Amber e sua reflexão sobre a Viagem

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Aquela viagem a Turquia foi diferente de tudo o que eu já vi ou vivi,Laurah a princípio parecia tão incomodada quanto eu,mas a medida que os dias se passavam,ela parecia realmente a vontade em usar aquele treco na cabeça e se adequar aos costumes. Não que fosse uma situação obrigatória aos turistas,mas estávamos ali a negócios, quer dizer Chris e Sebastian estavam, nós éramos apenas as esposas modelos para impressionar os sócios do Chris.

Sim, eu fui elevada ao patamar de esposa de Sebastian, durante a viagem, pra não causar estranheza aqueles velhos gordos e fervorosos em seu costume, o fato de eu ser uma noiva não virgem viajando com um homem.

A sensação que eu tinha durante os jantares,em que nós éramos obrigadas a nos sentar numa mesa a parte e não podíamos falar com os homens de queixo erguido, era de que eu , Laurah e as outras mulheres a nossa volta, éramos meros objetos de decoração. E se havia uma coisa que eu tinha certeza que jamais faria na minha vida era viver em um lugar como aquele. Eu olhava para aquelas mulheres e apesar delas parecerem felizes, eu não conseguia acreditar nessa possibilidade.

Sebastian parecia notar o meu desconforto e eu me sentia admirada em como ele era sensível e conseguia distinguir sempre como eu me sentia com apenas um olhar. Eu me sentia grata a Deus e me perguntava se ele sempre cultivaria essa virtude, ou ela iria desaparecer com o tempo? E eu torcia,fervorosamente,pela primeira opção, e não me sentia insegura em relação a isso, porque eu sabia lá no fundo que ele sempre seria o meu doce Sebastian.

Ele olhava pra mim como se me pedisse desculpas a cada vez em que éramos colocadas em uma situação em que me sentisse subjugada e eu apenas revidava um sorriso para que ele entendesse que tudo estava bem.

Apesar de toda essa estranheza,eu me sentia grata ao Chris por aquela viagem e pela oportunidade de conhecer um mundo totalmente diferente do que eu estava habituada, ainda mais por que em nosso quarto de hotel, Sebastian compensava me amando com tamanha intensidade, me fazendo crer a cada dia mais que se havia uma coisa que eu queria pra minha vida com todo o meu coração, era envelhecer ao seu lado.

Apesar do clima de lua-de-mel, eu não podia estar mais feliz ao retornar ao solo americano, onde eu poderia andar com os cabelos ao vento, usar roupas curtas e mandar a merda quem me incomodasse.

Naquela nossa primeira noite de volta ao lar, nos amamos com intensidade e eu fiquei sentada uma boa parte da noite, observando o meu Sebastian dormir de bruços ao meu lado. Ele parecia ainda mais doce dormindo com os lábios levemente abertos e parte dos cabelos um pouco mais compridos que o convencional encobrindo seus olhos.

Deus, como ele era lindo! E como eu o amava!

Voltei a deitar ao seu lado,pensando que por mais que ele relutasse em morar comigo antes de casarmos,era mais ou menos o que nós vivíamos, nós só não tínhamos um pouso certo. Algumas noites ele dormia na minha cama e nas outras noites, como essa,eu dormia na dele. Metade das suas roupas estavam no meu guarda-roupa, e metade das minhas roupas estavam no guarda-roupas dele, e por mais que eu detestasse admitir o Ralph gostava mais do Sebastian que de mim. Acho que se um dia nos separássemos, o meu cachorro preferiria o Sebastian a mim, mas eu tinha certeza que nós nunca íamos nos separar, porquê nós nos complementávamos de uma maneira difícil de explicar, mas o que vivíamos e o que sentíamos não precisava de explicações.

Porque, o amor não foi feito pra ser explicado,mas sentido.

SEM PROMESSASOnde as histórias ganham vida. Descobre agora