Capítulo 40: Mudanças

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O suor gelado goteja nas minhas costas, nunca dancei tanto na minha vida, me sinto enjoada por conta dos efeitos de luzes, minha cabeça gira e todo meu corpo doe

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O suor gelado goteja nas minhas costas, nunca dancei tanto na minha vida, me sinto enjoada por conta dos efeitos de luzes, minha cabeça gira e todo meu corpo doe. Lurdes dança loucamente agarrada no Lipe e oscilando entre ele e Armando. Eu também parei um pouco no peitoral de Lipe e até no de Armando, estou me sentindo uma piranha. Mas não me importo, me sinto livre e capaz de fazer qualquer coisa. Desde que Caio continue nos censurando com sua cara de idiota.

"Você é bem gostosa." Lipe comenta no meu ouvido e eu rio sem saber exatamente o motivo.

"Você e a Lurdinha não voltaram?" Grito para que minha voz seja ouvida. Sinto sua mão firme apertando minhas costas, transportando arrepios pela minha coluna. Sério meu, nunca mais vou beber desse jeito.

"Não exatamente. Estamos mantendo um relacionamento aberto." Fico pensativa por um segundo, por mais alcoolizada que esteja jamais toparia ficar com um garoto que já foi namorado da minha amiga. "Poderíamos brincar um pouquinho os três." Ele sugere na maior audácia.

"Lipe numa boa. Essas coisas não me interessam." Falo educadamente. Por que diabos estou dando ouvido para a conversa desse idiota?

"Você é quem sabe." Ele responde decepcionado. "Agora entendo porque Caio tem tanto ciúme de você. É o maior tesão." Bosquejo uma careta. Caio pouco se importa com o que eu faço. "Por falar nele..."

Sinto meu coração se agitar quando ele me puxa brutalmente para uma dança, algo como uma mistura de pop com dance está tocando, sei lá, estou incapaz de racionalizar algo no momento. Lipe se afasta e logo vejo uma garota se esfregando nele.

"É melhor eu te levar para casa." Sussurra no meu ouvido, só pelo tom sei que está com raiva.

"É melhor você cuidar da sua vida." Rebato me recusando a mover meu corpo junto ao dele na dança. Isso o irrita mais ainda.

"Você sabe o que todo mundo comenta da sua amiga." Critica no pé do meu ouvido. "Ficará mal falada como ela. Você não acha que está levando essa sua malcriação longe demais? Pode acabar com a porra do teatro. Depois o doente sou eu." Resmunga.

"Caio vaza daqui." Digo o empurrando com força, mas ele não se move um centímetro, tenho certeza que minha coordenação motora está comprometida. "Você acabou de falar que me odeia, e não tem porque se importar comigo, nem precisa ficar bancando o amiguinho." Jogo na cara dele com toda aspereza que consigo.

"Amigo?" Pronuncia palavra como se fosse um palavrão. "Acha que quero ser seu amigo?"

"Não acho nada." Respondo de mau humor, ele já está acabando com minha diversão.

"Eu não quis falar aquilo lá fora." E lá vem ele de novo com essa maldita frase. "É porque você me irrita demais, sério, faz eu perder a cabeça." Ri um pouco e pousa a mão na minha cintura, quero afastá-la mais minha mão não obedece. Melhor fingir que não percebi que ele fez isso. "Eu falo coisas que não sinto quando sou pressionado, na verdade é como um escudo, geralmente quanto mais rude são minhas palavras, meu empenho, mais forte é o que essa pessoa gera em mim, seja ódio ou amor."

Namoro de Mentirinha [COMPLETO]Where stories live. Discover now