Os pais de Thalyta sempre vinham aqui uma vez ou outra trazia mais algum membro da família para conhecer nosso pequeno, insistiram em leva-lo mas não deixei, ele é meu filho e como pai eu que tenho de cuidar.Enquanto dava o almoço para ele minha mãe ria com as gracinhas que fazia. Rober adentrou a conzinha respirando com dificuldades e com um sorriso enorme.
— Você não vai acreditar. — sorriu mais ainda.
— Mãe, cuida dele pra mim. — larguei o pano e o prato — Conta logo!
— pedi quando chegamos na sala.— Encontramos a Thalyta, na verdade ela ligou para a gente.
— Mentira Testa? Minha mulher está viva? — balancei seus ombros rindo e ele concordou, abracei o baixinho feliz.
— Vá se arrumar que já pedi para preparar o Jatinho. — me empurrou para subir as escadas.
— Jatinho? Onde ela está?
— Em uma cidade na Cuba, só sei que tem a ver com os pais do Victor. Já pedi mais seguranças aqui na sua casa e policiais vão com a gente para protegê-los.
— Tudo bem, nós voltaremos hoje ainda. Eu...
— Desenrola e vai logo.
Me arrumei rápido e Rober foi dar a Notícia para minha mãe e ligar para meu pai que continuava em Londrina. Ele também ligou para os pais dela que disse que já estavam voltando para São Paulo e minha mãe foi avisar Ádria.
Rober dirigiu rápido até o aeroporto e de lá fomos no biguçu para Cuba. Eria ser as seis horas de viagem mais angustiantes que já tive. Saímos as duas horas da tarde de São Paulo e chegando mais das sete no horário de Brasília, o horário local era diferente.
— De carro são trinta minutos de acordo com o GPS até a casa em que ela está.
— Vamos logo que eu não o tô aguentando mais.
Nos fomos na frente em um carro discreto e os policiais em outro escoltando. Quando chegamos no local saltei do carro e chamei por alguém. Uma mulher loira veio nos atender.
— Minha mulher, ela está lá dentro. — apontei para a casa.
— Entrem. — nos deu passagem e sem cerimônias entrei.
— Thalyta? — chamei por ela.
— Luan... — sua voz veio de trás de mim e me virei.
Lá estava minha menina, minha mulher.
Ela correu para me abraçar e eu a recebi com saudades, logo nós dois estávamos chorando.— Eu te amo... — sussurei beijando seu rosto e parando na boca com um demorado beijo.
— Eu senti tanto sua falta, eu pensei tanto em desistir mas só de pensar em voltar para nossa família de novo...
— Olha para mim... — segurei seu rosto olhando cada detalhe — Nunca mais saia sem segurança, nunca mais saia brigada comigo, nunca mais me abandone assim.
— Vinicius, onde ele está? — olhou atrás de mim.
— Eu não o trouxe, disseram que não era seguro. — a abracei de novo.
— Se não for atrapalhar, eu também senti sua falta menina. — Rober falou se intrometendo.
— Também senti a sua Testa. — me soltou e foi abraçar ele.
— Nunca mais passe esse susto em mim, estou muito velho para correr atrás de vocês dois crianças.
Gargalhamos e ele enchugou as lagrimas dela.
— Vamos embora. — pedi.
— Não, vamos esperar uma pessoa. Tenho muito a agradecer a Laura. — foi até a loira e a abraçou de lado.
— Eu só quis ajudar. — sorriu tímida.
Sentamos no sofá e fomos esperar a tal pessoa que Thalyta iria se despedir. A todo momento a beijava e dizia que a amava em seu ouvido, não estava conseguindo controlar a saudade dentro de mim. Depois de algum tempo outra loira chegou.— Luan essa é a Luana, foi ela que me salvou juntamente com alguns amigos.— nos apresentou.
— Obrigado mesmo, eu tenho uma dívida com você eternamente. — me aproximei e a puxei para um abraço.
— Luan, vai com calma. Ela é sua fã. — Thalyta avisou rindo.
A soltei devagar e a menina continuava sem reação.
— Oiiii, alguém em casa? — passei a mão em frente ao seu rosto chamando a atenção.
— Ai meu Deus. — olhou para todos na sala e depois para mim — É você mesmo? — apertou meu rosto e eu ri.
— Muié você tá me amassando. — continuei rindo e me soltou mas logo seus braços me envolveram em um abraço.
— Eu sou sua fã.
— Tô vendo linda. — ri mais ainda.
— Meu Deus eu sou sua fã. — me apertou mais.
— Filha, larga o moço. — a mãe dela pediu constrangida.
— Não, deixe eles. — Thalyta interferiu rindo boba com a cena.
Depois de muito agradecer as duas e deixar a segurança delas em boas mãos partimos de volta para o Brasil.
Alguns policiais fizeram várias perguntas a ela que respondeu tudo como se estivesse relembrando. Saber o que minha mulher passou me fez sentir incapaz, ela perdeu uma filha ou um filho meu. Não deixei a raiva tomar conta de mim pois ela precisava dos meus cuidados.Enquanto cantava baixinho e fazia cafuné em sua cabeça ela dormiu em meu peito durante a viagem. Ela estava mais sensível do que antes, com medo, se eu a apertasse um pouco mais em meus abraços pedia para min solta-lá, era como se fosse um medo que eu iria machuca-lá ou algo do tipo.
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Eu, Você E A Enviada(Concluída)
Fanfiction"BRUNA SANTANA IRMÃ DE CANTOR SERTANEJO LUAN SANTANA MORRE APÓS UM GRAVE ACIDENTE DE CARRO. A JOVEM TEVE UMA PARADA CARDÍACA NO HOSPITAL E NÃO RESISTIU."- uma das manchetes de jornal. A notícia que abalou milhares de pessoas mas principalmente sua f...