Capítulo 33

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  Enquanto tirava algumas roupas minhas do guarda roupas resmungando por Luan ter exagerado nas compras Bruna estava sentada na poltrona vendo tudo animada.

— Seu irmão é um tanto quanto exagerado. — bufei quando não conseguia mais pegar as roupas na parte de cima.

É o sonho do Pi ser pai, deixa ele ser feliz. O que você pensa que vai fazer? — se referiu em me ver puxar o pufe.

— Vou subir para pegar aquela mala. — apontei já subindo.

Desce daí agora! — ordenou.

— Calma já tô descendo. — desci devagar.

Eu não conheço e nem vejo seu anjo da guarda mas creio que ele passa por vários apuros com você. Já pensou se você caísse daí e perdesse esse bebê? — cruzou os braços — Meu coração quase parou!

Bruna, você é uma fantasma, não tem coração. — falei óbvia.

Detalhe. — apontou para mim com o dedo indicador — Ádria entrando no seu quarto em 3, 2, 1... — e assim ela sumiu e Ádria entrou.

— Conversando sozinha? — perguntou rindo.

— Mania. — dei de ombros — Vem ver essas roupinhas.

  Peguei algumas da sacola que não tinha guardado ainda e coloquei na cama.

— São lindas, me lembrei de quando Murilo era pequeno. A roupa de quando vocês saírem da maternidade eu que vou dar.

— Mas aqui já tem tantas. Crianças crescem rápido e eu tenho certeza que essas dão. — apontei para o guarda roupas.

— Mas essa é especial, você vai guardar de recordação. Temos que arrumar o quarto do bebê também, bercinho. Nomes, já pensou em algum?

— Não, eu devia ter perguntado algum para o Victor antes dele morrer. A gente nunca falou sobre isso então, queria algum que ligue a ele ou lembre.

— Pode ser com a inicial, Vinicius talvez. Temos tempo para pensar ainda.

— Preciso de ajuda porque eu não sei o que se coloca em uma bolsa para deixa-lá pronta.

— Isso é importante mas precisamos comprar algumas coisas vamos?

— Hoje eu não posso, aliás eu vou viajar alguns dias, na verdade uma semana. — sorri fraco pois sabia que lá vinha muita conversa.

(...)

— Conseguiu amansar a fera? — Rober perguntou enquanto pegava minhas duas malas.

— Dona Ádria relutou mas no fim acabou cedendo.

— Essa barriguinha tá linda.

  Entramos e esperei que Luan chegasse também, o que não demorou muito.

— Não acha melhor sentar na frente? Você pode enjoar e eu não quero ser seu alvo. — orientou.

— Tá bom. — sentei ao lado dele nos primeiros bancos — É muito cedo pra dizer que eu já tô com fome?

— Não porque eu também tô. O bom é que já trouxe um estoque lá de casa. Será que Ádria poderia me ceder a Cida pelo menos uma vez na semana. Eu não sei conviver naquela casa imensa suja.

— Vou conversar com ela depois.

— Você podia morar comigo. — virou me olhando.

— Ei, vai com calma mocinho. A gente só beijou e...

— Falando nisso. — enfiou a mão por entre meus cabelos e sem me deixar protestar me beijou sem se importar com a presença da Arleyde, Rober e um segurança. Como se fosse possível tentei lutar contra ele mas aquela boca rosinha e macia na minha deixava minhas pernas bambas.

  Pela falta de ar nos afastamos e senti uma leve mordida ainda em meu lábio inferior.

— Você é louco. — senti minhas bochechas queimarem.

— Louco, doido varrido, culpa sua viu não?  Foi tanto tempo apenas imaginando esse momento que até parece mentira agora, tô só esperando sua permissão para tornar isso concreto e poder te beijar sem se importar com o que vão falar.

— Tornar concreto?  Achei que precisava de um pedido e tal sabe. — soltei e ele me olhou  de canto rindo — Eu acho, apenas acho que precisa de muito mais beijo daqueles só para saber se é bom mesmo e eu não entrar em uma roubada. — falei olhando minhas unhas e senti seu olhar sobre mim.

— Se me permite... — afastou meu cabelo e chegou a boca bem pertinho da minha orelha — Não são só os beijos que você vai experimentar. — ali mesmo deu uma mordida me arrepiando e por impulso encolhi.

— Maldade. — referi ao que ele acabara de fazer.

  Nossos olhos se cruzaram, era cheio de sentimentos recíprocos. Eu estava nas nuvens apenas com aquele momento. Depois de muitos beijos e carícias entre nós me encostei em seu peito.

— Vai demorar a muito para chegar nessa cidade? — perguntei com sono já.

— Não muito mas se quiser aproveitar e dormir não me importo.

   Se virou mais de costas para janela me deixando mais confortável em seu peito. Quando o sono estava quase me vencendo escutei ele sussurrar "Eu te amo" e beijou o topo da minha cabeça.

(...)

— Ei, acorda. Já chegamos e tem muitas fãs lá fora. — escutei sua voz me acordando.

— Eu tô horrível né? — ajeitei meus cabelos e limpei a boca por possivelmente ter babado nele.

— Tá linda, não se preucupe, apenas haja naturalmente. — beijou minha boca e minha testa.

— Vamo bora cambada! — Rober falou abrindo a porta da van.

  Os gritos me fizeram acordar mais ainda. Me surpreendi com uma fralda de pano ser jogada em mim, abri e olhei o bordado escrito Breno de azul  e Nicole de rosa. Olhei em volta e sorri, pediram até foto comigo, tirei algumas e até arrisquei em um autógrafo rabiscado.

— Vai ser menino ou menina? — um rapaz perguntou.

— Menino. — sorri.

— Já pensou no nome? — neguei e ele sorriu — Seja lá quem for o pai você e o Luan são fofos juntos, cai dentro, sempre soubemos que ele é louco pra ter uma Nicole e o Breno.

— Você é fã mesmo em.

— Acabei sendo por causa da minha namorada. — deu de ombros.

— Que fofo. — afinei a voz.

  Senti uma mão entrelaçar na minha.

— Vai vir não? — Luan perguntou enfiando uma chupeta em minha boca, isso mesmo uma chupeta!

— Aonde arrumou isso menino? — perguntei rindo.

— Jogaram nos seguranças. Agora vamos eu tenho show ainda.

  Dei um último tchau e entramos no hotel.

Eu, Você E A Enviada(Concluída)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora