Capítulo 44 (Luan)

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  Depois que à babá me ligou dizendo para ir busca-lá perguntei sobre Thalyta que dizia ter ido mas ela não apareceu por lá e já faz quase uma hora que saiu daqui feito fera. Meu coração apertou com isso, aqueles pressentimentos... calma, ela pode ter passado em algum lugar. Liguei em seu celular várias vezes mas não atendeu, desesperado, fui na casa da Ádria que também não tinha notícias dela.

— Tenta de novo ligar no celular dela que eu avisar o Rober. Mandei um segurança ir buscar a babá.

— Eu vou continuar ligando.

   Disquei o número do Rober  e depois de algum tempo atendeu, expliquei tudo a ele disse que logo estaria aqui.

— Atendeu! — Ádria quase gritou — Thalyta é você? — peguei o celular das mãos dela.

— Thalyta, aonde você está? — andei de um lado para o outro.

Não moço, meu nome é Felipe e achei esse celular jogado aqui em um beco, também tem uma chave de carro.

— Você está nesse beco ainda? — pedi um papel para Ádria — Me passa o endereço.

É, estou mas eu preciso voltar a trabalhar. — desconfiado passou a localização.

— Por favor, não saia daí. Minha mulher sumiu, já estou indo. Qualquer coisa eu pago seu dia de trabalho. — desliguei.

— Eu vou com você.

— Não Ádria, fique, eu preciso de você para cuidar do Vinicius. Quando o Rober chegar pessa a ele ir nesse endereço aqui. — entreguei a cópia do papel e sai correndo.

   Dirigi rápido até o local e vi que faltava dois quarteirões para o consultório. Avistei o carro de Thalyta e me desesperei mais pois o carro continuava ali.

— Você é o Felipe não é? — perguntei ao homem que segurava o telefone dela aflito.

— Cara eu não fiz nada, só fui recolher o lixo nesse beco e encontrei o telefone tocando junto com essa chave. — me entregou e encarou meus seguranças.

— Calma, eles não vão fazer nada. Só preciso que me fale tudo o que você viu aqui.

— Foi só isso, quando o caminhão da coleta parou, entrei nesse beco e recolhi os lixos, quando estava voltando vi o telefone tocar.

— Tem certeza? Tenta se lembrar de algo, qualquer coisa ajuda.

— Nada moço, só quando eu entrei dois caras fortes com o uniforme daquele açougue saiu empurrando um carrinho grande.

— Obrigado mesmo, eu vou te dar um cheque que cubra seu dia de serviço e por favor não fale isso à ninguém. — assinei o cheque e ele olhou espantado.

— Mas isso é muito. Não precisa. — tentou devolver.

— Fica, pela sua ajuda.  Tenho certeza que você e sua família precisa desse dinheiro. Antes, diz para aquele homem ali como eu poço te encontrar de novo. — apontei para o segurança e ele confirmou.

  Rober chegou correndo e veio até mim.

— Boi, o que aconteceu? — parou para respirar.

— Não sei Testa, a Thalyta sumiu do nada! — falei desesperado.

— Vamos até a delegacia. — orientou.

  Avisei para um dos seguranças levarem o carro de Thalyta e fomos direto para a delegacia mais próxima.

(...)

  — Como só podem registrar ocorrência com 24 horas? Eu estou avisando que minha mulher sumiu do nada e que encontrei o celular dela com um cara que o achou no beco! — esbravejo para a moça que iria registrar o boletim.

— Luan, você preso não vai adiantar nada. — Rober interveio.

— O que esta acontecendo aqui na minha delegacia? — o cara que identifiquei pelo distintivo pendurado no pescoço ser o delegado falou.

— Simples, a sua delegacia não serve para porra nenhuma!

— Não é so porque você é famoso que não te impede de ir em cana meu jovem. — riu sarcástico.

— Então faça alguma coisa.

— Venham até minha sala. — pediu e o acompanhamos — Muito bem, me explique o que aconteceu durante o dia de hoje.

— Depois que eu e minha mulher discutimos ela disse que iria buscar nosso filho e a babá no pediatra, mas depois de quase uma hora a babá me ligou pedindo que fosse busca-lá. Perguntei e ela disse que Thalyta não tinha aparecido até aquela hora. Fui até nossa vizinha e ela me ajudou ligando no celular dela e depois de algum tempo um coletor de lixo atendeu pois o achou em um beco próximo ao  consultório com as chaves jogadas no chão. A tela está até quebrada. — mostrei.

— Vou ver as digitais. — pegou com um pano — Sinto informar mas isso é um típico caso de sequestro, você é um cara famoso e ela sua mulher, um alvo fácil pois não tinha nenhum segurança por perto suponho.

— Luan, encontrarão o segurança dela desacordado dentro de um carro próximo do local também. — Rober informou segurando o telefone.

— Vou encaminhar duas viaturas até a casa de vocês e peço que permaneça em casa eles vão ligar pedindo resgate.

— Mas se fosse isso eles já teriam ligado.

— Delegado. — um policial entrou desesperado — Tem dezenas de jornalistas em frente a delegacia.

— Olha o que você me causou. — passou a mão pelo cabelo grisalho.

— Eu estou aqui com o direito de qualquer um. — irritei me levantando.

— Vai ter que sair pela frente mesmo pois tem reforma na saída dos fundos. Não diga nada ainda se não será prejudicial às buscas. — informou.

— Vamos Luan. — Rober tentou me manter calmo.

  Toda aquelas pessoas me perguntando coisas estava me deixando mais irritado. Queria apenas chegar em casa e saber que minha menina está lá me esperando e com a cara fechada por ser teimoso com ela.

Eu, Você E A Enviada(Concluída)Where stories live. Discover now