CAPITULO ONZE

3.8K 337 50
                                    

Olá! Tudo bem?  Hoje iremos conhecer Jackson Green. Ele vai-nos deixar um pouco confusas.Espero que gostem do capítulo, votem e comentem.

Boa Leitura.

Boa Leitura

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


O sangue continuava visível nas ranhuras das palmas das mãos. Mesmo que eu insistisse em passar por de baixo de água morna e esfregar-se com sabonete, elas continuariam lá. Farta, mando o sabonete para dentro do lavatório e passo mais uma vez as mãos por água. Limpo-as à toalha branca que tenho a volta do meu corpo molhado. Olho para o espelho amplo da casa de banho, o que vejo faz com que sinta raiva dentro do meu peito. Os meus olhos estão inchados e vermelhos. As pálpebras grandes e visíveis para quem quisesse retirar conclusões a respeito delas e não era difícil chegar a uma.

Inspiro profundamente.

Estou tão farta, tão farta da vida miserável com que levo. O que mais me está a roer dentro do meu peito neste momento é a forma cruel e fria com que feri o meu guarda-costas. Posso odiá-lo. Posso não ir com a cara dele. Mas isso não é desculpa para a forma com que agi, porque o que fiz a ele foi indemissível.

Eu não tive a culpa. O meu coração não teve a culpa, mas a minha mente destorcida sim.

Eu o vi. Eu o vi dentro do corpo de Dominick, parecia tão real. A voz dele estava tão presente na minha cabeça, como se ele tivesse no mesmo espaço que eu— mas não estava. Os seus olhos azuis que sempre enfrenesiaram os meus pesadelos, ficaram tão presentes.

—Isto não pode voltar a acontecer! Não pode. — Bato com os punhos no mármore do lavatório.

Preciso de sair da rotina. Preciso ser livre para voar como um pequeno pássaro e ter a minha própria independência. Quero aprender a caminhar sozinha sobre os meus próprios pés e ser eu a guiá-los e não os outros.

Gostaria de um dia olhar no espelho e ver uma mulher feita. Não uma adolescente largada num mundo sombrio sem uma única luz visível ao fundo do túnel, que tenha sempre de esconder os seus sentimentos e o que lhe atormenta. Desde muito cedo fui obrigada a crescer depressa, a cuidar de mim e da minha irmã, a ser forte na frente dela e a ser fria perante os outros. Nunca soube confiar em ninguém e nunca irei consegui-lo. A vida que levei até chegar aonde estou me mostrou isso mesmo.

PERIGOSAMENTE TENTADOR | NOVA VERSÃOWhere stories live. Discover now