Capítulo 4

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    Acordei com leves passos pelo lugar onde eu dormia.

  — Bruna vá dormir! — enfiei minha cabeça por entre o travesseiro.

  — Me desculpe se ti acordei senhorita, já estou me retirando.

  — Nossa, pensei que fosse minha vó. — disse sem graça — Qual seu nome?— me levantei.

  — Núbia.

  — Bom dia Núbia.

  — Na verdade, — olhou para o relógio — falta um minuto para o meio dia.

  — Aí meu Deus! — exaspero — Onde está Ádria?

  — Esperando para o almoço. Tudo o que precisar de higiene tem no banheiro que acabei de repor, fique a vontade.

  Apenas assenti em agradecimento e corri para o banheiro. Achei escovas novas, toalhas branquinhas, enfim, tudo. Fiz minhas higienes rapidamente e logo desci a longa escada. Procurei pela conzinha e logo achei Núbia.

  — Ela está na mesa da varanda te esperando. — me guiou até o lado de fora — Com licença. — se retirou deixando apenas nós duas.

  — Bom dia Thalyta. — serviu suco para mim.

  Me sentei desconfiada e coloquei o guardanapo sobre meu colo. Sou uma "pixadora" como dizem mas tenho modos quando necessário.

  — Desculpe por dormir tanto.

  — Não se preucupe, também acordei agora. — levei o copo até a boca —
Você vai morar em São Paulo para poder estudar na minha escola de artes. — disse tudo de uma vez e eu guspi todo o suco e me engasguei.

  — Não disse! — Bruna resurgiu derrepente e arregalei os olhos me engasgando mais.

  — Calma e respira. — balançou o pano em meu rosto.

   Aos poucos recuperei o fôlego e me senti melhor.

  — Eu não posso morar em São Paulo, não tenho condições para morar em algum lugar lá.

  — Isso é fácil, tenho uma casa lá que posso te emprestar até você poder se virar. A bolsa da escola inclui todos os materiais e você vai precisar apenas ir.

  — É uma boa proposta admito mas tenho que comunicar meus pais antes, eles moram no Mato Grosso.

  — Ligue e informe à eles, vou para São Paulo daqui quatro dias, você sabe onde eu moro e este é meu cartão. — entregou para mim — Núbia mande servir o almoço.

  — Eu não quero te encomodar mais então eu já vou indo, obrigado pela hospedagem.

  — Sente-se e coma. — praticamente ordenou e engoli seco me sentando, a autoridade dela as vezes parece de mãe.

(...)

  Toquei a campainha do apartamento de Victor e logo ele abriu. Sua cara estava amassada e com marca da coberta no rosto, isso o deixava totalmente sexy. Ele me puxou pela cintura e foi logo me beijando.

  — Você me preocupou. — seus beijos desceram até meu pescoço — Ontem te procurei e não encontrei em lugar nenhum, liguei para os meninos e você não estava com eles. Onde passou a noite? — me fez sentar em seu colo quando se sentou no sofá e coloquei minhas pernas em cada lado de seu quadril.

  — Uma longa história.

  — Então vamos deixar para você contar depois. — voltou a me beijar mas o parei.

  — E você? Onde passou a noite por estar dormindo até agora?

  — Racha.

  — E nem me chamou. — cruzei os braços fazendo bico e ele logo tratou de morder.

  — Atender o celular as vezes é bom.

  — Você é tão rebelde! — ela disse aparecendo do nosso lado no sofá do nada e me assustei caindo do colo de Victor.

  — Porra!

  — Amor? — ele me olhava com a mão na boca segurando para não rir.

  — Se rir eu te capo idiota.

  — Calma Thatha. — me ajudou a levantar ainda rindo.

  — Vai contar pra ele não? — Bruna insistia.

  Olhei para ele em busca de coragem para dizer que vou mudar de cidade.

  — Tenho que te contar uma coisa.

  — Ótimo, eu também tenho.

  — Vou morar em São Paulo! — falamos juntos e me espantei assim como ele.

  — Você vai também? — perguntei não acreditando.

  — Bom, eu vou. Meus pais moram lá, tenho uma proposta de emprego e você?

  — Ganhei uma bolsa de estudos.

  — Droga! Não era para ele ir com a gente! Faz alguma coisa Thalyta! — Bruna andava de um lado para o outro.

  Ignorei o ser e voltei a atenção para o meu namorado.

  — Então você vai conhecer meus pais, olha amor que bom. — nesse momento eu gelei — Há Thatha, eles vão te amar assim como eu amo você.

  — Mentira, ele não te ama.

  — Eu vou daqui quatro dias Victor.

  — Mas tão rápido assim? E eu só vou daqui 2 meses.

Eu, Você E A Enviada(Concluída)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon