade. Ele poderia ter comentado algo a respeito desse sentimento, ou questionado, mas não o fez, fingiu que não tinha apercebido. E eu agradeço-lhe por isso.

Dominick não se aproximou muito do homem loiro que se levantou calmamente do capô para vir ao nosso alcance. Um bonito sorriso sincero ocupou os seus lábios ao esticar a mão na direção do meu guarda-costas.

— King, como estás? — Cumprimenta o individuo, com sotaque Americano, ao mesmo tempo que os dois homens trocam um aperto de mão.

Christian, é Dominick! — Dominick rosna tenso num tom acusatório na direção do tal Christian enquanto os dois continuavam de mãos dadas. — Percebestes?! — Pergunta entre dentes.

PERIGOSAMENTE TENTADOR | NOVA VERSÃOWhere stories live. Discover now