Capítulo 7

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"ESSA OBRA PODE-SE ENCONTRAR ERROS E TALVEZ FRASES SEM SENTIDO. ESTOU REPOSTANDO IGUAL FOI ESCRITA HÁ ANOS ATRÁS E SEM REVISÃO! ENTÃO NÃO RECLAMEM COM OS ERROS PRESENTES!"

CAPÍTULO 7 

Ainda abismada com as palavras do Luke, nem percebo quando o Thomas aparece esfregando os olhos e bocejando, com seu pijama de super-homem e cabelos bagunçados. Diferente do senhor Palmert e Luke, seus cabelos são loiros, mas seus olhos são azuis, provavelmente é algo herdado do senhor Palmert.

– Bom dia, Dadá! — sua voz suave e meiga me desperta e me traz de volta para terra, Mary ao vê-lo abre um enorme sorriso e se abaixa o beijando no rosto.

– Bom dia, meu príncipe!

– Dadá, quem é ela? — ele olha para mim e me assusto ao perceber que os dois me encaram, acorda Elise e para de viajar, você é a babá tem que se manter alerta com eles e não ir para marte sempre.

– Olá, Thomas, eu sou a Elise...

– Você é a namorada do papai? — sua pergunta me paralisa e percebo um brilho em seus olhos que logo se apagam ao ouvir minha resposta.

Mas as palavras do pentelho Luke ficaram na minha cabeça, "Mas não é tão nova assim para o meu pai te paquerar, Babá!" balanço a cabeça afastando os pensamentos, nem em sonho posso tentar imaginar algo.

Ele não é casado? Se o pequeno acha que sou namorada então ele é solteiro. Porra, um homão daqueles e solto pelo mundo? Que pecado.

– Não... Sou a nova babá!

– Ata, papai nunca trouxe babá bonita aqui...

– Deve ser porquê papai não consegue arrumar nenhuma que dê conta de cuidar de vocês, pirralho! — Luke aparece irritando o seu irmão mais novo bagunçando os seus cabelinhos loiros e então uma pequena discussão começa entre os dois sobre as babás.

– Não sou pirralho, Luke. E as outras não conseguiram porquê não sabe nos entender.

– Sei, a última se demitiu por sua culpa e você sabe!

– Eu não fiz nada... — Thomas cruza os braços e faz um biquinho lindo, dá até vontade de apertar essas bochechas vermelhinhas.

– Claro, como se uma senhora de idade, pegasse alergia com um pó de mico! — arregalei os olhos não acreditando, são umas pestes sem dúvidas, pó de mico?

– Ela que fuçou a minha mochila, seu idiota!

– Conta outra, pirralho, você roubou do meu quarto e jogou nela por não gostar daquela velhinha! — Nossa senhora das crianças atentadas, como vou cuidar de algo assim?

– Já disse que não sou pirralho, Luke mané, cala a boca que você é outro que não gostava dela, aliás não gosta de nenhum seu imbecil...

– Ei, ei, vamos parar com essa discussão sobre a última babá ou não! E juro que se jogarem pó de mico em mim, enfio esse pó na bunda de vocês dois! — digo e vejo que ambos se assustam comigo, bufo indignada, como se eu fosse aceitar receber pó de mico. — Agora Luke vá até o seu quarto e trocar de roupa, ficar de pijama até tarde é coisa de gente preguiçosa.

– Você não manda em mim. — ele me encara furioso, o encaro de volta não demonstrando medo algum do seu atrevimento, ele pode ser quase do meu tamanho, mas não vou me intimidar com um pentelho desse.

– Sou a babá! Então sim, posso mandar temporariamente até o seu pai voltar! — vejo-o bufar e sumir porta a fora, espero que tenha ido trocar a roupa, fico olhando a porta já vazia por onde o Luke passou que nem furacão e me viro para o garoto ao meu lado que encara o mesmo que eu e decido que pelo menos devo me portar como uma babá eficiente. — E você mocinho vamos tomar o seu café, pois até a hora do almoço terá de estar com fome de novo.

– Mas não tô com fome!

– Então vai comer mesmo assim campeão, olha só como está magrinho, como vai jogar futebol magrelo assim?! — pego no seu braço e faço uma careta pra ele que ri de mim.

– Posso fazer natação! — ele me olha se divertindo.

– Ha, ha, sabia que para ser nadador tem que comer bem? Como acha que eles ficam fortes e nadam rápidos?

– Treinando? — ele pergunta o obvio quando pega a sua torrada que Mary acaba de colocar para ele, ela olha para mim e sorri, não entendo, mas não falo nada depois pergunto a ela.

– Sim também! Mas eles comem bastante para se manter forte e saudável, assim eles podem ter bastante energia para nadar e nadar...

– Papai não quer me deixar nadar... — ele faz beicinho e me olha tristonho, meu coração aperta ao ver sua carinha assim.

– E por que não deixa? — pergunto interessada na sua reclamação.

– Papai disse que sou muito pequeno para nadar. E que minhas pernas são curtas demais para vencer alguém! — ele para de comer e fica triste. Como um pai fala umas atrocidades dessas para um garotinho de apenas sete anos?

Esse Dante deve ser bem rigoroso com os seus filhos para falar assim com seu filho, mas não vou deixar que palavras de um ogro desses machuque um garotinho bonito assim.

– Quer saber de uma coisa? — pergunto e ele me olha concordando, chego no seu ouvido e faço uma concha com mão sussurrando — Seu pai não sabe de nada, suas pernas são do tamanho certo para ser um grande nadador. E quando você vencer na sua primeira competição, vou estar lá gritando que Thomas Palmert é o melhor! — ele abre um grande sorriso e me abraça me surpreendendo, devolvo o abraço um pouco sem jeito.

– Obrigado, Lise...

– Lise? — pergunto surpresa pelo apelido.

– Sim... — ele concorda e vejo ele terminar de devorar a sua comida servida.

Não sei mais algo me diz que eles só são custosos assim pois querem a atenção do pai. E Thomas não me parece ser um garoto que faz traquinagens, só é um garotinho solitário sem apoio do seu pai. Mas mesmo assim não posso deixar de manter os olhos bem abertos com essas crianças, parecem ser bem enganosas, posso mal ter conhecido elas, mas sei como é enganar uma babá e traquinar com uma, pois eu amava acabar com uma. Papai nunca ficava em casa e mamãe também nem tanto e tinha que ficar com babá, meu hobby favorito era acabar com uma babá, e por isso tenho que ficar atenta, sei conhecer de longe uma que é anti-babá.

Mas ainda sim falta mais uma pequena a se conhecer, vejamos como vai ser, e pelo que vejo não vai demorar muito pois a pequena já se encontra na minha frente me olhando com seus lindos olhos confusos...  

Uma Babá Inexperiente - Indisponível em SetembroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora