Capítulo oito

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-bea, posso entrar?- charlie perguntou já com a porta de meu quarto aberta.
-você já tá dentro né, querido- respondi fazendo um gesto para que ele entrasse.- o que você quer?
-sabe bea, já ficou bem claro que você não gosta de mim, mas como nós somos os únicos primos da família, acho que a gente deveria pelomenos tentar se dar bem.- charlie disse com um sorriso tímido.
-ah charlie- disse envergonhada- não é que eu não goste de você, é só que...sabe, toda essa pressão pra gente namorar me irrita, até porque eu não gosto de você desse jeito, desculpa.
-tudo bem bem, eu entendo.-ele sorriu.- mas nós podemos pelomenos ser amigos?
-claro que sim seu idiota- dei uma risada.
Depois disso nós descemos para almoçar, o que fez minha mãe e meus tios estranharem pois nunca nos viram tão próximos assim
-que milagre é esse que vocês não estão se degladiando?- tia Vivien perguntou erguendo uma sobrancelha.
-nós entramos em um acordo, tia.- sorri- agora somos amigos.
-sim mãe.- charlie sorriu me olhando
-amigos...-minha mãe fez cara feia.-já é um grande passo né.
Meus tios começaram a rir, e depois do almoço foram pra sala jogar conversa fora com minha mãe e charlie e eu fomos para a varanda, o meu lugar favorito na casa, e ficamos lá conversando até a noite quando charlie e meus tios foram embora.
-apareçam mais vezes aqui.- disse minha mãe enquanto tia Vivien e tio Robert entravam no carro.
-sim, claro que viremos mais!- disse titia.- e o almoço estava uma delícia! Tchau bea, querida.
-tchau meninas, obrigado pelo almoço.-disse titio enquanto ligava o carro.
-tchau bea.-charlie me deu um abraço e um beijo no rosto.
-tchau, insuportável.-brinquei- tchau tia, tchau tio.
Charlie cumprimentou minha mãe e entrou no carro que logo em seguida partiu. Minha mãe logo depois entrou e eu fiquei sentada na calçada observando as estrelas até que senti aquele cheiro de cigarro.
-seu namorado?-perguntou Ricky sentando-se em meu lado.
-quem? O charlie? Não, claro que não, ele é meu primo.-dei uma risada
-então você não tem namorado?- Ricky estava sério, cada vez mais próximo de mim
-não, por quê?-respondi enquanto nossos rostos se aproximavam cada vez mais.
-por que então eu posso fazer isso.- Ricky disse enquanto suas mãos subiam meus ombros e percorriam meu pescoço me puxando para cada vez mais perto dele e então finalmente nossos lábios se encontraram.

the boy of the next doorWhere stories live. Discover now