- As meninas primeiro – A diretora falou indo para a saída da quadra.

- Eu vou ser a última menina porque ainda estou me decidindo – Ritinha falou e Filipe deixou o riso escapar – Mentira, eu gosto da mesma coisa que Edu e o Lipe gostam, mas detesto essa separação entre machos e fêmeas.

- Me diz, porque ela é tão louca? – Perguntei a Filipe que apenas riu.

Depois que entregamos nossas autorizações subimos no ônibus, segurei a mão de Filipe por poucos instantes, ele olhou para trás, encontrou meu sorriso e logo depois sorriu lindamente. Estava ficando cada vez mais difícil me controlar perto dele, que vontade de lhe beijar. Logo passou quando encontrei Ritinha no meio do ônibus balançando os braços.

- O que foi louca? – Filipe perguntou a garota que estava toda sorridente.

- Não me chama de louca que eu te jogo pela janela e ainda danço em cima do seu tumulo – Rimos – Não ta pensando que eu vou gastar minhas lágrimas pra quando você morrer não né? Tenho que guardar meu choro pras atuações fofas que eu farei para conquistar o boy – Ela falou.

- Tudo bem garota, mas diz, o que você quer? – Indaguei.

- Guardei o lugar de vocês, vou sentar aqui com o Caio e vocês dois fiquem atrás – Ela disse sentando no lugar dela.

- Obrigado Ritinha – Agradeci – Pegou um lugar pra Gabi?

- Migo, cala a boquinha que você fica mais lindo – Ela disse e entendi aquilo como um não. Sinceramente não entendia a implicância com Gabriela, a menina era tão legal e divertida.

Eu queria sentar no canto, mas Filipe acabou ganhando sem muita insistência, ele conseguia tudo de todo mundo, fiquei com meu casaco sobre meu colo e o dele, de forma que pudéssemos dar as mãos. Ele estava tão lindo olhando a paisagem que até peguei o celular e tirei algumas fotos.

Eu e Filipe estávamos nos olhando enquanto brincávamos com nossos dedos debaixo do casaco, parecia que o mundo ao redor havia congelado, eu só ouvia o doce som que seus olhos barulhentos projetavam em minha mente, olhar para ele era como ver um mar revoltado e intenso preso dentro de um pote de vidro.

- Que susto – Falei quando Ritinha virou para trás ficando apoiada no banco – Quer me matar?

- Estavam aprontando né safados? – Ela provocou.

- Faz mais isso não amiga, quase morremos – Filipe falou sorrindo.

- Não vão levar susto quando contarem que estão juntos! Estou vendo o esforço de vocês em disfarçar, mas quanto mais o tempo passar mais difícil vai ser pra esconder – Ela disse nos olhando – Agora chega de reflexão, vou aproveitar que o sinal está bom e vou ver se cato um boy aqui no aplicativo do celular – Falou sentando corretamente.

- Acho que ela tem razão – Falei enquanto pensava sobre o assunto.

- Também acho, mas temos que ver como faremos isso né, ainda não da pra gritar pela escola que estamos juntos – Ele falou num tom baixo e logo concordei num gesto com a cabeça – Mas enquanto esse dia não chega.

Filipe levou a mão até minha cueca e apalpou meu membro, girei a cabeça e olhei para o lado, havia duas meninas, as góticas da sala, poderíamos transar naquele banco que elas não perceberiam nada, pois ficariam olhando para a tela de seus telefones e ouvindo música.

- Tarado – Eu disse com os dentes cerrados – Ta louco?

- Estou sim, mas não posso dizer o que eu quero fazer, seria obsceno demais, você ia se excitar imensamente e explodiria em minhas mãos, seria difícil disfarçar – Ele disse dando uma ultima apertada em meu pênis que já estava bem duro.

DE AMIGO PARA NAMORADO - DescobertasOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz