Capítulo LXIII

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Após Sarah preparar a banheira, despi-me e mergulhei, acomodando-me no seu interior, com a água alcançando meus ombros.


- Vem. - estendi minha mão para Sarah, que se despiu e segurou a minha. Acomodou-se na banheira, posicionando-se de costas para mim. Envolvendo-a com meus braços, suavemente beijei seu pescoço.


Sarah afastou o cabelo para o lado e inclinou a cabeça para a frente. Continuei a beijar seu pescoço, ousando uma pequena mordida, fazendo-a arfar.


- Minha senhora, por favor, me possua.


- E por que eu faria isso? - minhas mãos subiram para os seios de Sarah, acariciando-os com ternura.


- Porque eu preciso te sentir dentro de mim. - disse Sarah.


- Se comportou mal, Sarah, não vou recompensá-la por isso.


- Senhora, por favor. Eu suplico. - Sarah pôs as mãos sobre as minhas, induzindo-me a apertar seus seios com força.


- Se deseja ser recompensada, evite virar as costas e me deixar falando sozinha. Não é uma adolescente birrenta, é uma mulher; comporte-se como tal durante nossas conversas.


- Desculpe, senhora. Estou envergonhada pelo meu comportamento inadequado.


- Quantos dias você acha que merece de castigo? - perguntei.


- Não, por favor. - Sarah virou o tronco na minha direção. - Eu faço o que você quiser, Ema.


- Será melhor se comportar até o final do dia, talvez eu seja menos rígida contigo. - Levantei-me e saí da banheira. - Aproveite o banho... Sozinha. - Dirigi-me até o armário, peguei uma toalha e enxuguei meu corpo.


- Senhora, me permite te mostrar algo?


- O quê? - envolvi a toalha em meu corpo.


- Meu quarto secreto. Acredito que possa encontrar uma maneira de me castigar. - disse Sarah.


- Quarto secreto? Seria uma espécie de masmorra?


- Sim. Me permite sair da banheira?


- Permito. - Saí do banheiro. Sarah surgiu momentos depois, envolta em um roupão. Ela avançou em direção ao closet, e eu a segui. Parou diante da sapateira, deslizando a estrutura de madeira para a direita, revelando uma porta branca com um pequeno painel numérico. Sarah digitou uma senha de quatro dígitos, e a porta destravou com um leve ruído. - Uau... É literalmente um cômodo secreto. - comentei.


- Entra.


- Alguma chance da porta travar e ficarmos presas aí dentro?


- Não, eu consigo abrir a porta manualmente também. - disse Sarah. Entrei no cômodo, seguida por ela. Parecia estar imersa em uma era medieval. As paredes tinham um tom escuro, não havia iluminação natural, e as luzes tinham um tom avermelhado. O porcelanato do chão era preto. Meus olhos percorriam os equipamentos, que pareciam ser instrumentos de tortura.


- Caraca... Este lugar é bem assustador. - olhei para Sarah.


- Gostaria de me castigar aqui?


- Não, eu... Bem, não posso pular as etapas. A Mariana não me instruiu sobre o uso de equipamentos. Prefiro não usar nenhum até receber as instruções dela. - respondi.


- Posso te mostrar como funcionam.


- Prefiro aguardar as instruções da Mariana. Não vou colocar a sua segurança em risco.


- Tudo bem. - Sarah me olhava. - Está me achando uma maluca, não é?


- Não, eu só não sabia que você tinha um quartinho de tortura escondido no armário do seu closet. Mas tudo bem, consigo lidar com isso.


- Obrigada por não me julgar. - Sarah se aproximou de mim. - Posso confirmar o jantar de mais tarde?


- Claro. - esbocei um sorriso.


- Ema, se quiser ir trabalhar na boate, não vou implicar. Eu confio em você.


- Ainda estou pensando sobre o assunto. Talvez eu faça um teste para ver como o estabelecimento funciona. - respondi.


- Faça o que achar melhor. - Sarah pôs a mão direita em minha nuca e beijou meus lábios suavemente.

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora