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Sábadão, acordei naquele pique, doida pra curti um baile. Ontem eu e Bia ficamos vendo filme, comendo gordices, hoje vamos partir, porque não tem babado não amor.
Sai do salão e os barzinhos tudo lotado, carro automotivo. Vou dar PT hoje, se não eu nem volto pra casa.
Peguei um energético no barzinho e fui pra casa já tomando ele.

__ Oh, hoje é hoje em – Minha mãe me olhou.
__ Da em nada, quero curtir – Fiz uma dancinha e ofereci o energético, ela bebeu e me devolveu.
__ Só não pode dar teto filha, se não teu pai te mata em – Balançou a cabeça negativamente.
__ Relaxa mãe – Mandei beijo no ar.
Fui pro quarto, coloquei toca no cabelo, me despi e fui tomar banho.
Tomei banho, escovei os dentes e sai enrolada na toalha, passei óleo corporal, vesti uma lingerie, uma calça envelope pantacourt, um cropped todo bordado, soltei meu cabelo, fiz uma make, me perfumei, coloquei um brinco, calcei um salto grosso, peguei minhas coisas e fui no quarto da minha mãe.
__ Tira uma foto aqui – Entreguei o celular pra ela.
__ Tá comportada – Meu pai me olhou confuso.
__ Só hoje pai, precisa dar esse sorriso não – Gargalhei.
__ Vou queimar aquelas roupas lá, tu vai ver – Virou os olhos.

Minha mãe tirou uma foto, editei e postei.
Publicação do Facebook:

Alexandra ALCÂNTARA:

Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é🍃😉

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Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é🍃😉

👍😮❤ Bia Nunes e outras 1115 pessoas curtiram.

Ignorei os comentários e fui, porque a Bia já tava mandando mensagem babado.
__ Achei que não vinha mais – Falou quando sai de casa.
__ To aqui não tô? – Arqueei a sobrancelha.
__ Vamo logo – Riu.
Tirei a hornet da garagem e fomos.
Baile tava lotadão, com jeito de gostosinho, aquelas coisas de Rebu né bebe.
Pegamos bebidas no camarote e fomos entrando pro meio do povo.

__ Da uma sentada foda daquele seu jeito – Bia cantou.
__ Você devia estar sentando nessa hora, mas você não colabora amor – Completei no refrão.
__ Deixa esse teu ronco de lado e vem aqui me dá um beijo, mata meu desejo – Cantamos juntas.
Virei um copão de catuaba e já comecei embrazando legal.
Eu jogava a bunda pro alto e rebolava, jogava cabelo, descia, subia, peguei outro copo de catuaba, enchi de gelo e fui dançando pelo meio do povo.
__ Vou aperta um – Falei no ouvido de Bia.
__ Bora – Bateu palmas.
Fomos pra um lugar onde a gente sempre fumava.
Bia ficou vigiando e eu apertei, acendi, dei umas quatro bolas e passei pra ela.
__ Como eu tava precisando – Falou dando uma bola.
__ Nem fala, Melhor calmamente – Gargalhei.
Fumamos o baseado todinho e voltamos pro meio do povo.
Peguei uma caipirinha fortíssima e não dá em nada, quero ficar louca igual.

__ Vê se não fica puta. Se não eu vou falar que ela da cu e ainda chupa – Cantei jogando a bunda pro alto.
Peguei meu celular e comecei gravar status horrores.
__ Vem e brota aqui na base – Bia cantou atrás do meu vídeo.
Na metade da caipirinha já virei  ela.
__ Quero loló – Gritei no ouvido de Bia.
__ Vamo arrumar com João – Gritou também.
Saímos procurando João pelo baile a fora e achamos ele perto do banheiro masculino vendendo droga.

__ Migo – Abracei ele.
__ Fala, perdida – Gargalhou.
__ Quero um favor seu – Ri.
__ AM? – Arqueou a sobrancelha.
__ Quero loló – Falei no ouvido dele.
__ Tá loucona é ? Teu pai me mata – Arregalou os olhos.
__ Até parece que tu nunca me deu – Virei os olhos.
__ Mas aqui é sujeira – Olhou em volta.
__ João, para de potoca – Bufei.
__ Tem um restinho no vidrinho, vou jogar no chão tu já manda pra bolsa e me erra em – Falou olhando pro lado.

Me virei de costas pra ele e comecei a dançar pra não dar na cara. Ele jogou, eu fui dançando, descendo até o chão e peguei.
__ Valeu meu migo – Mandei beijo e fui saindo com Bia.
__ Vamo ter que curti a onda na encolha – Bia riu.
__ Tá ligada né, vamos pro escuro lá – Falei e fomos.
Peguei uma lata de Skol Beats no  chão, coloquei o líquido nela, tapei metade da abertura e comecei a baforar.

Fui ouvindo o sino longe, mas ele se aproximava cada vez mais, senti meu pé ficar gelado e já passei pra Bia.
__ Porra, to loucona – Falei embrazando total.
Joguei o cabelo e comecei a rebolar no ritimo da música.
Bia me entregou de novo e já começou embrazar babado também, ela fazia quadradinho e cantava.
__ Esse é do top – Falou.
Puxei mais e o sino ficava mais alto, fechei os olhos e comecei a rebolar até o chão.
__ faz um macete com a bunda. Ela empina a bunda na garupa – Cantarolei.
__ Passa jogando – Bia completou, dei a lata pra ela e ela baforou mais um pouco.
O loló acabou, esperamos a onda passar e voltamos.
Peguei um copão de askov e outro de suco gumy.
__ Sua amiga é o que ? Piranha – Gritei cantarolando.
__ Feia nos só bota pra mama – Bia cantou virando um copão de caipirinha.
Bebi metade da askov e metade do suco.
__ Eita Alexandra, tá com a raba gigante – Bia cantou e nos Gargalhamos.
__ hoje tu toma, hoje tu toma – Cantei e levantei os copos pro alto.
Joguei o cabelo pra trás e rebolava.
Virei o resto da askov e joguei o suco fora.
Fui indo em direção o banheiro e deixei Bia pra trás, minha cabeça começou a doer freneticamente, eu via tudo dois, minhas vistas estavam turva, tava tudo rodando.
Eu tava louca horrores, mal conseguia enxergar, fui ficando tonta.
Cheguei no banheiro e encostei na cabine.
Minha cabeça doía cada vez mais, apertei os olhos tentando voltar ao normal mas não conseguia.
Tudo que eu misturei começou a fazer zona no meu estômago, tinha vontade de vomitar, deitar, sentar, beber água gelada, dormi.
Minhas vistas foram ficando cada vez mais turva e então não vi mais nada.

Beatriz Narrando:

Eu tava muito bêbada, mas tava curtindo demais, tava precisando. Quanto tempo não curtimos assim.
Parei pra falar com uma colega e quando virei a Alexandra não estava mais.
Fui no barzinho e ela não tava, avistei o João e fui nele.
__ Nego, cadê a Ale? – Olhei em volta.
__ Ue, ela não tava contigo ? – Deu de ombros.
__ Tava, me ajuda achar ela, ela tá muito louca – cocei a nuca.
__ E tu não tá muito diferente né – Balançou a cabeça negativamente.
Fomos andando pelo meio do povo e não achamos ela.
Vi um tumulto de longe, perto do banheiro feminino.
__ Ala – João Apontou.
Fomos correndo empurrando todo mundo.
Geral formou uma rodinha, João foi xingando o povo, mandando sair e eu fui empurrando mesmo.
Ela tava lá, caída no chão, toda gelada, e russa.
__ Caralho em, vocês também – João gritou estressado e pegou ela.
__ Tio Alex vai me matar – Levei a mão não cabeça.
__ Anda, vamos pro camarote – João falou e fomos.
Meu coração tava doendo, acho que o álcool passou, o efeito da droga passou, eu estava preocupada, com medo, desesperada, Alexandra gelada igual defunto.

Nicotina - Livro BônusOnde as histórias ganham vida. Descobre agora