Sinto meu corpo ser balançado de leve, mas a preguiça era tamanha que apenas virei de lado e ignorei.— Ei, acorda, seu celular tá tocando. — a voz do Luan invadiu meus tímpanos.
Oh céus, eu dormi aqui. Ádria vai me matar!
— Meu Deus! — peguei o telefone da mão dele. — Alô?
— Thalyta você está bem? — droga, a deixei preucupada.
— Estou sim, me desculpe por não avisar. —passei a mão por entre meus cabelos nervosa.
— Céus, quer me matar do coração? Cheguei hoje cedo e você não estava, apenas o carro na garagem. Onde você está?
— Me desculpe por te dar trabalho assim, eu... eu não estou longe, em cinco minutos estou aí.
—Venha então, estou esperando.
Encerrei a ligação e olhei para Luan.
— Tenho que ir. — sorri de canto.
— Vou te levar até a porta.
Nos levantamos e ele me acompanhou até a porta.
— Toma cuidado. — me assustei pois falando juntos.
— Então... — coçou a nuca.
— Só toma cuidado e não faz nada de errado por favor. — me virei para sair mas o olhei de novo — Eu vou sempre estar aqui quando você precisar. — me distanciei.
Toquei a capainha já que não tinha as chaves.
— Ei menina, você nos assustou. — me deu passagem.
— Disculpas Cida, não era minha intenção.
Entrei e logo encontrei a dona da casa.
— Essas são suas, vê se não perde. — me jogou um maço de chaves — Quero explicações dona Thalyta, aqui não vai ser bagunçado assim. Horário de sair e horário de chegar, se acaso for dormir fora me diga com quem e na onde. Me considere sua mãe postiça.
— Sim senhora e me desculpa mais uma vez eu juro que não queria, eu estava com... com o vizinho da frente que estava triste, acabei conversando com ele e dormimos no telhado da casa.
— Bom, que isso não se repita Thalyta. Mesmo que tenha seus dezoito completo ainda sou sua responsável. Como está tarde, se arrume para o almoço e depois vamos até o apartamento do meu filho e de lá para a escola e você conhecerá tudo.
(...)
Estava no carro da Ádria esperando a boa vontade de seu filho descer.
— Olha ele ali. — apontou para a entrada do hotel e saí do carro assim como ela saiu.
Meu queixo foi ao chão. Olhei para ele de cima em baixo e o mesmo sorriu vendo que eu o admirava, Jesus me abana! Lindo, pele morena clara, corpo escultural, sorriso sedutor e perfeitamente brancos, braço com tatuagem, cabelo castanhos arrepiadinho e...
— Sei que ele é lindo mas pelo menos disfarça. — Ádria me cutucou.
— Aí que vergonha! — nesse momento eu queria me enfiar debaixo da saia longa dela e fingir que nada aconteceu.
— Thatha esse é meu filho Murilo, Murilo essa é nossa nova aluna Thalyta.
— Olá Thatha, posso te chamar assim não é? — ele sorriu mostrando apenas a covinha do lado direito.
— Mas... mas é claro.
— Não, não pode não, ela odeia esse apelido! — Bruna aparece praticamente rosnando.
— Aí meu Deus! — pulei da onde estava para mais perto do... do... qual o nome dele Jesus?
— Gente, vamos?
— Mãe, ela é normal? — sussurrou para ela mais eu ouvi.
— É claro que sou normal! — o soltei —Bem, ao menos tento.
— Claro, você me vê. Isso é super normal, uma médium é a coisa mais normal do mundo.
A ignorei entrando no carro, ali ela não me atormentaria. O caminho foi longo ou ao menos para mim foi.
— Chegamos querida. — ela disse descendo.
Antes que eu abrisse a porta ela abriu sozinha, quer dizer, Murilo abriu para mim.
— Senhorita esquisitinha. — fingiu uma reverência.
— Engraçadinho. — apertei a macia bochecha dele.
— Da pra parar de tocar esse cara, tipo, ficar bem longe dele se possível. —lá estava a fantasma mais chata.
Mostrei língua para ela sem os outros verem.
— Essa é minha escola de artes plásticas Painting a new worlds. — apontou para a faixada em nossa frente.
— Boa tarde senhora, que bom revela novamente. — uma moça séria se aproxima.
— Essa é a Gabriela, minha secretaria e braço direito.
Apenas nos deu um breve aceno e voltou a falar com a chefe.
— Mãe, eu mostro tudo a Thatha, pode ir resolver seus problemas.
— Obrigada meu doce. — beijou o rosto dele e me abraçou — Até daqui a pouco.
— Vamos? — sorriu me dando passagem.
— Eu não era a esquisitinha? — cruzei os baços.
— Digamos que uma esquisita muito gata. — me puxou pela mão.
Passei por todos os lugares daquela escola, era incrível, maravilhoso. Minhas pinturas em muros não chegavam perto daqueles pintadas no quadro mas quem sabe eu chego lá.
— Quero te ver pintar. — me puxou para uma sala que estava praticamente vazia apenas um armário grande e com uma parede toda branca.
— Já até imagino o que vou fazer. — estralei os dedos.
Do armário ele tirou várias latas de tinta spray que fiz um bom uso de todas.
— Espere, você curva muito o braço para fazer os detalhes mais pequenos. — com cuidado se posicionou atrás de mim, apesar que sua técnico seja a mesma coisa que eu curvar o braço ou não eu deixei que ele me "ensinasse" — Quem te ensinou tudo isso?
— Meu namorado e depois aprimorei na aérea.
Devagar ele foi me soltando e voltou apenas olhar a parede.
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Eu, Você E A Enviada(Concluída)
Fanfiction"BRUNA SANTANA IRMÃ DE CANTOR SERTANEJO LUAN SANTANA MORRE APÓS UM GRAVE ACIDENTE DE CARRO. A JOVEM TEVE UMA PARADA CARDÍACA NO HOSPITAL E NÃO RESISTIU."- uma das manchetes de jornal. A notícia que abalou milhares de pessoas mas principalmente sua f...