Enquanto tirava algumas roupas minhas do guarda roupas resmungando por Luan ter exagerado nas compras Bruna estava sentada na poltrona vendo tudo animada.— Seu irmão é um tanto quanto exagerado. — bufei quando não conseguia mais pegar as roupas na parte de cima.
— É o sonho do Pi ser pai, deixa ele ser feliz. O que você pensa que vai fazer? — se referiu em me ver puxar o pufe.
— Vou subir para pegar aquela mala. — apontei já subindo.
— Desce daí agora! — ordenou.
— Calma já tô descendo. — desci devagar.
— Eu não conheço e nem vejo seu anjo da guarda mas creio que ele passa por vários apuros com você. Já pensou se você caísse daí e perdesse esse bebê? — cruzou os braços — Meu coração quase parou!
— Bruna, você é uma fantasma, não tem coração. — falei óbvia.
— Detalhe. — apontou para mim com o dedo indicador — Ádria entrando no seu quarto em 3, 2, 1... — e assim ela sumiu e Ádria entrou.
— Conversando sozinha? — perguntou rindo.
— Mania. — dei de ombros — Vem ver essas roupinhas.
Peguei algumas da sacola que não tinha guardado ainda e coloquei na cama.
— São lindas, me lembrei de quando Murilo era pequeno. A roupa de quando vocês saírem da maternidade eu que vou dar.
— Mas aqui já tem tantas. Crianças crescem rápido e eu tenho certeza que essas dão. — apontei para o guarda roupas.
— Mas essa é especial, você vai guardar de recordação. Temos que arrumar o quarto do bebê também, bercinho. Nomes, já pensou em algum?
— Não, eu devia ter perguntado algum para o Victor antes dele morrer. A gente nunca falou sobre isso então, queria algum que ligue a ele ou lembre.
— Pode ser com a inicial, Vinicius talvez. Temos tempo para pensar ainda.
— Preciso de ajuda porque eu não sei o que se coloca em uma bolsa para deixa-lá pronta.
— Isso é importante mas precisamos comprar algumas coisas vamos?
— Hoje eu não posso, aliás eu vou viajar alguns dias, na verdade uma semana. — sorri fraco pois sabia que lá vinha muita conversa.
(...)
— Conseguiu amansar a fera? — Rober perguntou enquanto pegava minhas duas malas.
— Dona Ádria relutou mas no fim acabou cedendo.
— Essa barriguinha tá linda.
Entramos e esperei que Luan chegasse também, o que não demorou muito.
— Não acha melhor sentar na frente? Você pode enjoar e eu não quero ser seu alvo. — orientou.
— Tá bom. — sentei ao lado dele nos primeiros bancos — É muito cedo pra dizer que eu já tô com fome?
— Não porque eu também tô. O bom é que já trouxe um estoque lá de casa. Será que Ádria poderia me ceder a Cida pelo menos uma vez na semana. Eu não sei conviver naquela casa imensa suja.
— Vou conversar com ela depois.
— Você podia morar comigo. — virou me olhando.
— Ei, vai com calma mocinho. A gente só beijou e...
— Falando nisso. — enfiou a mão por entre meus cabelos e sem me deixar protestar me beijou sem se importar com a presença da Arleyde, Rober e um segurança. Como se fosse possível tentei lutar contra ele mas aquela boca rosinha e macia na minha deixava minhas pernas bambas.
Pela falta de ar nos afastamos e senti uma leve mordida ainda em meu lábio inferior.
— Você é louco. — senti minhas bochechas queimarem.
— Louco, doido varrido, culpa sua viu não? Foi tanto tempo apenas imaginando esse momento que até parece mentira agora, tô só esperando sua permissão para tornar isso concreto e poder te beijar sem se importar com o que vão falar.
— Tornar concreto? Achei que precisava de um pedido e tal sabe. — soltei e ele me olhou de canto rindo — Eu acho, apenas acho que precisa de muito mais beijo daqueles só para saber se é bom mesmo e eu não entrar em uma roubada. — falei olhando minhas unhas e senti seu olhar sobre mim.
— Se me permite... — afastou meu cabelo e chegou a boca bem pertinho da minha orelha — Não são só os beijos que você vai experimentar. — ali mesmo deu uma mordida me arrepiando e por impulso encolhi.
— Maldade. — referi ao que ele acabara de fazer.
Nossos olhos se cruzaram, era cheio de sentimentos recíprocos. Eu estava nas nuvens apenas com aquele momento. Depois de muitos beijos e carícias entre nós me encostei em seu peito.
— Vai demorar a muito para chegar nessa cidade? — perguntei com sono já.
— Não muito mas se quiser aproveitar e dormir não me importo.
Se virou mais de costas para janela me deixando mais confortável em seu peito. Quando o sono estava quase me vencendo escutei ele sussurrar "Eu te amo" e beijou o topo da minha cabeça.
(...)
— Ei, acorda. Já chegamos e tem muitas fãs lá fora. — escutei sua voz me acordando.
— Eu tô horrível né? — ajeitei meus cabelos e limpei a boca por possivelmente ter babado nele.
— Tá linda, não se preucupe, apenas haja naturalmente. — beijou minha boca e minha testa.
— Vamo bora cambada! — Rober falou abrindo a porta da van.
Os gritos me fizeram acordar mais ainda. Me surpreendi com uma fralda de pano ser jogada em mim, abri e olhei o bordado escrito Breno de azul e Nicole de rosa. Olhei em volta e sorri, pediram até foto comigo, tirei algumas e até arrisquei em um autógrafo rabiscado.
— Vai ser menino ou menina? — um rapaz perguntou.
— Menino. — sorri.
— Já pensou no nome? — neguei e ele sorriu — Seja lá quem for o pai você e o Luan são fofos juntos, cai dentro, sempre soubemos que ele é louco pra ter uma Nicole e o Breno.
— Você é fã mesmo em.
— Acabei sendo por causa da minha namorada. — deu de ombros.
— Que fofo. — afinei a voz.
Senti uma mão entrelaçar na minha.
— Vai vir não? — Luan perguntou enfiando uma chupeta em minha boca, isso mesmo uma chupeta!
— Aonde arrumou isso menino? — perguntei rindo.
— Jogaram nos seguranças. Agora vamos eu tenho show ainda.
Dei um último tchau e entramos no hotel.
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Eu, Você E A Enviada(Concluída)
Fanfiction"BRUNA SANTANA IRMÃ DE CANTOR SERTANEJO LUAN SANTANA MORRE APÓS UM GRAVE ACIDENTE DE CARRO. A JOVEM TEVE UMA PARADA CARDÍACA NO HOSPITAL E NÃO RESISTIU."- uma das manchetes de jornal. A notícia que abalou milhares de pessoas mas principalmente sua f...