Capítulo quarenta e nove

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-Tudo bem. -ele abaixou o tom de voz. -extrapolei com você. Desculpa, desculpa. Eu sou assim, e é difícil de evitar, ainda mais quando estou cansado.
-então, Richard, só me procure quando estiver bem descansado. Passar bem.
-Bea, espera ai... Ah, que se foda. Tchau. -ele desligou o telefone.
-não acredito que ele desligou na minha cara! Filho da puta. -fiquei encarando a tela apagada do celular boquiaberta por alguns segundos até que ela se acendeu novamente.
-Bea, me desculpa. Eu não queria ter desligado na sua cara, me desculpa por favor. -ele praticamente choramingava do outro lado da linha, e eu não pude conter uma risada. -eu te amo, tá?
Eu acabei rindo do que ele tinha acabado de dizer, e acabei respondendo:
-Ridículo, eu também te amo. -Lucas está me chamando pra conversar. Depois ligo, tudo bem?
-Tudo bem, beijo.
Desligamos. Fui tomar um banho e logo desci para almoçar, minha mãe tinha deixado comida pronta. Assim que acabei, subi para o meu quarto novamente, e meu celular estava tocando, era Nicki.
-Oi, Nicki.
-E aí? Tudo bem?
-Tudo sim, tirando o castigo...-revirei os olhos.
-Imagino. Ah, parece que hoje Lucas ia conversar com Ricky para irmos à casa dos pais dele. -ela disse animada.
-Ahm...-lembrei da ligação com Ricky -Espero que minha mãe deixe.
-Falo com ela, se precisar. Era só pra lhe manter ciente disso tudo.
-Ok -ouvi o celular fazer barulhos e vi a tela acender- Ricky está ligando, depois nos falamos, beijos.
Segundos depois...
-Oi amor.
-Tenho um convite para fazer à você, um jantar, casa da família, no caso pais do Lucas, às 20:00.-ele estava bem animado, pra quem não fala muito da família.
Confesso que fiquei feliz, por ele estar feliz. E mais uma mudança de humor pra coleção.
-Tudo bem, vou falar com minha mãe.
-Aguardo sua resposta. Beijos.
Ele desligou, e eu fui assistir séries, e assim fiquei até as cinco da tarde, pois estava proibida de amigos. Escutei batidas na porta do quarto. Minha mãe entrou.
-Oi, Trice!
-Oi, mãe! Vem cá, precisamos conversar. -ela sentou à minha frente na cama, e me olhou desconfiada -Assim...Você sabe que Nicki e Lucas são namorados, e ele quer levá-la para conhecer os pais dele essa noite, que também são tios do Ricky, e ele queria que eu fosse para acompanhá-lo. Posso?-fiz beicinho -Por favorzinho...
Ela ficou me olhando com cara de quem quer rir, mas finje que está com raiva. Até que disse:
-Ah, você sempre me ganha. Pode ir. Mas sem aprontar nada, mocinha.
-obrigada obrigada obrigada obrigada! -pulei em seu colo e dei um abraço apertado nela. -eu te amo!
-eu sei. -ela riu. -também te amo. -ela levantou-se e foi em direção ao meu armário . -o que você vai vestir? Nada de preto. -ela abriu a porta do armário e um bolo de roupa caiu em cima dela. -caralho Bea! Vou já mostrar pro Richard o chiqueiro que a namoradinha dele vive. -ela riu.
-não sei. -me posicionei ao lado dela olhando para o fundo do armário. -ei, não sou tão bagunceira assim! -disse ironicamente, nós rimos.
Passamos cerca de 15 minutos procurando alguma coisa decente até que achamos debaixo de uma pilha de blusas o vestido que Phillip havia me dado, era perfeito.
-eu vou com ele, ótimo. -encostei o vestido em meu corpo para ver como ficava.
-perfeito. -minha mãe sorriu. -como eu sei que você não tem sapatos pra usar com ele, vai lá no meu quarto e pega um par de sapatilhas vermelhas, vai ficar ótimo.
-tudo bem. -eu disse, e minha mãe saiu do quarto.
Assim que ela saiu do quarto eu liguei para Ricky para avisar que eu poderia ir. Ele disse que me buscaria as 19:30. Já eram 18 horas, tinha uma hora e meia para me arrumar, então tomei um banho rápido, já que meus cabelos já estavam lavados, fiz uma prancha para tirar o volume e fiz uma trança raiz, passei uma maquiagem leve, apenas pó compacto e um brilho nos lábios, pus o vestido, e as 19:20 eu estava pronta. Me olhei no espelho e tive a certeza de que eu parecia uma moça comportada, esse pensamento me fez dar uma risada.
Fui até o quarto de minha mãe para buscar as sapatilhas.
-mãe? Vim pegar o sapato. -eu disse abrindo a porta, ela Assistia a alguma série na tv.
-elas estão dentro do... -ela fez uma pausa. -você está linda! Nem parece a filha gótica que eu botei no mundo! -ela riu.
-elas estão aonde, mãe? -eu disse rindo.
-dentro do armário.
-Tudo bem, obrigada.
Calcei as sapatilhas, e logo escutei a buzina do carro de Ricky lá em baixo. Virei para ela e me despedi. Assim que saí de casa, Ricky desceu do carro para me comprimentar.
-Meu Deus! Você está incrível!-me deu um selinho demorado.
-Obrigada meu amor. Você também está lindo.
Ele vestia calça jeans preta, e blusa social preta. Era como o de sempre, preto, mas ele estava muito elegante. Entrei no carro, Lucas estava no banco carona. Ele vestia uma blusa de botões preta também, e uma calça larga preta também. Nunca estiveram tão bonitos.
-Oi Luquinhas!
-Oi Bea! Você não tem noção de como está linda.-ele sorriu em suas bochechas rosadas.
-Oh, muito obrigada! Você é um amor, e também está lindo.-sorri.
Fomos direto para casa de Nicholle. Em menos de 20 minutos estávamos na porta dela. Ricky buzinou e ela apareceu. Estava mais que linda. Seu vestido era rodado, e de um azul marinho fosco, perto do preto. Seu cabelo estava solto, mas com um laço da mesma cor de sua roupa, segurando a mecha maior de seu cabelo curto. Seu salto era preto, mas não tão alto.
-Meu Deus...-Lucas estava de boca aberta, e todos nós olhávamos para ela.
-Vá buscar sua namorada, idiota!-Ricky bateu na testa dele.
Ele foi até ela, e deu um beijo em sua testa. Segurou sua mão, e a levou até o carro. Ela entrou e se sentou ao meu lado.
-Você está muito linda!-disse à ela sorrindo.
-Você está um arraso!-Ricky virou e disse.
-Ah -ela sorriu -muito obrigada!! Vamos?
Ricky deu partida, não demorou muito para chegarmos. A casa de Lucas era linda, repleta de vidro e lustres. Saímos do carro. Ricky me deu sua mão, e Lucas entrelaçou seu braço esquerdo, no direito de Nicki. Lucas tocou a campainha. Segundos depois, uma mulher de cabelos castanhos - provavelmente a mãe de Lucas- muito bonita, com um vestido branco de traços dourados, e de um sorriso acolhedor no rosto, abriu a porta.

the boy of the next doorDonde viven las historias. Descúbrelo ahora