Capítulo 80

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O Kaique chegou com as colheres e começamos a comer o pote de sorvete e rir juntos até o irmão chato dele aparecer.

— Eu vou dormir e por favor diminuem o barulho, não melhor fiquem calados. — Ele deu um riso torto e se virou pra subir.

Eu bufei e murmurei baixinho. — Que idiota...

O Kaique se virou pra olhar pra mim. — Vejo que você já conheceu o meu irmão.

— Antes eu não tivesse conhecido.

— Sabe Priscila o Kaique nunca foi o tempo todo assim, ele já foi legal.

Eu apontei pra escada e comecei a rir ironicamente. — Ele legal? Duvido.

— Pois pode acreditar, se você tivesse conhecido o meu irmão antes você não ia achar ele tão idiota como agora.

— E porque ta me dizendo tudo isso?

— Porque eu sinto saudades do meu irmão...

— E o que fez ele ficar assim?

Ele respirou fundo e me respondeu. — Catarine Clarckson.

— E onde ela está agora?

— Morta.

— Meus sentimentos Kaique.

— Tudo bem eu já superei o único que não superou ainda foi o Herick a cada dia que passa ele está mais insuportável, eu estou evitando até de conversar com ele.

— Complicado, mais seja paciente com ele quem sabe ele não volte a ser o velho Herick de antes.

— Ah eu duvido muito disso.

— Só um minutinho Kaique.

Me virei pra tirar o meu celular da bolsa que estava vibrando e quando eu desbloqueio tem uma mensagem desconhecida do Antony.

Que estranho será que ele perdeu o celular?

Assim que acabo de ler o Kaique percebe a minha preocupação.

— O que aconteceu Priscila?

— O Antony me pediu pra ir depressa pra cafeteria ele tem algo urgente pra tratar comigo e não pode ficar pra amanhã.

— Mais já ta tarde, tenta falar com ele.

— Melhor eu ir Kaique o Antony leva muito a sério o serviço dele.

— Quer que eu te leve?

Eu sorri pro Kaique. — Não precisa pode deixar que vou lá resolver isso e de lá vou direto pra casa.

— Então tudo bem Priscila.

Eu me levantei e Kaique me deu um abraço de despedida e sai.

***

Peguei um táxi e cheguei na cafeteria, tava tudo escuro tirei minhas chaves da bolsa abri a porta e liguei as luzes.

— Antony você está ai?

Estava um silêncio total e ouvi passos saindo do banheiro masculino e quando olhei quem era quase que o meu coração estremeceu.

— Olá Priscila quanto tempo não?

— Carlos? — O pavor começou a tomar conta de mim e minhas mãos começaram a tremer.

— Thiago, me chame de Thiago também senti saudades. — Ele olhou pra mim sorrindo sarcasticamente e se sentou na bancada virado pra mim.

O Tempo de Deus - [Livro 2] (Em Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora