Capítulo 51

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"ESSA OBRA PODE-SE ENCONTRAR ERROS E TALVEZ FRASES SEM SENTIDO. ESTOU REPOSTANDO IGUAL FOI ESCRITA HÁ ANOS ATRÁS E SEM REVISÃO! ENTÃO NÃO RECLAMEM COM OS ERROS PRESENTES!"

OS NOMES ENTÃO SEM REVISÃO!


Elise ...

Respirando fundo eu olho para o velho portão enferrujado da cor cinza todo fechado, não é como em Nova York que as casas tem apenas um cercado baixo, infelizmente nesse bairro, por mais perto que seja da praia, necessita de um muro alto. Olho em volta e tudo está do mesmo jeito, anos se passaram e ainda tudo parece igual, até a árvore duas casas depois da tia Marta é a mesma, o cachorro que não parava de latir na casa da frente também parece ser o mesmo, mas, será que um cachorro vive tanto anos e com a mesma energia para latir tanto? Acho que não, provavelmente é outro que foi treinado para latir irritantemente como o antigo.

  Bato três vezes no portão e espero que tia Marta esteja morando aqui ainda. Depois que entrei no avião, chorei tanto que a pessoa ao meu lado achou que estava passando mal e chamou a aeromoça para me socorrer, no fim ela me arrumou um remédio pra dormir e dormir o vôo inteiro. Tia Marta mora em Vitória, fica em Espírito Santo e acho que vou passar boas horas na praia, o cheiro do mar é um calmante para qualquer pessoa.

  Não tenho roupa alguma, estou apenas com a do corpo e meus documentos. Joy comprou a passagem para mim, o bom é que já tenho dinheiro na minha conta e vou poder comprar algumas roupas para ficar por uns dias. O portão é aberto e meu peito enche de lembranças, das brincadeiras, comidas, passeios, e abraços com amor.

- Elise? -- Tia Marta diz surpresa, seus olhos castanhos e cabelos já grisalhos me trás tantas lembranças da mamãe, as duas são tão parecidas.

- Oi Titia...

Meus olhos embaçam e a abraço permitindo chorar no seu ombro, ela me envolve em seus braços e me aperta forte, senti tanta saudade desse abraço, do seu carinho. Depois que mamãe morreu deixei a única pessoa da família ainda viva, Tia Marta, irmã da mamãe. Sofria tanto com o estado da mamãe que deixei de dar atenção para qualquer pessoa. Fui egoísta e foquei apenas na minha dor.

- Venha pra dentro minha filha, e me diga o que te trouxe aqui!

Ela me ajuda a entrar e não deixo de reparar que continua com a mesma mobília, o sofá velho na cor marrom, o raque antigo que antes sustentava uma TV velha, agora tem uma grande de plasma, vários quadros com fotos na parede, umas da mamãe, outras minhas e da titia e seus filhos. Abandonei a única família da mamãe, e fingi que não tinha ninguém mais.

- Tome essa água querida, e me conte, o que aconteceu?

Pego o copo com as mãos trêmulas e bebo um longo gole, deixo o copo por cima do meu colo e respiro fundo antes de começar a contar o motivo de te-la procurado.

- As coisas onde moro não andam nada bem...

- Fiquei sabendo mesmo que estava morando fora, você não mantinha contato mais conosco. -- seu rosto demonstra a tristeza, e meu peito aperta ao saber o motivo.

- Não foi fácil, tive que ...

- Não a culpo querida. -- titia pega minhas mãos e aperta forte, me dá um sorriso confortante. - Jaqueline me contou o que houve com você minha filha, juro que quando fiquei sabendo peguei um avião e fui pra lá, mas você não morava mais na casa do Jorge.

- Deve ter sido quando terminei meu namoro... Fui morar com a Joyce...

- Jaqueline me contou querida a história, o vídeo, o que seu ex fez. Sinto tanto filha por isso... -- ela acaricia meu rosto e a abraço.

Uma Babá Inexperiente - Indisponível em SetembroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora