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Ezra Aiken
Vampiro milenar, testemunha silenciosa de impérios que ruíram e luas que se apagaram. Seus olhos viram séculos sangrarem, e seu coração, endurecido pelo tempo, já não pulsava por mais nada...
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Ainda que eu tentasse, não tinha como organizar os pensamentos. As revelações recentes eram como correntes agitadas que se entrelaçavam em minha mente, formando um nó impossível de desfazer. Senti medo, um receio que me corroía silenciosamente. O desconhecido sempre foi capaz de despertar em mim esse pavor quase irracional, e agora ele parecia mais próximo, mais vivo, mais ameaçador. Perguntas me sufocavam: como eu iria mudar? O que aconteceria comigo a partir de agora? Quem eu seria quando as respostas finalmente viessem? Eu não tinha direção. Era como se tivesse sido lançado em um oceano sem bússola, sem horizonte.
E foi nesse vazio que percebi algo mais real do que qualquer pensamento, o aperto firme e ao mesmo tempo suave em minha mão. Baixei os olhos e, ao virar o rosto, encontrei Ezra. Ele estava ali, tão perto, tão meu, com aquele sorriso gentil e amoroso que sempre foi capaz de aquietar qualquer tormenta dentro de mim.
Naquele instante, compreendi de novo a essência dele em minha vida: Ezra era o meu chão quando eu flutuava sem rumo, era o meu norte quando a escuridão ameaçava me engolir. Ele sempre esteve ali, sendo o porto onde eu podia ancorar a minha alma.
Ezra se inclinou levemente para mim. Seus olhos eram dois sóis brandos, iluminando cada canto sombrio que me assolava. Ele passou o polegar devagar pelo dorso da minha mão, um gesto simples, mas que carregava toda a intensidade de um voto silencioso: não importa o que viesse, ele estaria comigo.
— Durma, meu lindo Melian… — disse Ezra, com a voz baixa, carregada de ternura. — Estarei aqui, regando você de todo amor que existe em meu coração.
Aquelas palavras se infiltraram em mim como melodia sagrada. Não eram apenas promessas ditas ao vento, eram raízes firmes se cravando em minha alma. Ezra nunca falou em me amar pela metade; ele sempre transbordava, sempre se oferecia inteiro, sem medo, sem barreiras.
Sua mão veio até meu rosto, pousando com suavidade. O calor dos dedos dele queimava de forma serena, como um fogo que não destrói, mas aquece e protege. Fechei os olhos por um instante, apenas para sentir melhor aquele toque. Ezra desenhou linhas invisíveis sobre minha pele, a acariciando com calma, como se quisesse memorizar cada detalhe da minha existência. Meu corpo, até então tenso, cedeu ao carinho. Cada músculo relaxava, cada pensamento caótico se dissolvia sob a presença dele.
— Eu te amo… — sussurrei, deixando minha voz escapar como um segredo frágil, mas verdadeiro.
Quando falei, percebi que não era só uma declaração. Era uma confissão de dependência, de entrega. Eu o amava de uma forma que me mantinha vivo, que me erguia quando tudo parecia desabar. Ezra sorriu ainda mais, e seu olhar brilhou como se tivesse recebido um tesouro eterno.
Aos poucos, senti meus olhos pesarem. O sono vinha, mas não era o sono comum que tantas vezes me abraçou. Era diferente, mais profundo, como se algo maior estivesse me chamando. A sensação era de que meu corpo ainda repousava ao lado de Ezra, mas meu espírito estava sendo puxado para outro lugar. Havia uma condução invisível, suave, mas irresistível.