Capítulo CLXXIX

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Decidimos que preparar o almoço juntas seria uma ótima maneira de relaxar.

— Que tal fazermos algo simples? – sugeriu Ema, indo até a cozinha e abrindo a geladeira.

— Perfeito. O que você tem em mente? – perguntei, seguindo-a.

— Pensei em uma salada fresca e uma proteína como peito de frango. O que acha? – respondeu ela, tirando ingredientes da geladeira.

— Amei a ideia! Vou lavar e cortar os vegetais para salada. – disse, pegando uma tábua de corte e uma faca.

Trabalhamos lado a lado, conversando e rindo enquanto preparávamos os ingredientes. Ema temperava o peito de frango, enquanto eu cuidava da salada. O ambiente na cozinha estava leve e descontraído.

— Você é uma excelente assistente. – brincou Ema, levando a proteína para a grelha elétrica

— E você é uma chef maravilhosa. Faz qualquer comida simples se tornar um banquete. – respondi, sorrindo para ela. — De onde você tirou essas habilidades culinárias?

— Aprendi com minha mãe. Ela adorava cozinhar e sempre me deixava ajudar na cozinha. – explicou Ema, acrescentando batatas a grelha.

— Que fofas. – comentei.

— Parece que somos uma dupla e tanto. – disse Ema, piscando para mim.

Enquanto o frango grelhava, Ema e eu conversávamos. Eu estava terminando de misturar os ingredientes da salada quando Ema se aproximou por trás e me abraçou.

— Estou tão feliz de estar somente você e eu aqui. – sussurrou ela em meu ouvido.

— Eu também, Ema. – respondi, virando-me para beijá-la.

Depois de alguns minutos, o frango estava pronto e as batatas também. Juntamos tudo e levamos os pratos para a mesa. Sentamos e começamos a comer, desfrutando do fruto do nosso trabalho conjunto.

— Esse frango com batatas está divino, Ema. Acho que você superou sua mãe. – brinquei.

— Estou lisonjeada. E essa salada está perfeita. – elogiou Ema, dando uma garfada na salada colorida.

Comemos em um silêncio confortável, trocando olhares e sorrisos. Era exatamente o que precisávamos depois de um dia tão intenso: um momento de normalidade e carinho.

Após o almoço, permanecemos à mesa, mergulhando em conversas sobre nossos sonhos e aspirações para o futuro. A ideia de uma viagem ressurgiu, e começamos a delinear os detalhes, imaginando destinos paradisíacos onde poderíamos nos desconectar completamente.

— Que tal uma ilha no Caribe? – sugeri, sabendo que Ema provavelmente rejeitaria a ideia.

— Caribe? Nem sei se tenho dinheiro suficiente para te oferecer um sorvete na praia. – disse Ema, rindo da própria situação.

— Eu ficaria feliz apenas em caminhar de mãos dadas com você pela areia.

Saímos da cozinha e nos acomodamos no aconchego do sofá da sala. Ali, envolvidas pela tranquilidade do ambiente, permitimo-nos relaxar completamente.

— Obrigada por esse dia, Ema. Eu precisava disso. – disse, olhando-a nos olhos.

— Eu também, Sarah. – respondeu ela, me abraçando.

Fechamos os olhos, aproveitando a tranquilidade daquele momento. Sabíamos que ainda havia desafios pela frente, mas estávamos prontas para enfrentá-los, juntas.

Cochilávamos no sofá quando o interfone tocou, interrompendo nosso momento de paz. Ema se levantou para atender.

— Sim? – disse ela, apertando o botão do interfone.

Ema trocou um olhar comigo, e pude ver a preocupação em seus olhos.

— Claro, deixe-os entrar. – disse Ema, pressionando outro botão.

— Quem? – perguntei, levantando-me do sofá.

— Nicolas e Verônica. – respondeu Ema, pegando minha mão e guiando-me até a porta.

Esperamos alguns minutos até que Nicolas e Verônica chegassem à porta da nossa casa. Quando abrimos, eles estavam ali, com expressões sérias.

— Olá, entrem. – disse Ema, dando espaço para que passassem.

— Oi, Ema. Oi, Sarah. – cumprimentou Nicolas, enquanto Verônica seguia logo atrás, entrando.

— Oi, gente. Fica à vontade. – falei, fechando a porta atrás deles.

— Desculpem aparecer assim, de surpresa, mas temos que conversar. – começou Nicolas, olhando para Verônica, que assentiu.

— Tudo bem, vamos sentar. Querem algo para beber? – ofereci, tentando quebrar a tensão.

— Não, obrigada. Só precisamos conversar. – respondeu Verônica, sentando-se no sofá.

Sentamo-nos ao redor da mesa de centro, e Nicolas começou a explicar.

— Verônica e eu decidimos que precisamos depor contra seu pai, Sarah. Temos informações que podem ser cruciais para o caso, mas isso não é tudo. – disse Nicolas, olhando diretamente para mim.

— O que mais há? – perguntei, sentindo um frio na espinha.

— Descobrimos que há mais pessoas envolvidas no que aconteceu na boate. Pessoas poderosas, que podem tentar interferir no julgamento. – explicou Verônica, seu tom grave.

— Isso é muito sério. Já informaram Catarina? – perguntou Ema, preocupada.

— Sim, e ela está tomando as precauções necessárias. Mas precisamos estar preparados para qualquer eventualidade. Queremos garantir a segurança da mãe e da filha da Verônica. – respondeu Nicolas.

— Claro, como podemos ajudar vocês? – perguntei, sentindo a ansiedade aumentar.

Nicolas e Verônica se entreolharam, ambos pareciam intimidados.

— Querem ajuda financeira? – indagou Ema, olhando para eles.

— Sim, sai da boate sem receber o ultimo pagamento. E tenho poucas economias guardadas, não conseguirei arcar com os custos de uma viagem.

— Sem problemas, eu ajudo. Para onde quer mandar sua família?

— Talvez uma cidade pequena no interior, onde elas possam ficar fora do radar. – sugeriu Verônica.

— Perfeito. Vou cuidar disso agora. Mantenha-se forte, Verônica. Estamos todos juntos nisso. – sorri.

— Obrigada, Sarah. – respondeu Verônica, com um leve sorriso nos lábios.

— Sabíamos que podíamos contar com vocês. – disse Nicolas, expressando um sorriso reconfortante.

Quando finalmente terminamos a reunião, já era noite. Agradecemos a Nicolas e Verônica pela visita e pela coragem de nos ajudarem. Sabíamos que, juntos, teríamos mais chances de vencer essa batalha.

— Se precisarem de qualquer coisa, não hesitem em nos chamar. – disse Ema ao se despedir.

— O mesmo vale para vocês. Estamos juntos nessa. – respondeu Nicolas, abraçando-nos.

Depois que eles partiram, Ema e eu ficamos em silêncio por alguns momentos, processando tudo o que havíamos discutido.

— Vai ser difícil, mas sei que conseguiremos. – disse Ema, quebrando o silêncio.

— Sim, conseguiremos. – respondi, sentindo uma nova onda de determinação.

Abraçamo-nos, sabendo que os próximos dias seriam desafiadores

CONTINUA...

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