Eu, Você E A Enviada(Concluída)

Capítulo 12

  Música! Isso, era isso que eu precisava, uma batida envolvente e muito alta.

— Tá gostando? —  Luan falou em meu ouvido por causa do barulho.

  Concordei com a cabeça e virei o último gole de Vodka.

— Como encontrou esse lugar? — perguntei já que era  local afastado do lugar onde moramos.

— Me apresentaram faz alguns dias. Antes de você chegar, o bom é que ninguém me conhece bem aqui.

  Voltei a dançar junto com ele, passei os olhos pelo local e vi a sombra da Bruna perto de uma saída com os braços cruzados.

— Já volto. —  beijei sua bochecha e fui até onde à vi.

   A porta dava a um deposito de bebidas e me admirava por estar aberto, imagino quantas pessoas já invadiram isso.

— Poxa, pensei que iria leva-lo pro bom caminho, não vir beber. —  Bruna apareceu atrás de mim me assutando.

— Qual é? Eu acabei de levar um fora do meu namorado, aliás, meu ex querida. Só estamos nos divertindo.

— Vocês tem dez minutos para sair daqui, sei que algo vai acontecer.

— Bruna da um...

  — Bruna? — Luan perguntou confuso me interrompendo—  Como assim Bruna?  Não tem ninguém aqui.

— Tá vendo o que você fez?!

— Eu?! —  bronquiei Bruna e Luan me olhava confuso ainda —  Vamos embora. — segurei em seu braço mas ele se soltou.

—  Explica primeiro.

—  Você entendeu errado Luan, vamos embora eu não tô bem.

—  Isso tá muito estranho Thalyta, você falou Bruna eu ouvi.

   Dei uma desculpa esfarrapada e consegui que fomos embora. No caminho de volta enquanto ele me perguntava algumas coisas eu vi algo atravessando a rua, ou uma pessoa.

— PARA! — gritei e ele freiou bruscamente fazendo os pneus cantar e nos impulsionando para frente.

— O que foi? —  perguntou com a voz falha pelo susto que lhe dei.

—  Alguém atravessou a rua você não viu? — o olhei boquiaberta.

— Tá loca? Aceitou bebida de alguém desconhecido? Fumou algo? Não tem nada ali!

— É, eu tô delirando. — sorri sem humor.

         No outro dia...

  Enquanto curtia o sol na piscina Bruna estava do meu lado, falei que vi uma pessoa atravessando a rua e contei todo o resto.

— Entenda, existe almas por aí que estão com o mesmo objetivo que eu ou são malignas. Essas malignas estão aqui na terra para impedir enviados a cumprir sua missão. Ainda não enfrentei nem uma dessas e não sei o que elas podem causar o que dificulta porque quando eu esbarrar com uma dessas "trevas" por aí eu posso me dar mal. Não sei até que ponto eu posso ir e quero que mantenha o Luan longe de qualquer coisa que o traga risco. Você não me vê apenas como imaginava, você é uma médium aberta, consegue visualizar muito além do que pensei.

—  Vou tentar afasta-lo de qualquer coisa. —  a campainha tocou então me levantei mesmo sabendo que a Cida atenderia.

— Não vá. — entrou em minha frente mas passei por ela.

— O que à de mau lá? Deve ser o carteiro.

— Mas eu não tenho um bom pressentimento.

  Corri até a sala e vi quem menos imaginava na vida.

— Esse rapaz diz que te conhece é verdade? — Cida perguntou mostrando-o.

— É sim Cida, pode deixar que eu vou falar com o Victor. Obrigado.

  Ela se retirou e eu o encarei, olha-lo me dava um aperto no peito, uma sombra preta estava em volta de seu corpo, era como se fosse um nevoeiro de cor escura. Em um ato rápido ele levou as mãos até as costas e logo depois um único barulho me assustou.  Caminhei até Victor mas minhas pernas fraquejavam, minha vista escureceu.

— O que você fez? — levei minha mão até perto do meu peito e avia muito sangue que se espalhava pelo meu corpo já que estava apenas de biquíni.

— MEU DEUS! SOCORRO! — Cida falou, foi a última coisa que ouvi.