Capítulo setenta e três

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-o que vocês acham da gente ir embora? -Nicki perguntou assim que Vinny e eu voltamos para a mesa. -já está chato, não ganhei a coroa mesmo.
-vamos beber! -eu gritei.
-beber? Aonde? -Lucas pulou da cadeira aonde cochilava.
Nós entramos nos carros e fomos para o Pub, como de costume. Em menos de 15 minutos chegamos lá.
-hoje eu tô afim de beber todas! - Lucas jogou-se na cadeira e afrouxou a gravata.
-e quando que tu não quer beber todas? -Nicki revirou os olhos.
-eu quero todas e mais um pouco! -eu ri. -quero tequila!
-eai, Summer! -Nicki falou com a garçonete ruiva e tatuada que sempre nos atendia. -quero tequila pra gente e uma cerveja pro Vinny.
-certo! -ela sorriu. -mas parece que já tem alguém trêbado por aqui, não é? -Summer olhou para Lucas e riu.
-ei, eu não estou trêbado -Lucas se defendeu. -estou só bêbado.
-como de costume. -eu ri.
-exato. -ele sorriu. -e daqui vocês dois vão pra onde?
-a gente? -Vinny gaguejou. -eu vou pra minha casa e Bea pra dela . E vocês?
-eu e a Nicki? -Lucas perguntou.
-não, Lucas. -Nicki revirou os olhos. -você e a sua garrafinha ai.
-ah! Eu e a garrafinha? -ele tomou um gole de whiskey da garrafinha. -nós vamos pra algum motel e vamos transar loucamente a noite toda. -Summer trouxe as bebidas. -queria fazer isso com a minha namorada, mas acho que ela não vai querer dar essa noite.
-Lucas! -Nicki deu um tapa na coxa de Lucas. -seu pervertido! -Nicki bebeu sua tequila. -e pra sua informação, eu comprei até uma lingerie nova pra hoje.
-seria meu sonho? -Lucas suspirou.
-vocês são nojentos demais. -eu ri.
-isso é amor, Baby. -Lucas sorriu.
Nós ficamos até duas da madrugada bebendo e rindo. A noite havia sido realmente maravilhosa.
-nós já vamos -Lucas carregava uma Nicki completamente bêbada no colo. -eu não acredito que paguei adiantado uma noite num motel com banheira de hidromassagem pra não usar. -ele a colocou no banco do carona e entrou no carro. -boa noite pra vocês.
-boa noite. -Vinny e eu dissemos em uníssono.
Fui praticamente cambaleando em direção ao carro e o liguei.
-você não quer que eu dirija? -Vinny perguntou. -você tá muito doida.
-é, eu to mesmo. -passei por cima de Vinny e sentei no banco do carona. -dirige.
Como não havia trânsito algum, não demoramos cinco minutos pra chegar em casa.
-vem, deixa eu te colocar pra dentro. - Vinny abriu a porta do carro pra mim.
-não, não precisa, eu dou conta, pode ir. -tentei levantar do banco sozinha e acabei caindo de joelhos no chão.
-to vendo que você dá conta sozinha. -Vinny riu. -vem, sobe nas minhas costas.
Pulei nas costas de Vinny e depois de duas tentativas que quase se transformaram em queda, consegui me acomodar nas costas dele.
Vinny abriu a porta de casa sem fazer barulho e subiu as escadas.
-qual é o seu quarto? -ele sussurrou.
-o primeiro na frente da escada. -resmunguei. -eu quero dormir.
Vinny abriu a porta do quarto e me sentou na cama.
-você precisa de um banho.
-não quero tomar banho.
-vai tomar banho sim.
-não vou! -eu gritei e arregalei os olhos me tocando que não deveria ter gritado. -não vou. -sussurrei.
Sem nem mesmo perceber eu já estava de calcinha e sutiã sentada no chão do banheiro com o chuveiro ligado.
-você consegue se ensaboar sozinha? -Vinny perguntou do lado de fora do boxe, com os olhos tampados.
-consigo.
-então eu vou sair e vou deixar você tomar banho direito. -ele fechou a porta do banheiro.
Terminei de tomar banho, me enxuguei e vesti meu pijama que deixava dentro do banheiro. Quando saí encontrei Vinny sentado na minha cama.
-você já tá melhor, então eu já vou. -ele levantou-se e caminhou em direção à porta.
-espera -eu sentei na cama e Vinny virou-se para mim. -dorme comigo, por favor.
-Bea, eu não posso dormir com você... eu... -ele gaguejou. -você tá bêbada.
-eu to falando no sentido literal, deitar e dormir. -eu ri.
-ah... -ele corou. -mas mesmo assim eu não deveria...
-por favor.
Vinny ficou alguns segundos em pé na porta me encarando, tentando decidir se deveria ou não dormir comigo.
-tudo bem. -ele relaxou os ombros. -eu não tenho roupa.
-dorme de cueca. -eu deitei na cama, me virando para a parede para que Vinny pudesse tirar a roupa e então deitar.
-boa noite, Chenzo. -eu deitei a cabeça em seu peito.
-boa noite, Bea.

the boy of the next doorWhere stories live. Discover now