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Já era tarde madrugada, geral indo embora babado. Meu pé até latejando de dor. Peguei um pratinho cheio de bombom e sentei perto do Bryan, Marreta, Dan, Gabriel, Bia e João.
__ Come pouco também em – João olhou pro pratinho.
__ Ai migo, to comendo agora – Fiz bico.

O Gabriel não parava de me olhar, eu já estava mais que incomodada, eu olhava pro Bryan e ele nem se quer piscava pro meu lado. Garoto doido.
__ Alexandra – Meu pai me chamou.
__ Ninguém mexe no meu bombom – Olhei pra todo mundo e sai indo no meu pai.

__ To indo embora, amanhã tô de volta. Se cuida em – Beijou minha testa. Ele, meus tios e Bryan iam voltar pro morro.
__ Pai, traz minha canga amanhã, a branca, tá no cabide – Falei.
__ Demorô – Se despediu da minha mãe e foi.

Voltei pra pegar meus bombons, Bryan não estava mais lá, mas os meninos estavam, então ele ainda não foi embora.
__ Vou dormi gente. Até amanhã – Falei pegando o pratinho.
__ Vai lá morena. Até – João acenou.
__ Daqui a pouco eu vou também – Bia falou e eu assenti.

Falei com minha mãe, minhas tias e entrei.
Fechei a janela do quarto, e peguei meu celular. Entrei no whatsapp e mandei uma mensagem pro Bryan.

Comversa do whatsapp:
Eu: Cadê vc?
Bryan: To no meu quarto... Vem cá
Eu: marca um dez aí.
Bryan: Nn demora. Tenho que vazar.
Fim da conversa.

Peguei algodão e demaquilante, tirei a maquiagem, lavei meu rosto e fui.
O quarto do Bryan era o último, do lado do Tio Renan. So eles tinham quarto separados né, o sítio era deles.
A porta do quarto já estava aberta, entrei e tranquei a mesma.
Ouvi barulho de chuveiro, sentei na cama e fiquei fitando o chão.

Bryan saiu com a toalha enrolada na cintura, sua feição era a pior do universo. Não tava nem entendendo nada.
Ele colocou a cueca e uma bermuda jeans.
__ Que cara é essa filho? – Arqueei a sobrancelha.
__ Tá me tirando de otário é? Tu pensa que eu não vi que tu entrou logo atrás do Gabriel – Se aproximou e falou apontando o dedo na minha cara.
__ Tá doido ? Eu entrei pra usar o banheiro – Dei de ombros.
__ Não vem de k.o pra cima de não Alexandra – Falou e já catou meu cabelo.
__ Tira a mão de mim – Falei tentando empurrar ele.

__ Vou te passar a visão, se tu quer ficar de cachorrada, mete o pé, porque se ficar de cachorrada nas minhas costas tu vai tomar o teu – Apontou o dedo na minha cara.
__ Bryan para – Empurrei ele e me debatia. __  Tu é neurótico, assim não dá não.

__ Tu pede Alexandra. Fica pagando de emoção pra vagabundo – Falou todo estressado.
Me levantei ficando cara a cara com ele.
__ Olha aqui, para de viajar errado em mim. Eu não tenho nada contigo, mas mesmo assim to ficando de boa com você. Não me enche não, que eu não sou tuas nega – Falei firme.
__ Ih filha, da em nada não, to te conhecendo direito agora. As máscaras tão caindo – Falou irônico.

__ Não preciso esconder quem eu sou, porque quem é de ficar fica independente disso – Dei de ombros.
__ Demorô então Alexandra, era só isso mesmo – Me deu as costas indo em direção a cama.
__ Tu pensa o que quiser, mas não fala o que não sabe, tá ligado? – Falei e sai.

No meio do corredor minhas lágrimas começaram a rolar involuntariamente. Mas de raiva, de raiva dele. Todo neurótico, todo doido e ainda me pondo doida igual ele. Eu não tenho nenhum sentimento por Bryan pra ficar aceitando palhaçada.
Entrei no quarto, me despi, fui pro banheiro, tomei banho, escovei os dentes, coloquei uma lingerie e um pijama. Deixei a porta destrancada pra minha mãe entrar, me deitei e apaguei.

                         🕝🕝🕝
Acordei com uma falazada, som alto, quarto quente e abafado, cheiro de churrasco, é... Domingo.
Fui no banheiro escovei os dentes, lavei o rosto, penteei meu cabelo e amarrei em um rabo frouxo.
Vesti um short de tecido preto, uma regata estampada, calcei minhas havaianas e fui comer alguma coisa. Minha barriga já estava conversando comigo de tanta fome.
Não tinha ninguém na cozinha, peguei um pão com requeijão, mortadela e um copo de suco.
Fui pra sala, liguei a tv, mas mal conseguia ouvir.

Não tava me sentindo bem, queria ficar sozinha na minha, se eu sair vou dar de cara com o encosto, então é melhor evitar.
Terminei de comer, me ajeitei, tava passando piratas do Caribé na Megapix.
Meus olhos começaram a pesar de sono.
Desliguei a TV e voltei pro quarto.
Deitei e capotei.

Bryan Narrando:
Geral curtindo um churrasquinho, uma breja, pra relaxar a mente.
Altas fitas, e nenhum lazer.
Fumei um baseado, e fiquei sentando na borda da piscina.
Já era tarde, todo mundo de boa e nada da Alexandra aparecer.
__ Aí Bia, cadê sua amiga ? – Perguntei olhando a piscina.
__ Também não sei. Não vi ela desde ontem – Respondeu.

Mandei uma mensagem pra ela no whatsapp, mas ela não tava online.
Tirei a camisa, joguei no ombro e fui entrei.
Não tinha ninguém na casa.
Bati na porta do quarto e ela não respondeu nada, já sai abrindo.
Ela tava deitada, dormindo, com as mãos entre as pernas e toda encolhida.
Tranquei a porta, acendi um cigarro e comecei a fumar perto da janela.

__ Porra, quê que tu tá fazendo aqui? – Coçou os olhos.
__ Ih, já acorda na ignorância – Retruquei.
__ Sai daqui. Tu tá louco é ? meu pai vai me matar – Levantou toda apavorada.
Apaguei o cigarro
__ Então Vamo pro meu quarto – Dei de ombros.
__ Não, para de palhaçada, sai daqui – Apontou pra porta.
Cheguei perto dela e puxei ela pela cintura.

__ Me solta – Tentou me empurrar.
__ Eu sei que tu quer – Falei no ouvido dela.
Alexandra só fez fechar os olhos, mordi a boca dela e então ela me beijou.
Eu já estava seco nela desde ontem, naquele vestido rosa.
__ Vamo pro teu quarto – Ela falou baixinho.
__ Deixa eu ir na frente – Falei e fui.

Não demorou muito e ela apareceu lá, Tranquei a porta e começamos de novo.

Nicotina - Livro BônusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora