Capítulo 55 (Luan)

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    Nossa casa estava interditada pelos polícias, fitas amarelas em volta da entrada mostrava que ali só poderia entrar a perícia e pessoas autorizadas.  Aquele corpo coberto pelo um saco preto me trazia náuseas mas enfim, nossas noites serão mais calmas a partir de agora.

— Papai? — Vinicius me cutucou enquanto olhava pela janela da casa da Ádria a movimentação na minha.

— Fala. — o peguei e distanciei da janela.

— Por quê não podemos durmir em casa? Vinicius quer a cama dele. — acomodou a cabeça em meu ombro.

— Vamos procurar sua mãe que tal? — descemos e Ádria estava ao telefone — Sabe onde está Thalyta?

   Ela afastou o telefone do rosto e sorriu.

— Pintando. — piscou e voltou a falar.

   Me direcionei até o lado de fora da casa e passamos pelo jardim e entramos no cômodo separado só para pintura e grafite. Lá estava ela grafitando a parede que antes era branca, várias latas espalhadas e apenas uma em sua mão que identifiquei ser da cor azul. Era um lindo desenho que simbolizava a liberdade já que ela desenhou uma gaiola e uma pomba mais acima demonstrando que tinha sido libertada. Mas ao fundo quase não visível um casal e uma criança olhando para o horizonte sentados na grama e apontando para as nuvens.

— Gostou? — veio até mim e beijou nós dois.

— Ficou lindo. — entreguei Vinicius a ela e tirei uma foto e postei nas redes sociais marcando-a — Não acha que está muito tarde não? — realmente era madrugada.

— Para mim não mas e esse pequeno que deveria estar na cama agora?

— Vinicius não consegue dormir. — respondeu por si próprio.

— Vamos descansar. — chamei os dois que saíram e apaguei a luz do lugar  fechando a porta.


 

    Um mês e alguns dias depois...

— Ancioso cara? — Murilo se colocou ao meu lado como um dos padrinhos.

— A não, nem um pouco. — ironizo secando meu suor.

— Ela está linda meu filho. — meu pai arrumou minha gravata e ajeitou meu cabelo.

— Pai! — o repreendi.

— Estou tão orgulhosa de você meu filho. — agora era a chumba apertando minhas bochechas.

— Quero que cuide bem da minha menininha em. — minha sogra beijou minha testa e depois limpou a marca de batom.

— Eu sempre vou cuidar.

  Ádria de longe me fitou e fez sinal que iria me matar se fizesse algo errado. Engoli seco e sorri sentindo o suor frio escorrer.

— Cara você vai virar uma nascente aqui do tanto que sua. — Pedro meu mais novo amigo riu de mim.

— Cheguei! — Rober saltou em cima do pequeno altar e se pôs ao lado de Murilo — Boi do céu, você não imagina como a Thatha tá gata.

— Não piora a situação Testa. — João gargalhava.

  Os padrinhos foram formados da seguinte forma; do lado da Thalyta Murilo (que o chamo de Murilo 2) com sua mulher que nesse momento estavam tentando fazer as gêmeas sentarem e Pedro e Luana (que não me canso de agradecer por tudo que fez por minha mulher). Do meu lado era Rober e Ádria que já estava vindo em nossa direção para se por em seu lugar e Murilo verdadeiro e Aline, essa quase não conversava parecia estar brava com seu parceiro.

  Como seria algo simples dividimos os lugares, a celebração na nossa casa pois o jardim suportava apenas nossos convidados sentados e a festa na casa de Ádria que era mais amplo. A música de entrada soou e meu coração começou a bater de forma descompassada...

Eu, Você E A Enviada(Concluída)Where stories live. Discover now