Nicotina - Livro Bônus

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Acordei com meu celular tocando horrores. Era Tia Valesca.
Esfreguei os olhos e atendi.
Início da ligação:
__ Aposto que tava dormindo – Falou.
__ Tava mesmo tá – Ri.
__ Já dorme muito, agora acabou. – Ela falou e nos rimos.
__ Não é assim também né – Retruquei.
__ É sim. Mas enfim, vem pegar o rango aqui hoje?
__ Comida? Falou minha língua em tia – Gargalhei.
__ Então, to fazendo torta de sardinha.
__ Aí sem or, to indo agora – Falei já levantando correndo.
__ Então vem, beijos – Dito isso ela desligou.
Fim da ligação.

Fui no banheiro, me despi, tomei banho, lavei meu cabelo, escovei os dentes e sai enrolada na toalha, passei óleo corporal, lotei a barriga de óleo, coloquei uma lingerie, um short soltinho parecendo saia e um cropped branco, calcei uma melissa branca e nude, me perfumei, penteei meu cabelo, peguei celular, chave da Hornet e fui saindo.

__ Mãe, to indo almoçar na tia Valesca – Pisquei.
__ Beleza – Mandou beijo no ar.
Peguei moto na garagem e segui pro morrão. Não demorou nada, porque eu corro muito, estacionei em frente à casa dela e bati na porta.
__ Pode entrar. – Gritou.
Abri a porta e já sai entrando.
O cheiro de torta de sardinha me buscou lá na  porta.
__ Que delícia esse  cheiro, socorro – Fechei os olhos.
__ To fazendo pro meu neto tá. Não é pra você não – Cruzou os braços.
__ E se for menina?
__ Não tem babado também. Qualquer um que vim já é benção – Me abraçou.
__ Pois é – Respondi tristinha.
__ E os nomes ? – Desfez o abraço e nos sentamos.
__ Sabe quem nem pensei nessas coisas? Tô tão desanimada – Suspirei.
__ Ah, Para. É felicidade, é paz, esperança, só vai vim pra trazer coisas boas – Alisou minha barriga.
__ Como eu queria sentir essas coisas Tia, mas só sinto medo. – Meus olhos minaram.
__ Vem, Vamos comer e depois vamos sair – Me puxou.
__ Cadê o tio?
__ tá lá no seu pai – deu de ombros.
A torta tava maravilhosa, eu comi uns quatro pedaços, sem k.o.

A tia se arrumou, escovei os dentes e nos fomos.
Fomos de uber, conversando altas coisinhas, logo chegamos no shopping.
__ Quanto tempo não venho – Olhei em volta.
__ Eu também – Riu.
Fomos entrando olhando as vitrines, cada roupa mara.

__ Tu não pode nem ficar comprando né. Jaja não serve – A Tia falou.
__ Né. Triste realidade – Fiz bico.
__ Vem – falou me puxando pra uma loja de bebê.
Entramos e o cheirinho suave tomou conta. Aquele cheiro de neném que acabou de sair do banho.
Eu não sei ao certo o que eu senti, mas me bateu uma vontade enorme de sentar ali e fica olhando as roupinhas, sapatinhos, bolsas, vontade de cheira tudo, aperta tudo.
Os olhos da tia brilhavam vendo todas coisinhas, tudo delicado.

__ Você não consegue sentir isso ? – Me olhou.
__ Eu sinto tia, que amor – Segurei um sapatinho branco com os olhos embargados.
__ Vai dar tudo certo – Pegou um macacão vermelho.
__ Vai sim – Assenti.
__ Vamos levar esse, tá uma gracinha – Levantou o macacão.

Rodamos a loja toda, compramos pagãozinhos, calças de pezinhos, body, sapatinhos, tudo branco, amarelo e vermelho.
__ Tudo presente da vovó – Piscou.
__ Não dou conta dessa vovó gente – Balancei a cabeça negativamente e rindo.
Ela pagou e nos entramos na loja da Carmen Steffen, a tia comprou dois sapatos.
Ela comprou um vestido longo pra mim é fomos na praça de alimentação.
Comemos horrores e voltamos pra casa dela.
__ Tu quer levar ? – Apontou pra bolsas em cima da cama.
__ Nunca ne tia – Apertei o maxilar.
__ Quando tu pretende contar ?
__ Não, sei, mas logo – Suspirei.
__ Se quiser nos vamos lá – Assentiu.
__ Pode deixa tia, acho que tem que ser um momento nosso – Respondi.
__ Tudo bem – Concordou.

Marquei lá mais uma cota, escureceu um pouco então fui embora.
Deixei a moto na garagem e entrei. Pelo visto não tinha ninguém.
Peguei água e fui pro quarto, tranquei a porta, liguei meu som com uns rap antigos, que eu amo.
Bolei um baseado, acendi e comecei a fumar.

Tava precisando relaxar, ficar tranquila. Mandei um todinho sozinha, joguei um perfume pelo quarto, tomei um banho pra tirar a marola e fui jantar.
__ Demorou em – Meu pai chegou na cozinha.
__ Fomos no shopping – Falei tirando a comida.
__ To ligado, sua tia falou – Assentiu.
__ Cadê minha mãe ?
__ Foi na casa da sua madrinha – Falou bebendo a coca.
__ Tendeu – Assenti.
Ficamos trocando altas idéias sobre o pagode, Falei oque ele podia fazer e tal.
Lavei a louça e fui assistir séries.

Bryan Narrando:

Esse papo de relacionamento é maior doidera. Clara não sai de meu pé nem pra respirar. Agora sismou que tá morando aqui, fica querendo controlar meus passos, tá igual sombra.
Deixei ela dormindo e meti o pé pra pracinha.
Os cara tava tudo lá, trocando ideia, bebendo, fumando um baseado.

__ Porra, em plena segunda ? – Ri.
__ Fala fino. Não tem hora nem lugar – Dan falou me passando a bola.
__ Quem tá na boca? Seis tão é precisando de trabalho. Tô deixando a ver navios – Dei uma bola.
__ Marreta e Rodolfo – Falou.

Bolei outro baseado e comecei a mandar.
__ Aí patrão, tava bem reparando ontem, tu griladão na Alexandra – Dan sentou la perto de mim.
__ Viaja né mim não irmão, papo de passado, sai pra lá – Balancei a cabeça negativamente.
__ To te passando a visão – Deu uma bola no baseado.
__ Tá fumando pedra? Louco – Ri.
__ abraça meu papo, sua mulher vai perceber – Assentiu.
__ Ih qual foi? Tira uma foto ai e para de futriquinha – Falei.

Entrei no Facebook e já postei a foto. Não deu nem um minuto e a Clara chamou no whatsapp, toda cheia de emoção.

Publicação do Facebook:

Trem Bala BR:

Parado só na bala, nada me abala 🚅🍬🎶

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Clarinha Antares: Meu e de mais ninguém❤ Amor 💏
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