Capítulo 15

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   Sabe aquela sensação de que você está dormindo e tem alguém te monitorando, é eu me sentia do mesmo jeito só que pelo menos 6 VEZES MAIS!

— Hummm — resmunguei acordando e logo depois senti uma dor no peito, o que aconteceu?

— Ela está acordando! — ouvi uma voz ao fundo e pelo meu sono não soou nitidamente.

  Abri meus olhos com medo do que encontraria em minha frente, se arrependimento matasse. Meu Deus o que meus pais estão fazendo nesse lugar, senta aqui vamos conversar.

— Minha meninha acordou! — essa eu sei que era a voz esguelada da minha mãe e veio para cima de mim.

— Arrrrghhh — grunhi de dor — Mãe tá doendo.

— Sai de cima da menina Marta. — meu pai interveio por mim — Oi minha menina. — uma viva alma descente nesse quarto branco, calma, quarto branco?

— Onde eu tô pai? — pisquei algumas vezes já que a luz incomodava.

  Se eram seis pessoas me vendo... meu Deus! Ergui o corpo um pouco o suficiente para vir um braço e me fazer me deitar novamente.

— Ei, fica quetinha viu. — essa voz confortante.

— O que aconteceu Luan? — perguntei segurando seus braços e ele deu um sorriso meigo.

— Vocês podem nos dar um minutinho a sós? — ele pediu calmo.

— Claro meu filho. — A mãe do Luan falou.

— Dona Mari? Seu Amarildo? —os olhei em pânico.

— Oi. — eles falaram juntos sorrindo e depois se foram com meus pais.

— O que seus pais  estão fazendo aqui?

— Eles também se preuparam com você Thalyta, quer ouvir o que aconteceu? — assenti arrumando minha posição na cama mesmo com dor — Você estava na piscina, como Cida disse, e veio até a sala quando escutou a capainha tocar. Diz ela que você o chamou de Victor então é o seu namorado, ele atirou em  você, um tiro no peito e a intenção dele não era só te assustar.

— Não!  O Victor nunca seria capaz de fazer isso, ele nem sabe usar uma arma Luan... — falei impaciente e senti algumas pontadas no peito — Tá doendo.

— Eu vou chamar o médico calma.

  Então ele saiu correndo me deixando sozinha apavorada. Victor não era capaz disso.

— Oi. — Bruna apareceu ao meu lado na cama e veio colocar a mão sobre meu ferimento.

— Bruna fala para mim que não foi o Victor.

— Foi ele sim mas em partes, não o culpe tá. Depois te explico melhor. Eu não sabia que era tão difícil ressuscitar uma pessoa assim, olha foi tenso e duas vezes ainda. Você gastou todas as minhas energias da semana.

Como assim, eu morri duas vezes Bruna?  Eu tô lembrando de uma coisa...

— Seja lá o que for deixe para me contar depois. Você vai se recuperar logo tá, e os médicos já estão chegando.

  Ela sumiu como fumaça que se dissolve ao meio do vento e eu já não sentia mais dor.

— Olá, como se sente? — o médico me perguntou sorridente, sério isso? Eu estou em um hospital, ligada a um monte de aparelhos, meu ex-namorado tentou me matar, sinceramente vai pro @%×€^÷&;@&!

  As horas passam e eu ainda estava cobrando a minha conversa com Deus  mas tive que me contentar com apenas uma conversa com a Ádria mesmo. Meus pais são totalmente lunáticos por praias,  nossa casa parece ter sido trazida direto do Havai para cá, o que resulta que eles não passam em casa. Eu fui morar com minha tia em Brasília para fazer minha faculdade e depois de uns três anos ela morreu de alguma doença que não me lembro, ou, eu me privo de lembrar, e deixou seu apartamento para mim já que não tinha filhos. A partir daí comecei a ser independente e a trabalhar, foi no meu serviço que encontrei Victor e depois daí namoramos. Voltando ao assunto dos meus pais, vamos dizer que o mais normal ali é minha figura paterna, e minha mãe digamos por passagem e que de certa forma não tem os seus parafusos no lugar. Eu amo eles com todas as minhas forças mas aquela casa praiana demais onde tudo se resumia em conchas, o super protegimento deles me sufocava muito. É, eu não tenho a melhor família do mundo mas os amo e com certeza seria minha parte fraca. 

  — Agora vamos fazer alguns exames preparada? — foi a vez  da enfermeira perguntar. 

— Eu? Hahaha — fingi uma gargalhada — Me pergunta se eu estou preparada, logo eu, que morro de medo de agulhas.

Eu, Você E A Enviada(Concluída)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora