✨ Capítulo 13 ✨

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Depois que ele foi embora, ficou apenas o silêncio. Mas um silêncio que gritava dentro de mim.

Fiquei ali, parado, imóvel no quarto como se o tempo tivesse congelado ao meu redor, enquanto meu corpo ainda vibrava com a presença dele. Não sabia o que pensar, muito menos o que sentir. Minha mente girava em espirais, tentando compreender o que havíamos acabado de viver, mas meu coração… meu coração parecia ter entrado em um transe próprio, batendo fora do compasso, como se quisesse escapar do meu peito e correr atrás dele.

A lembrança dos nossos corpos, mesmo vestidos,  entrelaçados como se a carne soubesse o caminho antes mesmo da alma, me deixava tonto. Eu fechava os olhos e tudo voltava: os suspiros abafados, os olhos dele me devorando como se eu fosse sagrado, a boca quente encontrando minha pele com um desejo tão feroz e delicado ao mesmo tempo, que eu pensei que fosse me desfazer em suas mãos.

— Por que está acontecendo isso comigo? — sussurrei para mim mesmo, com a voz trêmula.

Meus lábios ainda formigavam pelo beijo que ele me deu. Um beijo tão profundo que parecia ter levado um pedaço meu com ele. Toda vez que ele se aproxima, é como se o mundo parasse de girar só pra me lembrar que eu sou dele, não sei explicar, mas é uma certeza que pulsa dentro do meu peito, cravada em mim como uma verdade primordial. Nós mal nos conhecemos, e ainda assim, tudo nele grita que é meu. Seu olhar, sua voz, seu cheiro… ah, seu cheiro... algo entre tempestade e folhas molhadas. Viciante. Familiar.

A cada toque, meu corpo reage como se tivesse esperado por aquilo durante toda a existência. E quando ele me segurou com força, me apertando contra si, mesmo com as roupas entre nós… eu tremi. Meu corpo cedeu, eu me derramei. Sem vergonha, sem culpa, apenas instinto. Foi tão intenso, tão profundo, que me senti invadido e acolhido ao mesmo tempo. Como se finalmente tivesse encontrado onde pertencer.

Balancei a cabeça, tentando afastar as imagens, mas era inútil. Senti o calor subindo pelas minhas bochechas e o corpo todo ainda sensível, marcado pelo prazer recém-explodido. Era como se cada nervo meu tivesse sido despertado pela presença dele. Eu mal conseguia andar direito.

Caminhei até o banheiro, meio trêmulo, como se estivesse flutuando. A água quente me recebeu, escorrendo pelo meu corpo ainda melado, e eu encostei as mãos na parede, fechando os olhos, me permitindo recordar cada segundo com ainda mais nitidez. Toquei lentamente os lugares por onde ele passou, meus ombros, minha nuca, meu peito, e era como se suas mãos ainda estivessem ali, moldando cada parte minha como se fosse sua escultura viva.

Quando deslizei os dedos pelo meu ventre, estremeci. A lembrança dos seus lábios me explorando com fome e reverência ao mesmo tempo me arrancou um gemido abafado. Meu rosto corou na hora, e eu mordi os lábios, rindo de mim mesmo com vergonha… mas também com desejo. Isso era loucura. Como eu podia me sentir tão entregue por alguém que mal conhecia?

✨ A Cura Dourada ✨Where stories live. Discover now