Capítulo 5

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Os dias praticamente correrão, não havia como voltar atrás. Já tinha decidido ir mesmo com uma pequena discussão com Victor. Não iria de ônibus e muito menos de avião. Eu vou no meu carro, minha linda Bugatti Veyron modificada, foi um presente dos meninos e é claro, eu não recusei. Eles são ricos e filhinhos de papai, vivem gastando dinheiro com merdas qualquer.
Coloquei o endereço que Ádria me deu no GPS e liguei o som, é incrível esse gosto de liberdade e estava melhor sem Bruna do meu lado. Espere, onde está essa louca? Abaxei o volume e chamei por ela mas nada. Ela não vai aparecer nesse carro, pode ser um medo ou coisa qualquer.
Foi cansativo mas cheguei. Pedi que chamassem pela Ádria para dar permição que eu entrasse e assim o porteiro fez. Passagem liberada, agora é achar a casa.
Olhei para os lados caçando a casa e achei. Não pelo endereço no papel, mas com Bruna em frente dela.

- Você me deu sossego, pensei que iria comigo no carro.

- Eu não entro em carros mais. - disse de cabeça baixa - Antes de entrar deixa eu te mostrar uma coisa.

Ela caminhou até a casa da frente e me fez olhar pela Janela.

- É ele?

- Sim. - respondeu.

- Está pior desde a última vez que o vi. - comentei sem pensar.

- Faz alguma coisa por favor. - caiu ajoelhada.

- Eu vou fazer, não sei como mas vou. - tentei encosta-lá mas minha mão passou por entre seu corpo.

- Agora vamos para sua casa. - se levantou.

- Então quer dizer que moro em frente a casa do Luan?

- É o que parece. - deu de ombros - Isso facilitará muita coisa.

Toquei a campainha e logo Ádria apareceu.

- Já estava bisbilhotando a casa alheia Thalyta? - sorriu de canto com um certo sarcasmo na voz.

- É... eu...

- Venha, vou te mostrar seu quarto. - disse enquanto me puxava para a parte de cima da casa - É aqui. - abriu e fiquei maravilhada.

- Poxa, que quarto em. - girei olhando cada detalhe.

- Tem um ateliê na parte de baixo pode usufruir dele como quiser. Pinta em telas também?

- Não, só muro. - voltei a atenção à ela.

- Pois na minha escola você vai aprender. Há, parabéns, fiquei sabendo que se formou em pedagogia.

- Foi sim. - sorri largo.

- Agora você vai tomar um banho e depois descer para comermos alguma coisa, me dê a chaves do seu carro. - arquei a sobrancelha.

- Ninguém encosta no meu carro.

- Calma, é só para o segurança pegar as malas.

Dei a chave para ela com desconfiança e assim ela saiu. Voltei a olhar meu quarto e caminhei até o banheiro.

- Mano, eu tenho uma banheira! -
dei pulos de alegria.

- Que alegria. - ela já estava de braços cruzados no batente da porta.

- Pelo amor né?! Pode sair senhorita?

- Será que podemos começar a nossa missão hoje senhorita? - falou com deboche.

- Acho que sim.

Tomei meu banho bem relaxante que quase dormi dentro da banheira, mas, acordei para a vida. No quarto já tinha uma mulher guardando minhas coisas.

- Oi. - olhei para ela sorrindo que me devolveu da mesma forma.

- Olá menina, eu sou a Cida. Quer que eu separe suas roupas?

- É, pode. - dei de ombros.

Ela olhou para as peças já penduradas e para as que ainda sobraram na mala. Acho que não encontrou o que esperava pois só tinha calças rasgadas, tops, regatas e shorts.

- Aqui. - me entregou um vestido da Adidas junto com um tênis da mesma marca branco com dourado.

- Você achou? Eu não gosto muito de vestidos mas vou usar. - caminhei até a mala e tirei do bolso menor um conjunto de langerie - Obrigada Cida. - beijei a buchecha e corri para o banheiro.

Terminei de me arrumar e desci.

- Tá tão fofinha. - Ádria falou afinando a voz.

- Nem inventa.

- Vamos comer agora e depois eu vou para a casa do meu filho, acho que vou passar a noite por lá mesmo não se preucupe.

(...)

Lá estava eu sem fazer nada apenas andando pela casa.

- Oi. - minha querida fantasminha aparece.

- E aí? - sua aparições já não me assustavam muito.

- Vamos até lá?

- Ir lá tipo, tocar a campainha? -
ela assentiu - E eu vou dizer o que? "Poderia me emprestar uma xícara de açúcar? " que idiota!

- Nas casas faltam açúcar uai.

- Tá brincando né?

Me arrastando fui até a casa da frente rodando a xícara de plástico no dedo.

- Enfia o dedo nessa campainha logo! - se além de mim outra pessoa a escutasse morreria de vergonha.

- Da para calar a boca? Tô nervosa porra.

Apertei duas vezes e em minutos escutei o barulho da chave rodando.

- Hum... É... Oi! - falou sem jeito, ele estava confuso com certeza.

E eu? Eu estou com as pernas bambas e a boca seca , ele está ali na minha frente cara!

- Fala alguma coisa. - Bruna atormentava.

- Você poderia me emprestar uma xícara de açúcar? - levantei o recipiente em minhas mãos.

- Claro, venha. - ele caminhou para dentro e eu fui atrás.

- Bruna, até minha Rafaelita sumiu, ele está tão magro. - sussurei.

- Presta atenção demente!

Luan olhou para trás com uma das sobrancelhas arqueada.

- Está morando aqui agora? - pegou um pote no armário.

- Sim, aqui na casa da frente.

- Fala alguma coisa útil para ele não pensar que você é doida.

- Acho que te conheço de algum lugar.

- Essa é a sua frase útil? - bateu com a mão na testa.

- Não, você não me conhece. - pegou minha xícara e encheu de açúcar e depois me entregou - Agora se me der licença, tenho que sair.

Eu, Você E A Enviada(Concluída)Where stories live. Discover now