Chris pede avaliação Neurológica

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Laurah Dormia no quarto quando o Dr. Robert, Neuro-cirurgião abriu a porta do quarto, olhei para ele e sorri, seguindo até ele, saí do quarto e nos abraçamos.

- Trigêmeos? - Falou o dr. Willians.

Meu sorriso e meu orgulho não cabiam dentro de mim.

- Sim... O numero de filhos está completo.

Seguimos para o Berçário.

- Faça os testes e depois me passe a avaliação das crianças.

- pode deixar, Chris, não se preocupe, pelo que vejo daqui, são perfeitos.

- Me tranquilize então, por favor! - Pedi.

- Te vejo em uma hora ou menos.

Consenti com a cabeça, fiquei olhando minhas meninas e meu garoto pelo vidro, eles eram tão pequenos ainda, cada um nasceu em médica com 2.300Kg e 45cm, tão mirradinhos, pareciam sumir dentro das roupinhas que Laurah comprou para elas, a sorte de Ryan que nas peças separadas por Laurah, tinha a cor branca, neutro para ele, logo teria que sair correndo para ir comprar.

- E aí, chefe? - Yuri se pôs ao meu lado. - Como estão seus filhos?

- Berrando... - Olhei para Yuri e rimos.

- O meu também... - Ele apontou para um menino grande.

- Caramba... Nasceu pesando quanto? - Disse admirando o tamanho do garoto.

- 48cm e pesando 3.840Kg.

Assoviei.

- Bom... Vejo que só eu tive ratinhos nesta maternidade.

Voltamos a rir.

- Agora é só esperar crescer e ir embora. - Yuri me olhou. - As vezes não tenho vontade de ir.

- Por que? - Achei estranho.

- Por que gosto muito do Senhor e da Senhora Laurah, sei que vamos fazer falta na vida de vocês.

- Yuri... - Me virei para ele e o peguei pelos ombros. - A vida é assim... Você não pode ficar o resto da vida preso a um emprego de motorista, sendo que você tem uma fazenda para tocar... E sei que o que quer é isso mesmo, tocar a fazenda, mexer na terra, talhar madeira, e Joan é a mulher perfeita pra isso.

- É... O Senhor tem razão... - ele sorriu. - Obrigado Christopher, não vou esquecer nunca do que fez por mim.

- E você por mim... Era para eu estar morto.

Yuri consentiu com a cabeça e nos abraçamos, na verdade acho que nunca nos tratamos como empregado e patrão, ele podia dirigir para mim e as vezes e também era raro eu ter que chamar a sua atenção.

Voltei para o quarto, Laurah descansava, deveria estar exausta, mas logo as crianças iriam vir para o quarto e adeus sossego.

Não demorou muito e três berços acrílicos entraram, os três dormiam, fiquei olhando para eles, pois a meia hora estavam esgoelando no berçário, a enfermeira os deixou e saiu, fiquei babando por eles, louco para pegar, Ryan era o mais agitado, não tinha como não pega-lo.

Olhei para ele segurando-o com apenas uma mão e a outra em seu peito, estendido a minha frente, Ryan tinha a boquinha bem delineada, cabelinhos pretos que dava para ver alguns fios saindo pelo toca, praticamente se largou em minha mão, deixando até os bracinhos largados, sorri de lado.

- Você é o mais manhoso... Pelo jeito vai ser o que vai  disputar o colo com suas irmãs, já prevejo a gritaria. - Dei risada, pois Ryan sorriu de lado, levei ele até meu nariz e o cheirei. - Isso... Durma meu pequeno.

Acordei com o chorinho de bebê, e abri vagamente os olhos, Christopher estava de pé com um dos nossos filhos nos braços.

- Quem é que o papai está segurando?

- Ryan...  - Sorri e me aproximei de Laurah. - esse pelo menos não vamos confundir. - Entreguei para Laurah. - Acho que deveria começar a dar de mamar para esse, antes que as duas acordem!

- O último a nascer e o primeiro ousado a mamar. - Me ajeitei na cama e o apanhei do colo de Chris ajeitando-o ao peito. - Ele tem os seus olhos e do Maurice.

- É... Também percebi isso. - Me sentei ao lado dela para ver o meu moleque mamar. - Meninos são mais gulosos... E acho que vai ter trabalho com ele... Vai exigir mais... As duas estão largadas nos seus bercinhos.

- Ah você acha? Eu tenho a impressão de que ele vai ser mais grudado a você que a mim. Aquela ideia de sequestrar a Joan pra ter mais um peito ainda está de pé.

gargalhei.

- Se sobrar leite... - Dei risada. - O Nathan nascei com 48cm e quase 4kg.

- Nossa! A Joan pariu normal? Queria tanto ter tido um parto normal, nunca mais vou poder usar um biquíni. - fiz bico.

- Para que servem cirurgias plásticas... - Pisquei para Laurah.

- Não farei jamais, não importa quanto dinheiro eu tenha. - Apontei para a minha barriga. - Essa cicatriz é uma lembrancinha permanente de um dos momentos mais felizes da minha vida. Habitue-se a ela

- Não me importo com isso... é você que está se queixando.

- Estou fazendo charme! - Brinquei e acarinhei os cabelos do meu filhotinho. - Ele é tão lindo e pequeno!

- É um ratinho...

Uma das meninas deu sinal de que tinha acordado.

- Ainda não chorou... Quer que eu a pegue?  Olhei para Laurah de lado.

- Sim! Ainda tem um peito sobrando! Meu Amor você já ligou pra casa. Preciso saber como está o meu mais velho.

- Sim... liguei e está tudo bem, logo o John traz Maurice para conhecer as meninas.

Me levante e fui em busca de uma das meninas, a peguei no colo, a coloquei apenas em uma mão e com a outra vi o nome.

- Essa é a Vallentine. - Olhei para Laurah. - Quem está dormindo é Alexia... Acho que essa puxou a mim na tranquilidade.

- E desde quando você é uma pessoa tranquila? - Desdenhei, Ryan deixou o peito e passei-o para Chris, apanhando Vallentine. - Olá lindinha da mamãe!

- A única pessoa que me tira do sério é você. - Coloquei Ryan no meu ombro e o fiz arrotar.

- Agora entendo porque eu nunca te vi calmo e sereno! Quer desistir? - Brinquei.

- Você quer? - Estreitei os olhos sorrindo. - Se separando, perde a vantagem de ter um cartão de crédito para fazer pirraças!

- Primeiro: eu trabalho desde os quatorze anos de idade, então ter um cartão de crédito sem você não é um problema, e segundo: você acha mesmo que eu vou facilitar a sua vida e te deixar solto por aí? Lamento informar, mas a sua fila parou de andar, meu amor?

- Eu falei brincando com você, mal humorada! - Me levantei me afastando com Ryan no colo.

- Vem cá! - O chamei com uma voz manhosa. - Sabe quando vamos receber alta?

- Quatro dias - Levei Ryan para dormir e peguei Alexia que nem estava ai para nada, dormindo de boca aberta e ainda achou ruim quando o peguei no colo. - Olha isso... Essa tem que tomar cuidado para não esquecer em qualquer lugar. - Dei risada, levando Alexia ao nariz. - Acho que essa não vai mamar tão cedo.

- Por que tanto tempo? E eu aposto que daqui a pouco ela acorda com fome!... Tio Kalil e tia Edna virão pra conhecer os nossos pequenos.

- Sim... Logo chegam. - Sorri e me sentei ao lado de Laurah, mostrei Alexia que dormia largada em minha não. - Quer que eu a acorde?

-Não! Ela vai acordar quando tiver fome.

Sorrimos para a nossa família e aproveitamos aquele momento, pelo menos os três estavam se comportando muito bem.

SEM PROMESSASOnde as histórias ganham vida. Descobre agora