Laurah vai até a sala de Chris

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(Dido)
- Apenas uma campanha publicitária de roupas intimas, algumas foto, uns desfiles- dei de ombros- Não é bem o tipo de trabalho que eu morra de amores, mas você sabe... Eu já tenho vinte e sete e os produtores sempre buscam rostinhos mais jovens sem essas marcas de expressão que começam a aparecer nos cantos dos meus olhos, e depois daquele escândalo com o Giacomo Leonelli, eu não tenho conseguido mais nada. As vezes me parece que o meu passado me persegue e que todos esperam de mim que por ser modelo eu seja uma pessoa promíscua, e eu não quero mais voltar para aquele buraco de onde você me tirou, Chris!

(Chris)
- E não vai Dido... Você me prometeu que qualquer problema... mesmo que financeiro é para me procurar. - Falei sério com ela. - Já te ofereci a cuidar de uma das lojas em Miami... Sei que é do ramo de cerealista...mas você tem presença, podia muito bem voltar a estudar e ser uma ótima gerente...mas vive dizendo que não tem QI pra isso... - Me voltei para o computador. - Porshia está com uma pequena agencia em Nova York... - Disse praticamente para mim mesmo, olhei para Dido.- Eu não posso procura-la...mas posso mandar Desmond ir com você para ler o contrato e tentar mais que um ou dois trabalho com ela... Porshia é confiável... Mas não sei o que ela vai te pagar e como é esse contrato de trabalho e porcentagem, deixe que ele fale em meu nome, sabe que sempre tive credibilidade... - Sorri. Não com o Filho da puta do Giacomo que achou que você era minha amante na época. - Dei risada. - Gostei de quebrar a cara dele.

(Dido)
- Eu gostei que você quebrasse a cara dele, tanto de forma literal como juridicamente. Talvez eu o procure mais a frente e aceite essa vaga de emprego Chris, acho que está chegando a hora de aposentar Dido Kavylen e voltar a ser apenas Florence West.- Sorri.

(Chris)
- Hummm... - Fiz um bico de aprovação. - Gostei de sua determinação sta. Florence West... É só me procurar, que custeio o curso e especialização. - A olhei por um tempo. - E do resto?... Como andam as coisas?

(Dido)
- Tudo na mais perfeita paz! Nenhuma dor de cabeça, ou preocupação além das contas a pagar

(Chris)
- Isso é bom... Sabe que tem mais que um amigo, não é? - A encarei, pois me preocupava e muito por uma recaída.

(Dido)
- Sim! É ótimo me sentir limpa e pretendo continuar assim pelos próximos dias de minha vida.

(Chris)
- Isso me alegra muito, Dido, me preocupo demais com você... - Sorri amável.

(Laurah)
Passava um pouco da hora do almoço e já imaginava que Chris não tivesse deixado o escritório para comer, e eu também já estava com fome. Liguei para a recepção e pedi a Yoko para mandar o boy me buscar dois filés de peixe ao molho de agrião com arroz de passas e salada de rúcula. Aguardei poucos instantes e logo o pedido foi entregue na minha sala. Agradeci e subi para a sala de Chris, Samantha levantou-se ligeiramente para anunciar a minha chegada, mas eu me adiantei, adentrando a sala.

-Boa tarde, meu amor, eu trouxe o almoço...-parei na porta observando Chris com o desejo de fuzilar aquela loura infeliz sentada a sua frente- Como vai, Dido? - fechei a porta atrás de mim e caminhei até a mesa- Está com fome, Chris?

(Dido)
Eu realmente me sentia desconfortável na presença de Laurah

- Oi Laurah, eu vou bem, e você e os bebes?

- Estamos ótimas! - tive a impressão de que ela rangeu os dentes e já esperava tomar um banho com o vinho.

(Chris)
- Boa tarde... - Estiquei o braço, chamando Laurah para vir para o meu lado. - Laurah está cada dia mais linda, Dido... - Sorri esperando por ela.

(Laurah)
Me aproximei de Chris com um olhar inquisitivo e deixei as vasilhas sobre a mesa

- São seus olhos ,meu amor! E então, Dido o que a trouxe aqui?

- Vim tratar de trabalho e rever um velho amigo

- Rever um velho amigo...- Repeti. - É sempre bom cultivar amizades.

Nota mental:  "Não perca a cabeça, Laurah Carpenter"

(Chris)
- Porshia a chamou para um trabalho... Como conselheiro e amigo... Ela veio me procurar para saber se era confiável ou não. - Sorri e dei um beijo no rosto de Laurah que olhava para Dido. - Quer almoçar conosco, Dido... Podemos pedir outro almoço e esperamos pela chagada.

(Dido)
- Ah não, obrigada! - aquele olhar penetrante de Laurah era muito intimidador pra que eu pudesse suportar muito tempo, levantei e estendi a mão para Laurah- Foi um prazer revê-los e estou muito feliz pelo casamento de vocês- ela aceitou minha mão e arqueou a sobrancelha como se duvidasse dos meus votos sinceros- E me desculpe pelo nosso último encontro, Laurah! Acho que eu fui um pouco desagradável

(Laurah)
Um pouco desagradável. - repeti mentalmente achando aquilo muito hipócrita, mas Chris me encarava a espera de uma resposta, assim como Dido que de repente, estava suando.

- Imagina, eu também não fui muito suave. Você sabe que eu não a atiraria, de fato pela janela, não é? -era mais fácil no poço do elevador

- Sim, eu sei! - Ela soltou minha mão.

- Apareça sempre que quiser, Dido! - Espero que nunca.

(Chris)
Me levantei, deixando Laurah atrás da minha mesa, fui até Dido, a peguei pelos ombros e a puxei para um abraço fraterno. - Conte comigo para o que precisar, Dido... Não esqueça que aqui você tem um amigo leal, por favor, Não suma!... - Beijei demoradamente sua face. - Foi bom te ver, e ligue assim que falar com Porshia e marcar o encontro ou assinar o contrato, Desmond irá com você.

(Dido)
- Até mais Chris, Laurah! - Ela retribuiu com um abano de cabeça e eu deixei a sala.

(Laurah)
Me sentei na cadeira de Chris o observando caminhar e fechar a porta.

(Chris)
Me virei para Laurah assim que a porta se fechou, estava sentada na minha cadeira, olhar inquisitório, sorri e me sentei a sua frente.

(Laurah)
- Com fome?- Não queria falar sobre a sua amiga porque não estava com disposição para brigar. - Trouxe um delicioso filé de peixe com arroz de passas e salada de rúcula com...

(Chris) 
- Pode parar! - Disse assustando-a, sorri me sentindo um imbecil. - Desculpa... Não era deste jeito que queria falar... - A olhei. - Vamos deixar algumas coisas bem esclarecidas, Laurah, assim quem sabe você passa a entender melhor a minha amizade com Dido... Isso não quer dizer que quero que morra de amores por ela e muito menos se tornem amigas, mas não quero mais esse tipo de constrangimento entre vocês duas. - A encarei para saber se estava disposta a me ouvir.

SEM PROMESSASOnde as histórias ganham vida. Descobre agora