Capítulo 51

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  Desci as escadas e quem veio de encontro a mim foi Vinicius abraçado a um enorme buquê de rosas brancas e vermelhas. Seu rostinho nem aparecia, andava com dificuldades até mim e antes que o ajudasse ele caiu sentado mas riu em vez de chorar.

— Isso pesa mamãe. — deitou a cabeça de lado e assim vi apenas seus olhinhos acinzentados.

— Seu pai que mandou? — deixei as rosas de lado e o ajudei a levantar.

— Foi, também disse que era pro Vinicius não deixar você ir lá fora agora porque ele sumiu as alianças.

— Você para guardar segredos é um ótimo menino. — baguncei seus cabelos rindo.

  Abri o cartão e me deparei com sua letra com um versinho de sua música.

"Promete que vai ser só minha?
Que vai me entender num olhar?
Promete que vai visitar os meus sonhos de noite
A luz do luar?"

É claro que eu prometo meu amor. — disse baixo depositando um beijo no cartão, Vinicius correu para o jardim.

— Olha que promessa é dívida em. — ouvi sua voz vindo de trás de mim.

— Você e suas surpresas. — o abracei pelo pescoço.

— A prova que eu te amo. — beijou minha testa.

— Mas ainda não acabou isso tudo, enquanto eles não estiver mortos ou presos eu não vou ter paz Luan.

— Por hoje, vamos apenas pensar em nós e nossa família. Tem pessoas lá fora que querem te ver e estão morrendo de saudades.

  Lembrei dos meus pais e não perdi tempo. Assim que abri as portas que davam a área de lazer vi cada rostinho familiar.

— Mamãe, pai... —  e como sempre, sempre mesmo, minhas lagrimas que agoram era de felicidade por revê-los desceram.

— Minha filhinha. — mamãe veio me abraçar junto com meu pai.

   Eles me encheram de beijos pelo rosto.

— Da próxima vez que sumir assim eu vou te buscar pela orelha ouviu? — papai disse sério mas logo depois riu e voltou a me abraçar.

— Eu amo muito vocês. — encarei seus rostos e dei um beijo em cada um na testa.

— Nós também sentimos sua falta. — essa voz irritante.

— Murilo seu idiota! Ádria! Meu deus! — corri até eles e os dois me abraçaram com carinho.

— Eu pensei que não iria mais te ver menina. — Ádria segurou meu rosto já chorando.

— Isso tá parecendo um velório! — ralhei rindo — Eu estou aqui então temos que comemorar. — beijei os dois e os abracei de novo.

  Senti alguém cutuca meu ombro.

— Com licença, é que a senhora Thalyta passou muito tempo longe e dois amigos dela ficaram esperando pelo abraço né. — um rapaz tentando fazer engrossar a voz falou.

  Me virei e vi aqueles dois retardados com os braços cruzados.

— Meus meninos! — os abracei.

— Ei, seu menino sou eu mamãe. E larga de ficar abraçando tanto homem. — Vinicius se enfiou entre nossas pernas bravo.

— Ok seu toquinho, primeiro temos que te ensinar a falar igual a homem. — João o pegou.

— Vinicius é homem. — falou sério.

— Muito. — beijei os três — Vocês são os melhores amigos que uma mulher pode ter. — baguncei o cabelo de Pedro.

— Eu ouvi isso Dona Thalyta!  Traição a queima roupa? — Murilo gritou.

  Vi muitas pessoas que não via a anos da minha família e o povo todo da equipe do Luan. Estava desidratando já de tanto chorar. No final um cerimonialista e um juiz de paz apareceu e Luan me fez casar ali mesmo no civil com ele falando que assim não tinha mais escapatória. O cerimonialista iria me ajudar com toda a decoração e com os preparativos para o casamento na igreja.

— Enfim casamos, somos marido e mulher. — veio para me beijar mas desviei.

— Nós casamos... — repeti.

— Isso Thalyta, casados, agora a pouco. Não caiu a ficha ainda?

— Eu preciso falar com uma pessoa. — lhe dei um beijo rápido e corri para dentro de casa.

Eu, Você E A Enviada(Concluída)Where stories live. Discover now