Capítulo 6

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"ESSA OBRA PODE-SE ENCONTRAR ERROS E TALVEZ FRASES SEM SENTIDO. ESTOU REPOSTANDO IGUAL FOI ESCRITA HÁ ANOS ATRÁS E SEM REVISÃO! ENTÃO NÃO RECLAMEM COM OS ERROS PRESENTES!"

CAPÍTULO 6

Saio do quarto e vou explorar um pouco a casa, encontro a cozinha e ouço umas vozes nela, entro devagar e todos se calam me olhando confusos. Vejo o Albert que esboça um sorriso reconfortante para mim e por impulso retribuo ainda nervosa, acho que é pelo fato de ter duas mulheres e mais um homem me encarando de forma desconfiada. Albert percebendo o meu embaraço se levanta me apresentando.

– Pessoal, essa é a Elise a... nova babá — Quando ouvem babá, todos ficam surpresos e me olham pasmo como se eu tivesse criado outra cabeça.

Que isso, essas crianças são tão maquiavélicas assim?

– Oi, sou Elise e estarei trabalhando com vocês a partir de hoje.

– Ah, oi querida sou Mary, a governanta da casa. — Uma senhora com os cabelos já grisalhos vem ao meu alcance e me dá um abraço me confortando — Seja bem-vinda a mansão Palmert, minha filha! — lanço um sorriso sincero e me cativei de cara com ela. Mesmo com os cabelos já quase todo branco ela é muito bonita. Seus olhos são da castanhos claros e sua pele é bem clarinha, usa óculos que no momento está por cima de sua cabeça.

– Prazer jovem, sou Carlos, o cozinheiro! — Um homem careca nem tão barrigudo vem até mim limpando suas mãos no pano de prato, aperta minha mão gentilmente e me oferece um sorriso que retribuo amando o seu jeito gentil, olho para o lado e uma moça me encara com desdém, "com essa eu terei problema" meu subconsciente grita para mim, e bom, devo concordar com isso.

– Prazer senhor Carlos, uma honra conhecer você, o mesmo Mary! — digo olhando de Carlos para Mary que mantem os sorrisos nos rostos. Mas faço questão de insinuar apenas para os dois e excluo a moça sem remorso algum.

– Hum, então essa será a nova cobaia das crianças? — Olho para o lado da mulher e fecho a cara a encarando, ela é loira de olhos verdes, magrinha e um pouco mais alta que eu, se não tivesse me enjoado dessa aí provavelmente diria que ela é bonita, mas como eu não fui com a fuça dela, eu a acho feia.

Mentira, por mais que eu não goste dela, essa bruaca é bonita demais, oh, mãezinha infelizmente eu não posso mentir!

– Não dou uma semana e essa aí, vai se demitir! — Solta uma gargalhada sem graça e pega uma maça no cesto que estava na mesa indo embora não antes de me dirigir um olhar zombeteiro. Pamonha!

– Não liga para ela querida, ela é a Cristine cuida da limpeza da casa! — Mary me informa assim que ela sai, não sei não, mas estou sentindo que terei trabalho com essa aí. Cristine, por que todas as Cristine que conheço não prestam? No Brasil conheço uma Cristine e a mulher não vale nada. Ranço supremo.

Fico conversando com todos conhecendo um pouco mais de cada um e fico feliz em saber que me sinto confortável aqui, claro tirando a Cristine que por sorte a minha não apareceu mais. Não sou de levar desaforo para casa e se essa pessoazinha mexer comigo me irritando, vou dar na cara dela.

Senhor Carlos é um homem engraçado, sempre com uma piadinha e não deixa o clima ruim com nada, Mary mostra ser uma mulher amável e sei que poderei contar com ela para qualquer coisa. A conversa é agradável até um jovem garoto aparecer todo amarrotado com cara de sono, ele é bem grande para uma criança de dez anos "nossa Deus, essas crianças hoje em dia só sabem nascer cada vez mais lindas.", ele cumprimenta todos e quando me vê parece que acorda de vez, pois seus olhos abrem ainda mais!

– Eu te conheço, senhorita? — Vejo uma semelhança entre ele e Senhor Palmert, olhos azuis, cabelos castanho-escuro, nariz empinado, balanço a cabeça negando e abro um sorriso para o garoto, cara de um e focinho do outro.

– Olá, eu sou Elise, a nova babá! — ele me olha surpreso e depois me avalia de cima a baixo, fico um pouco constrangida com isso. Nada contra, mas o garoto me secou na lata.

– Meu pai te contratou? — ele arqueia uma sobrancelha e cruza os braços, parece que o seu sono foi embora. Sua postura é rígida e mostra confiança em suas palavras e atitude, se o garoto se fosse cinco anos mais velho até que me intimidaria um pouco.

– Sim, me contratou ...

– Não se acha nova demais para ser babá não? — ele me interrompe e acho que ele pensa que sou menor de idade só pode. Franzo a testa e o encaro.

– Bom, quantos anos você acha que eu possa ter? — pergunto me levantando e cruzando os braços como ele e arqueando uma sobrancelha, vejo um misto de diversão no seu olhar, ele torna a me avaliar e eu lanço um olhar desafiador para ele.

– Não mais que vinte, senhorita, muito jovem! Não acho que seja apropriada para ser minha babá, eu poderia te pegar! — solto uma longa gargalhada das suas palavras e volto a me sentar para me recompor, olho ao redor e vejo que todos escondem a diversão. Que garoto mais pra frente, me pegar, nem saiu das fraudas ainda, logico que não disse isso em voz alta, começo a rir outra vez, esse garoto vai ser confusão, tenho certeza. — Qual é a graça? Não sou de brincar com minhas palavras, senhorita.

– Bom querido, se eu tivesse vinte anos eu pensaria no assunto se deixava ou não você me pegar! — Vejo que ele ficou surpreso e torno a encara-lo mais desafiador — Mas, fico feliz em ter aparência de nova, pelo menos não envelheço rápido. — solto uma risada e fico encarando a cara de confuso do garoto.

– E quantos anos você tem então? — ele pergunta e cadê a formalidade agora?

– Tenho vinte e cinco meu bem, sou muito velha para você e não acho que seu pai iria gostar de saber que o filho mais velho anda paquerando a sua nova babá! — ele acha engraçado pois dá para perceber, mas não fala nada, então ele abre um sorriso sacana e fala o maior absurdo.

– Mas não é tão nova assim para o meu pai te paquerar, Babá! — fico surpresa com o que ele disse e vejo que todos calam surpresos também.

O garoto sai caminhando tranquilamente e vai para a sala de jantar tomar o seu café, continuo paralisada no meu lugar tentando assimilar as palavras do garoto, paquerada pelo pai? Mas ele não é casado? Um grande absurdo Elise, bom acho que terei de colocar na minha lista.

1 - Ficar de olho no mais velho, ele arquiteta as traquinagens para os seus irmãos mais novos fazerem sem ele levar a culpa, Luke é o mais perigoso de toda a gangue!

Garoto você está ferrado em minhas mãos, sorrio com esse pensamento e encaro os outros que me olham pasmos, dou de ombros e não me importo. A tática desse garoto é me constranger e isso não vai conseguir, se ele quer brincar, então eu irei brincar... 

Uma Babá Inexperiente - Indisponível em SetembroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora