✨🌈Vampiro/Magia/LGBTQIA/Hot🔥/RomanceGay🌈✨
Ezra Aiken
Vampiro milenar, testemunha silenciosa de impérios que ruíram e luas que se apagaram. Seus olhos viram séculos sangrarem, e seu coração, endurecido pelo tempo, já não pulsava por mais nada...
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Eu estava nas nuvens, não apenas no sentido figurado, mas como se meu corpo inteiro flutuasse em um lugar onde o peso do mundo não conseguia me alcançar.
Aos poucos, uma sensação suave começou a me puxar de volta para a realidade: dedos quentes e firmes, deslizando com paciência entre meus fios de cabelo, como se quisessem memorizar cada textura, cada mecha. O toque dele era uma promessa silenciosa, carregado de uma ternura que me desmontava por dentro.
Minha respiração desacelerou, se entregando àquele momento, e, mesmo com os olhos ainda fechados, eu sentia que ele me observava. Havia algo no ar, um silêncio denso, não desconfortável, mas tão cheio de significado que quase podia ser tocado. Quando abri os olhos, encontrei o dele, e naquele instante tive a certeza: eu era o centro de todo o universo que ele enxergava. Seu olhar não apenas me percorria, ele me prendia. Era como se, para ele, não houvesse mais nada, nem o mundo, nem o tempo, apenas nós dois, suspensos na eternidade daquele instante.
Ele sorriu, mas foi um sorriso raro, daquele tipo que não precisa de palavras para se fazer entender. Antes que eu pudesse respirar fundo para dizer qualquer coisa, ele inclinou o rosto e me beijou. Não foi um beijo apressado, nem urgente, foi a fusão perfeita de calma e intensidade. A princípio, senti meus pensamentos se dissiparem como fumaça ao vento, até que não restou mais nada dentro de mim além da sensação dos lábios dele moldando os meus. Era como se minha mente tivesse derretido, e tudo o que eu era naquele instante estava ali, presa ao calor, à pressão suave e ao sabor dele.
Minha pele reagia sozinha. Os dedos dele abandonaram meus cabelos apenas para deslizar até minha nuca, me mantendo perto, como se tivesse medo de que eu desaparecesse. Quando nossos lábios finalmente se separaram, não houve distância real, ele me abraçou de imediato, com força, me envolvendo como um porto que não permite que o barco se perca no mar.
Senti o peso da cabeça dele repousar contra o vão do meu pescoço, e um arrepio profundo me percorreu quando o calor de sua respiração se espalhou pela minha pele sensível. Ele inspirou fundo, aspirando meu cheiro com uma intensidade quase selvagem, como se quisesse gravá-lo dentro dele para sempre. Cada vez que sua respiração roçava minha pele, era como se pequenas faíscas corressem pela minha espinha, acordando partes de mim que eu nem sabia que podiam sentir tanto.
Eu não disse nada, não havia palavras que pudessem traduzir aquele momento. Meu coração batia com força, não por medo, mas pela certeza de que aquele homem, naquele instante, não apenas me tocava… ele me reivindicava. E, sem que eu pudesse controlar, uma parte de mim se entregava completamente a essa sensação, desejando nunca mais sair de dentro dela.
Eu observava o modo como ele me olhava, como se cada parte de mim fosse algo a ser estudado, registrado e guardado na memória. Havia um brilho em seus olhos que não era apenas ternura, mas também um tipo de obsessão calma, que não me assustava… apenas me deixava curioso. Acariciava meus cabelos de forma lenta, e o calor da palma de sua mão se misturava ao leve roçar de seus dedos.