Ela aperta meu pau, o que dói, mas é uma dor gostosa. — Responda, baby. — Ordena. 


— Também! — Rosno. — Invadi sua casa porque queria de alguma forma me sentir próxima a você. — Ela me olha confusa, seus movimentos em meu membro ficando em uma velocidade média, e fecho os olhos, mordendo meu lábio inferior e desfrutando das mãos daquela maravilhosa mulher.


— Por que você queria ficar próxima de mim? — Pergunta. Abro meus olhos, fitando suas bilhas castanhas. Meu orgasmo chega e gozo em sua mão. Meus olhos não param de encarar ela. Castanho no verde. Verde no castanho.


— Porque eu era, e sou, completamente apaixonada por você.


Finalmente, finalmente, eu disse. Disse algo que sinto há mais de 3 anos, e que se intensificou agora. Camila está parada, ainda ajoelhada, olhando em meus olhos, sua boca levemente aberta, surpresa. Ela tira suas mãos de mim e se levanta, indo até a pia e lavando sua mão. Continuo sentada na beira da banheira. Eu sou muito burra, agora que eu fodi tudo.


— Eu... — Ela tenta falar. — Eu vou tomar banho no banheiro de hóspedes. Vou sair com meus pais e ... eu te vejo depois. — E sai, me deixando sozinha e morrendo de vontade de me afogar na banheira por ter a deixado ir assim.


Tomo um rápido banho, e quando estou saindo, não vejo Camila. Ela parece querer se manter longe de mim, o que me magoa, e faz as palavras de Normani dançarem na minha cabeça. Será mesmo que Camila não gosta de ninguém, que não tenha nem um pingo de sentimento por mim? Só consigo manter meu pensamento nela, mal prestando atenção no trânsito. Não demoro muito pra chegar até onde quero, e tento ignorar o nó em minha garganta. Eram mais de 10 da manhã e a Academia Premium já estava cheia. Várias pessoas me encaram, acho que devido a eu estar de jeans. Ela estava parada perto de uma bancada, olhando papéis que estavam em cima da mesma. Ela tinha seus cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, usando uma camiseta amarela justa e calça legging preta, deixando seu corpo definido.


— E aí, gata?! — Dou um tapa em sua bunda, e Dinah dá um salto, assustada. Assim que me vê, dá um sorriso irônico.


— Olha se não é Lauren Jauregui Deixa Os Amigos Sozinhos Pra Transar! O que tá fazendo aqui? 


Minhas bochechas coram com sua fala e a loira ri. Dinah era tão discreta...


— Não posso mais te ver? — Ela ergue as sobrancelhas, pegando as fichas e andando. 


— Se quisesse me ver mesmo, teria ficado em casa ontem a noite e não saído. Você tem sorte que gosto de Normani.


Dinah guarda as fichas em uma pasta. — Eu realmente vim te ver, Lion. Agora que o filme acabou, eu estou sem nada pra fazer. Queria passar um tempo com uma das minhas amigas. Posso? — Faço uma carinha de cachorrinho e Dinah bufa, me dando um tapa no braço, logo me abraçando. Dinah era cheirosa, muito cheirosa.


— Oww... tudo bem. Desde que você começou a transar não te vejo direito. Não te culpo, isso que dá conhecer os prazeres de uma boceta. — Gargalho. 


Dinah e eu nos sentamos em uma das mesas próximas a um quiosque dentro da academia. Peço uma vitamina de morango com amora e Dinah suco de laranja.


— Como anda as coisas aqui? — Questiono e ela revira os olhos, passando a mãos nos cabelos loiros.


— Vão bem. O movimento aumentou. Nada de mais.


— Hum. — Beberico meu suco, e por um segundo, achei ter visto Camila, mas era só uma garota da academia. Eu estava ficando louca.


— Você vai pro Kentucky quando?


DJ me tira do devaneio. — Daqui a 3 dias.


— Vai levar a morena?


— Sei lá. Não quero pressionar ela agora. Eu... sei lá. — invento, baixando o olhar, mas minha hesitação em falar deixa Dinah curiosa.


— Tá tudo bem com vocês, Lion?


— Está. Tá tudo bem. — Sugo o resto do suco, fazendo aquele barulho irritante.


— Não vacile com ela, Jauregui. Não faça como fez com a Alex. — Dinah aponta seu dedo longo pra mim, e penso como que Ally aguenta aquela coisa grande nela. O pensamento me faz rir.


— Ok, giganta. — Começo a rir igual uma retardada, e Dinah joga um guardanapo em mim. Logo começamos uma guerra de guardanapos, agindo como idiotas.


(...)


Eu estava jogada no sofá da minha casa, com a cabeça encostada em Dinah, vendo Gothan e comendo. Ally não havia chegado ainda e eu passei o dia com Dinah, o que me rendeu muitas risadas. Fiz tudo isso para poder manter meu pensamento longe de Camila, que em nenhum momento me ligou, o que me frustrou bastante. Talvez amanhã ela batesse na minha porta, com um advogado, dizendo que o contrato estava acabado. Mesmo que ela não correspondesse meus sentimentos, eu não queria que ela me deixasse. Talvez meu subconsciente tivesse esperanças de que eu podia fazê-la me amar. A campainha toca e me levanto para atender. Dinah se mantém jogada no sofá, com o dedo na boca, focada na TV. Nego com a cabeça e vou até a porta, a abrindo.


Abro a boca surpresa.


Normani. Ela estava parada na porta, vestida de jeans e uma blusa de botões, com um tímido sorriso e uma bolsa na mão.


— Oi, olhos verdes. Nós podemos conversar?



Hands To Myself | InterssexualWhere stories live. Discover now