7

7.9K 601 73
                                    

Alexandra Narrando:

Terminei de prancha meu cabelo, retoquei o batom e fui pro quarto dos meus pais.
_ Pai, por favor, só eu que tô apé – Sentei na cama.
_ Já falei Ale, com dezoito anos – Retrucou.
_ Ah não, fiz dezessete outro dia mesmo. Vai demorar – Bufei.
_ E dai? tu é ansiosa demais – Ele falou passando perfume.
_ Vocês não entendem. Dependo dos outros pra tudo, pra me levar nos lugares – Cruzei os braços.
_ A hornet tá parada aí, anda nela. Ano que vem te dou uma zerada – Jogou a chave da Hornet.
_ Quero só ver, vou cobrar a Kawasaki – Peguei a chave e fui pro meu quarto.

Mandei mensagem pra Bia pra gente se encontrar na casa do tio Gaguinho.
Esperei meus pais termina de arrumar, dei uma última olhada no espelho, ia de chinelo mesmo. Não tem babado nenhum.

Peguei o kep e a chave, fui na garagem, liguei a moto, deixei meus pais saírem primeiro, tranquei a garagem e fui.
Chegamos em frente à casa do tio e tava lotado. Todo mundo bebendo já.
_ Piranha, tá de hornet mesmo. Arrasou – Bia chegou perto de mim.
_ Quero a Kawasaki mi – Choraminguei.
_ Para de potoca, tá tirando maior onda, essa é filé também – Bateu no meu braço.
_ Tira uma foto aqui vai – Dei o iPhone pra ela e ela tirou. Estacionei, pendurei o kep nela, editei a foto e postei.

Publicação do Facebook:

Alexandra ALCÂNTARA


Você acabou de ser ultrapassado, por uma menina. #Demenina😍

👍❤😮 Clarinha Antares e outras 998 pessoas curtiram.

Nem li os comentários, guardei o celular e fui dar os parabéns pro tio.
Comprimentei geral e fui até ele.
_ Tio, parabéns, muitos anos de vida, saúde, prosperidade, paz e money – Abracei ele.
_ É é nononois sosobrinha, a proprospeperidadade é nonossa – Retribuiu o abraço.
_ Tirou onda, tá velhão em – Falei e Gargalhamos.
_ Tata ligagada ne. Vavai bebebeber – Me amostrou o copo e eu entrei pra pegar bebida.

Todo mundo entrou e foi pro quintal, beber, som alto até tremendo as janelas.
_ Vamo senta lá na varanda – Falei com Bia.
_ Demorô – Assentiu, pegou um copo e fomos.

Sentamos no banquinho que tinha lá no passeio e começamos a tirar altas selfie, aquelas coisas.
_ To nervosa tá – Bia falou.
_ Qual foi nega? – A olhei.
_ Até hoje o marreta não falou nada comigo – Virou os olhos.
_ Tu para de ladainha. Se ele não vim atrás tu manda mensagem e não tem babado nenhum – Falei bebendo a batida de vinho com leite  moça.

_ Eu não, tenho vergonha. O que ele vai pensar ? – Bebeu também.
_ Vai pensar nada ue, onde foi que assinamos que não pode ir atrás dos boy? – A olhei.
_ Lugar nenhum – Falou e Gargalhamos.
_ Então, mas não dá moral pra ele não,  vai na minha que vai ser sucesso – Falei.
_ Demorô então – Riu.

Vimos um astra se aproximar, rebaixado, com xénon azul, eram eles.
_ Não da ibope – Falei baixo, olhando pro tempo.
_ Tá bom – Falou bebericando a batida.
Eles saíram do carro falando de som automotivo.

_ Qual foi? Cadê a galera ? – Bryan perguntou me olhando com um sorriso sacana.
_ Tudo no quintal – Apontei.
_ E porque vocês não vão pra lá? – Se aproximou, me abraçou e beijou minha bochecha.

_ Gatinha – Sussurou.
_ Papo chato, de tráfico. – Virei os olhos.
_ RAM, melhor assunto – Riu e foi entrando.
Dan abraçou a Bia e me abraçou, Marreta tocou na minha mão e abraçou a Bia.

_ E aí, suave ? – Perguntou.
_ To de boa – Bia falou.
_ Vai constar lá no morro amanhã ? – A olhou.
Pisei no pé dela.
_ Amanhã vamos ficar por aqui mesmo – Assentiu.
_ Ah, Demorô  então. Depois nos troca ideia – Falou e saiu.

Nos certificamos de que eles tinham entrado mesmo e começamos a falar deles, (risos).
_ Aí, nunca vi povo mais ante social – Tio Dodo chegou.
_ Ah Tio, tá quente lá – Dei de ombros.
_ Vai cantar o parabéns agora, Vamo lá – Puxou nos pelo braço, ele ficou entre nós e passou os braços pelas nossas cinturas.

_ Conseguiu tirar essas meninas do celular? Não acredito – Meu pai falou e todo mundo Riu.
_ Para pai. Tu sabe que nem viajo nessas coisas de celular – Virei os olhos.
_ Não, e aquele negócio que tu falou outro dia em? – Mãe perguntou.
_ Para mãe, olha a vergonha – Bufei.
_ Que vergonha? Todo mundo é parente aqui – Tio Maurinho falou.
_ Mesmo assim, mãe e pai me fazer passar vergonha – Sentei na cadeira.

_ Deixa de ser besta menina. Não contei pra ninguém que você chegou bêbada e fez xixi na cama – Pai falou e eu fiquei quadrada.
_ Essas reuniões de família esculacha a gente – Balancei a cabeça negativamente.
_ Nem eu faço xixi na cama mais – Ingrid filha do Tio Maurinho e Tia Suzana falou.

_ Isso porque tu não conheceu o álcool ainda priminha – Rimos e ela sentou no meu colo. Era maior grude, ela só tem 10 anos.
Conversamos um monte de baboseira, cantamos parabéns, as crianças foram dormi no quarto de visita e nos fomos pro quintal.

_ Então tu tá de hornet? – Bryan parou perto de mim pegando carne, eu tava do lado da churrasqueira esperando pão de alho.
_ Como tu sabe ? – O olhei.
_ Vi no face, e teu pai tava comentando aqui também  – Falou.
_ Tá me stalkeando boy?

_ Jamais, apareceu lá na parada e eu vi ue – Riu de canto e saiu.
Saiu mas o perfume ficou, filha da puta, veio só pra me  provocar.
_ Ale, olha o bombom de morango – Tia Valesca falou, meus olhos já brilharam.

_ Pai vigia meu pão de alho ficar pronto aqui. Se alguém comer vai ter tiro – Apontei pra churrasqueira.
_ Oh dodoido, tetetem mais lalalala dentro – Tio Gaguinho falou.
_ Da em nada tio, to maior tempão esperando esses aqui – Falei e peguei o bombom com a tia.

A madrugada caiu, marquei mais uma cota lá e depois resolvi ir embora, despedi de geral e fui pra casa assistir série na netflix.

____________________________________
Gente, muitas pessoas querendo saber a finalidade de Pom, eu entendo que bate curiosidade sim, mas estamos iniciando agora. Meu foco são os personagens principais.
Mas nós vamos desencadear essa treta juntinhas.

E outra, teve ligação aí das duas histórias e acho que ninguém percebeu rs.

Nicotina - Livro BônusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora