[NOVE]: O EFEITO DA MACONHA

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— Você me mata? — ele ri, voltando a se aproximar de mim, bem ali na região da porta, pousando a sua mão contra a madeira enquanto me encara. — Se eu quiser, todos da Zaco descobrem do que você realmente gosta, Danvers. Mas eu posso ficar calado se.. — ele move a cabeça, levando seus lábios em direção a minha orelha onde começa a sussurrar mas não deixo que finalize.

Com o punho fechado, eu dou o primeiro soco na sua barriga. Sem medir força.

Justin se afasta, levando a mão na direção do soco e fazendo uma expressão nada boa.

— Não mexa comigo só porque eu aparento ser indefeso ou calmo demais, você não sabe disso, e eu não preciso de ninguém para me defender, eu sei me defender. Agora eu vou sair dessa porra de quarto e a gente nunca mais vai falar sobre isso. — bato a porta quando eu termino de falar, voltando pra aquela realidade, para a festa.

Me sinto estúpido e trêmulo

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Me sinto estúpido e trêmulo.

Parte de mim ainda não consegue acreditar no que aconteceu segundos atrás, embora eu saiba que foi real. Dentre a decida, tento disfarçar as lágrimas que surgem em meu olhos graças a intensificação em que a maconha me deixou, e durante três ou mais copos de álcool que recebo, mastigo junto pedaços de brownie e cookies que encontro para degustação. No penúltimo degrau da escada, sinto tudo embolar, meu estômago e a minha visão, e por sorte – não para os pais do Adam –, eu encontro um grande arranjo de flores do lado, é ali que eu vomito.

Não perco meu tempo parado. Não quando diversas pessoas riem e outras tiram fotos que amanhã possivelmente fará parte dos assuntos mais comentados – isso se nada pior acontecer até a noite terminar –, e então eu me forço a andar sem cambalear, uma mão me segura pelo ombro, me fazendo parar. Eu torço para não ser o Justin, não estou em condições para dar ou receber socos, e por sorte, realmente não é ele.

Quando eu me viro, encaro a Alison em suas vestes mais rock n' roll possível, seus cabelos ruivos estão soltos, e em sua mão está um cigarro em cor preta.

— Meus céus. — Alison tenta não rir enquanto me encara. — Não me diga que você está chapado, Danvers. — ela espera eu concordar com a cabeça. — O Adam, não é? Ele está dando isso para tantas pessoas. Você não comeu algo, comeu? Tudo aqui tem maconha no meio, os doces, os salgados, se duvidar, até na bebida.

Ótimo, eu me ferrei.

— Comi até demais. — minha voz sai carregada de mistas sensações enquanto eu volto a lembrar das palavras do Justin.

Eu não gosto do Derek, nada daquilo foi real.

Alison tenta disfarçar o riso, mas ela não é tão boa nisso. Aceito que ela passe um dos seus braços por cima do meu ombro antes que eu abrace-a pela cintura – como se eu estivesse bêbado –, e assim me guie para a cozinha.

— Eu tenho que encontrar o Derek. — volto a dizer enquanto nossa caminhada.

— Danvers, você tem que se recompor. — consigo ver seus olhos verdes me encarar ali de lado. — Não vou deixar você destruir a minha reputação enquanto está bêbado e chapado. — ela me arrasta contra a minha vontade.

Depois do Ritual (romance gay)Where stories live. Discover now