Capítulo 34

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    A primeira pergunta que me veio a cabeça foi em relação aos quartos quando entramos no elevador.

— Luan, onde eu vou dormir? — perguntei como quem não quer nada.

  — Sabe, como foi em cima da hora você vai ter que ficar no meu quarto.

— Mintira. — Rober se manifestou — Perguntei se ele queria mais uma reserva hoje cedo e ele disse que não.

— Valeu Testa! — resmungou e eu cruzei os braços — Agora não da mais, ou você fica no meu quarto ou dorme na entrada do hotel.

— A que legal. — mostrei língua.

  Quando nos acomodamos já era hora de ter  que nos arrumar para o show.

— Você pode tomar bamho primeiro. — cedeu.

— Mas é claro que eu vou querido, privilégio das grávidas, nós sempre primeiro. — passei rindo cínica.

  Tomei um banho rápido e logo ele entrou me dando privacidade para vestir minha roupa. Como não queria e nem poderia apertar meu bebê coloquei um vestido solto com fundo azul escuro e algumas flores em preto com bolso dos lados e manga caída no ombro em um babado. Nos pés apenas uma plataforma preta e terminei colocando os brincos e um corrente fina. Vesti um short legue por baixo e ergui o vestido analisando minha barriga já bem volumosa.

— Tá uma grávida gostosa, digo, linda. — Luan se corrigiu rindo.

— É por que não viu minhas estrias na coxa do tanto que engordei. — fiz bico.

— Não importa, você é sempre vai ser a mulher ideal para mim. E em questão do pedido, a noite quando chegarmos você vai ter uma surpresa.
— Não me deixa anciosa. — resmunguei e fui começar minha maquiagem.

  Com um batom vinho destaquei minha boca e deixei os olhos menos chamativos. Quando terminei falei que iria descer e esperar no hall. Sentei em um dos sofás na recepção e peguei uma revista que  ironicamente tinha uma foto minha e do Luan nas primeiras folhas com a legenda bem grande "Aproveitadora ou mocinha? Quem será de verdade Thalyta?". Logo em baixo tinha algumas coisas falando de mim e que supostamente estaríamos namorando.

  Larguei a revista e resolvi andar até o lado de fora, se arrependimento  matasse. Lá estava um monte de gente esperando pelo Luan.

— Olha, é a Thalyta! — gritou uma moça.

  Ouve alguns me chingando e outros falando para que eu tirasse uma foto, até que ouvi um "Vagabunda! " mais alto e todos se calaram. Andei até as pessoas e os seguranças formaram uma barreira.

— Pode deixar. — pedi aos seguranças — Posso conversar com vocês? — perguntei a todos presentes e eles disseram em coro "Pode" — Quem gosta de mim e acha que sou apenas uma amiga do Luan fiquem desse lado. — apontei para o meu lado direito e a maioria foi — Quem acha que eu sou uma aproveitadora e sem escrúpulos fique desse lado. — apontei para a esquerda.

  Olhei  todos que foram para o lado que gostam de mim e continuei:

— Sejam mais cinceros pelo amor, agora a pouco ouvi palavrões referindo à mim  e vocês fazem isso. — aos poucos as pessoas se dividiram em gostar e não gostar de mim.

— O que você quer com isso? — uma moça da minha idade mais ou menos perguntou com desdém.

— Minha pergunta é: o que vocês ganham com isso? Vale a pena ficar me chingando? Vocês não me conhece e como muitos sabem eu que incentivei o Luan voltar aos paucos, não tô pedindo que me agradeçam eternamente por isso porque eu também sou fã daquele rapaz que está ali dentro ancioso pro seu próximo show. — apontei para dentro do hotel
— Eu estou grávida sim e o filho não é do Luan. Não entro no assunto sobre o pai mas o Luan tem me dado todo o apoio e está tão inpolgado quanto eu. Se não fosse ele eu estaria agora com remorso de  ter abortado meu filho. Então parem de me julgar pelo o que não sabem, o objetivo aqui de vocês é abraçar o Luan e não me chingarem como ouvi, porque quem faz isso não sabe o que é ética. Você... — apontei para a menina que filmava — Vem comigo.

   A puxei pela mão e entramos.

— Disculpas mas o que você quer comigo? — perguntou confusa.

  Peguei algumas revistas antigas e foliei até achar matérias sobre algumas peguetes do Luan.

— Essa é a diferença entre uma vagabunda e eu. — apontei para a folha — Essa queria dinheiro e eu quero o melhor para ele.

— Me disculpas. — falou baixo.

   Uma mão tocou meu ombro e eu me virei.

— Você está bem? — me fitou e depois fitou a menina ao meu lado.

— Vai, faça o que você veio fazer aqui.  Você veio abraçar ele e não falar sobre quem eu sou ou não. — deixei os dois sozinhos e fui até a van.

   Todos gritavam, Thalyta. Eu queria apenas que me intendesse e resultou em um ataque de fúria meu. As portas se abriram e Luan entrou.

— Você falou mesmo tudo o que ela disse?

— Depende o que ela disse. — me virei para a janela.

— Eu te amo tá?—  segurou meu queixo e fechei os olhos.

— Eu também te amo. — abri os olhos e ele estava sorrindo — Me abraça. — pedi manhosa e foi o que fez.

(...)

"Suposta namorada de Luan Santana tem ataque de fúria e se revolta contra fãs que a chamavam de vagabunda", é o que diz a reportagem de um site de fofocas. — Rober me entregou o tablet e eu apenas dei uma olhada e devolvi.

— Me disculpas Rober, Arleyde vai te matar.

— Eu vi o que você falou, até gostei sabe. Um choque  de realidade faz bem em vez em quando. Quer ir pro lado do palco?

— Vamos. — me levantei.

Eu, Você E A Enviada(Concluída)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt