CAPITULO SEIS

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Mergulho o saquinho de chá preto dentro da caneca com água fervida, rapidamente ganha uma cor castanha fazendo-me lembrar das folhas do Outono

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Mergulho o saquinho de chá preto dentro da caneca com água fervida, rapidamente ganha uma cor castanha fazendo-me lembrar das folhas do Outono. Sem demoras, retiro o saco de chá e deito no caixote do lixo próximo da bancada de mármore branca. Pego na caneca vermelha com as duas mãos e a levo aos lábios, bebendo um pequeno golo de chá. Descanso as ancas contra a bancada e olho para a ampla janela de vidro que dava para o jardim das traseiras. Ao longe vejo três jardineiros —todos com uma certa idade— aparar os grandes arbustos que protegiam e rondavam o muro de pedra. Um deles quando me viu acenou com a mão na minha direção, rapidamente o conheci. Era o George, o melhor amigo de Clayton, o meu...antigo guarda-costas.

Suspiro e bebo mais um golo do meu chá.

Aonde é que te metres-te Clayton? Será que aconteceu algo com a sua mulher?

Tenho saudades dele.

Sorriu timidamente para o George e aceno na sua direção, cumprimentando. Esse pequeno gesto chega a ser feito por breves segundos, porque a sombra monstruosa e masculina do meu guarda-costas tapa à frente de George, impossibilitando de o vê-lo.

Torço os lábios e dou mais um trago na minha bebida. Naquele momento, os meus olhos descaíram para o elástico azul, preso em volta do pulso esquerdo, onde ele o pôs e onde eu o deixei. Isso bastou para que ficasse irritada e perdesse a paciência. Aquele maldito elástico era uma prova em como ele consegui o me ter em suas mãos.

Largo a caneca em cima da bancada e retiro o elástico do pulso com força. Poderia deitá-lo fora ou até mesmo cortá-lo ao meio, mas não quero dar-lhe mais motivos para me chamar de criança. Criança... Criança imatura. Essa palavra ainda está entalada no centro da garganta e parece não querer descer tão cedo.

Faço um rabo de cavalo com o elástico e volto a pegar na caneca. A palavra volta atacar a minha mente e desta vez com mais força.

Criança Imatura.

Sem que me possa conter, um riso falso sai dos meus lábios. Mesmo não estando a olhá-lo, sei que o mesmo continua na sua tarefa dura em olhar-me por trás do vidro da cozinha.

PERIGOSAMENTE TENTADOR | NOVA VERSÃOWhere stories live. Discover now