Capítulo 37 (Luan)

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   Me prontifiquei assim que o médico perguntou quem era o pai, bom, eu me considero mesmo que Thalyta não queira. Vesti as roupas que pediram e fomos para a sala de parto, os médicos se preucuparam pois faltava um mês e alguns dias para a data certa do parto.

— Vai ser normal ou cesariana? — a informeira perguntou.

— Não sei, só quero que isso passe logo. — minha namorada dizia ao impasse que as contrações vinham.

— Está quase lá, faça força Thalyta, vamos tentar no normal mesmo. — o médico pediu e eu segurei sua mão.

  Lá se foram duas horas em trabalho de parto e enfim o som do choro do bebê preencheu aquela sala. Thalyta deu um suspiro longo e amoleceu o corpo na maca, minha menina estava cansada.

— Eu quero ver meu filho. — ela pediu quase chorando.

— Sinto muito mas ele tem que ir agora para a encubadora, o bebê não nasceu no dia certo e tem problemas na respiração. — o médico informou enquanto duas enfermeiras sairam com nosso bebê.

— Vai atrás dele Luan, por favor. — pediu chorosa e eu assenti.

   Lhe dei um selinho e saí correndo em busca das enfermeiras.

— Ei, fala como ela está. — o pai dela me barrou.

— Preciso saber onde é o berçário. Eles levaram o bebê porque não nasceu na data ideal e estava com dificuldades para respirar.

— Tadinha da minha filha. — a mãe de Thalyta falou triste.

— Eu te ajudo a procurar Luan.

    Eu e Murilo perguntamos pelas pessoas que passavam e indicaram o local certo.

— Têm vários! — Murilo exasperou olhando o vidro que separava nós de vários outros bebês.

— É aquele. — apontei para o único menino da primeira fileira, ele estava com uma mantinha azul.

— Como sabe? — perguntou confuso.

— Sei lá, só senti. — dei de ombros.

— Moça! — meu amigo barrou uma enfermeira que saia do berçário.

— Posso ajudar?

— É que minha namorada acabou de ter um bebê mas com complicações e eu queria saber mais sobre o estado e e seu poderia vê-lo mais de perto.

— Bom, eu te conheço Luan. Se você me der uma autógrafo libero apenas você ver o bebê.

  Agradeci, por um momento achei que isso me custaria mais caro.

— Murilo, pode começar nosso plano.

— Pode deixar parceiro, vou começar agora. Da um beijo no bebê por mim.

   Olhei meu menino através da encubadora e ele mechia inquieto com um negocinho em seu nariz que facilitava sua respiração.

— Você não viu sua mãe ainda né? Ela é linda campeão, eu prometo que vou fazer de tudo para te tirar daqui o quanto antes viu. — me abaixei tocando o vidro — Eu não posso nem pega-lo? — perguntei esperançoso.

— Se conseguir pegar sem machuca-lo e com o tubo de respiração tudo bem.

— Eu já peguei outros bebês antes mas não tão delicados. — voltei a atenção à ele.

Alguns semanas depois...

Depois de sete dias longe de casa enfim pude voltar com uma folguinha prolongada. Abri a porta mais estava um silêncio.

— Thalyta? — chamei mas nada, quem apareceu foi Cida que sempre da um pulo aqui e nos ajuda com alguma coisa.

   Quando Thalyta teve alta o bebê continuou para desenvolver melhor os pulmões. Meu plano com Murilo era terminar de arrumar o quartinho que fiz especialmente para nosso pequeno Vinicius Rafael Santana Dutra. É, eu o registrei. Ele agora é meu filho com direito à tudo o que é meu. Thalyta de começo ficou brava por sair da asa de Ádria e ter que morar comigo mas depois acostumou com os fatos e nosso lugar preferido agora é o quartinho dele. Decorado nas cores claras de azul e alguns detalhes brancos, estava tudo arrumado apenas esperando a chegada do príncipe das gatinhas.

— Oi menino, A Thalyta está no hospital como sempre. Ela quase não sai de lá depois que você viajou.

— Não queria deixa-lá mas quem insistiu foi ela. Vou tomar um banho e ir busca-lá.

— Vai mesmo porque ela foi de táxi.

(...)

   Vi minha menina de braços cruzados e escorada no vidro olhando nosso filho.

— Ei gata, você vem sempre aqui? — perguntei lhe abraçando por trás.

— Diariamente e você? — se virou para mim e vi um pequeno sorriso.

— Eu estava com saudades.

- Nem imagina eu então. — me abraçou forte e senti as lágrimas dela molhar minha camisa — Quando ele vai poder sair daqui Luan?

— Não sei mas espero que logo amor. Eu tô loco pra ensinar ele futebol, música, a chavecar as minas.

— Eu vou te bater. — agora sim vi um sorriso cincero.

   Sentamos nas cadeiras de espera já que ela disse que logo o médico passaria por ali. Dito e feito.

— Olá Thalyta, oi Luan. Tenho boas notícias.

— Pode começar Danilo. — pedi ao médico.

— Então, o filho de vocês já está bem e saudável, mais gordo do que o previsto. Seu leite diário foi muito importante, ele também reagiu bem quando tiramos os aparelhos respiratórios. Isso quer dizer que hoje mesmo se quiserem levar o pequeno Vinicius para casa estão liberados.

— Jura? Luan nós vamos levar nosso menino! — pulou em meus braços feliz, eu a entendia e sofria por três naquele estado, por mim mesmo, pelo meu filho e pela minha mulher, era nostálgico a notícia que enfim poderíamos dar um tempo de hospitais.

— Lembrando que qualquer problema vocês venham imediatamente para cá.

— Pode deixar agora deixa a gente pegar nosso filho. — pedi quase soltando fogos de artifício.

Eu, Você E A Enviada(Concluída)Where stories live. Discover now