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Liguei o som no último volume, aproveitei que não tinha ninguém em casa, acendi um baseado e comecei a procurar umas peças.
Bia ligou falando que o Tio ia levar a gente de carro.
Peguei um macacão preto, com um decote.
Me troquei, calcei uma anabella da melissa, branca e azul.
Me perfumei, fiz uma make básica.

_ Rebolou, me deixou de pau durão – Cantarolei dançando.
Coloquei uns acessório, arrumei meu muco, coloquei as coisas na bolsinha, fui no quarto dos meus pais, tirei uma foto, postei, guardei o celular na bolsa e desci, porque Tio Dodo já estava buzinando.

Tranquei a casa e entrei no carro.
_ Caralho, vai casar ? – Perguntou.
_ Não pesa não Tio – Virei os olhos.
_ Hoje a noite é nossa – Bia fez uma dancinha.
_ Só até três horas – Ele Debochou.
_ Ih Tio, isso é tempo suficiente pra nós arrasar – Falei e gargalhamos.

Chegamos de frente pro camarote e o som tava estrondando, tava muito mais cheio que ontem, olhei pra Bia e rimos.
Subimos pro camarote e o tio foi no Bryan, falou meias palavras, se despediu de nós e foi embora.

Fui nas bebidas e fiz uma mistura de vodka, energético e gelo.
_ Tu tá na minha mira hoje. Ordens do seu pai – Uma voz grossa e rouca soou no pé do meu ouvido, seu hálito fresco e quente me arrepiou.
Me virei de frente.
_ Tá de olho em mim por interesse do meu pai, ou por interesse próprio? – Perguntei com um sorriso debochado.

Bryan riu de canto e saiu saindo.
_ Que foi isso ? – Bia falou pegando bebida.
_ Não sei mana, da licença da – Fiz uma dancinha e fomos pro meio do povo.

Nos entrosamos lá perto do palco e começamos a rebolar.
_ É bacanaaaaaal – Cantarolei jogando pro alto.
_ Sexo a domicílio, é só me chamar que eu vou – Bia completava dançando também.
_ Vai embraza na maconha – Falei jogando o copo pro alto.
_ Ela sentou com muita força, em cima do pau – Bia ia rebolando e sentando.

Começou a tocar aquecimento macumbinha e foi aquilo né, arrasamos com as arrasadas.
Minha vodka acabou, fui no barzinho que meu pai tem conta e peguei uma Skol Beats azul. Não posso beber essa parada que fico piscando.

Fomos no banheiro retocar o batom e voltamos dançando demais.
_ Encosta nela e sarra, encosta nela e sarra – Bia vinha dançando comigo.
_ Sarrando Sarrando Sarrando sarrando – Cantarolei.
Terminei de beber a Beats e subir no camarote pra pegar energético, já tava ficando animadinha e não posso dar PT agora, a noite só tá começando.

O camarote tava lotado, os bandido e as mulheres deles, todas na grade dançando demais.
_ Faz a mistura pra mim – Falei com Bia e ela foi.
Sentei na banqueta e comecei a tirar foto.

_ Levei ela lá pra base – Aquela voz grossa novamente, arrepiou todos meus pelos.
_ Levou quem em? – Fiz de desentendida.
_ Ninguém, to querendo é te arrastar – Passou a mão na minha cintura.
_ Meu pai tá sabendo? Que o próprio problema é quem está me vigiando ? – Ri sarcástica.
_ Se o problema sou eu, então não tem problema nenhum, só solução – Sussurou.

_ Sera ? – Arqueei as sobrancelhas.
_ Vamo sair daqui que eu te mostro – Me mediu.
Olhei em volta e não tinha ninguém olhando, Bia tava de papo com alguém.
Me levantei da banqueta e fui saindo e Bryan veio atrás de mim.

Entramos no carro dele e ele foi acelerando morro acima.
_ Quero fumar um baseado – O olhei.
_ O QUE? – Ele engasgou.
_ Baseado, maconha, erva, planta, venenosa – Falei rindo.
_ Ali, nem tô acreditando que a filha de Alex fuma um – Balançou a cabeça.

Ele subiu até o topo do morro, abriu as janelas do carro e ligou um arrocha.
Bryan pegou um baseado já bolado e acendeu, deu três bolas e me passou, fumei até bater e passei pro ele.

Nicotina - Livro BônusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora