Capítulo C

437 48 5
                                    

Ao regressar para casa após uma tarde relaxante, optei por solicitar um delivery de comida de um restaurante local. Após desfrutar de um banho reconfortante, decidi vestir-me de forma mais provocativa. Escolhi um vestido preto justo, com alças finas e um decote arredondado, complementado por um delicado colar dourado adornando meu colo. Para finalizar o visual, calcei um par de sapatos vermelhos de salto alto. Após secar os cabelos e aplicar uma maquiagem leve, aguardei a chegada de Ema no sofá da sala, saboreando um pouco de vinho branco. Quando ela finalmente chegou, sua surpresa foi palpável enquanto ela se aproximava de mim.
— Tem algum evento para ir? – questionou Ema.
— Um encontro. – respondi, colocando a taça sobre a mesa de centro e me levantando na frente dela. — Um encontro com você.
— Hm. – Ema esboçou um pequeno sorriso. — Eu teria vindo mais cedo para cá se soubesse que estava me esperando.
— Eu sempre estou te esperando. – depositei um pequeno beijo nos lábios de Ema e senti um leve cheiro de álcool. — Bebeu na casa dos seus pais?
— Não, bebi sozinha. – Ema enfiou as mãos nos bolsos dianteiros da calça. — Foi bom rever meus pais, mas também foi um pouco constrangedor.
— Entendo. – coloquei as mãos nos ombros de Ema. — Sobe, toma um banho e desce para jantar comigo. Pedi comida pra gente. O Nick vai trabalhar, né?
— Não, mas vai dormir na casa da Verônica. Parece que a Vanessa está com virose. E ele se ofereceu para ir com ela e a mãe até o hospital.
— Ele adora aquela garotinha. – sorri.
— É.
— Então, o que achou da recepção? – encarei-a.
— Você está lindíssima, mas isso não é uma novidade. – Ema me olhou de cima a baixo. — Mas tem algo diferente em você, não se trata da roupa, é... A sua postura, parece leve.
— Eu passei a tarde com a Mari. Fomos a um spa. Foi magnífico. – respondi.
— Que bom.
— Deveria ir também. Você está tensa. Eu consigo sentir. – desci as mãos pelos braços de Sarah.
— Quem sabe um dia. – Ema sorriu fraco. — Eu fiz uma grande besteira, Sarah. Eu me afastei dos meus pais por conta da culpa e da vergonha. Eu magoei eles. E agora não sei como lidar com essa situação.
— Eu já te disse que sou uma excelente nora? Posso te ajudar com isso, amor. – toquei o rosto de Ema, acariciando-o.
— Bem... Minha mãe não costuma interferir na minha vida, nem nos meus relacionamentos, mas percebi que ela tem ressalvas quanto a você por causa do seu pai. – expliquei.
— Tudo bem. Seria estranho se ela não tivesse, mas tenho certeza que posso conquistar a mãe, assim como conquistei a filha. – dei um beijinho na ponta do nariz de Ema e me afastei dela. — Vou preparar um drinque para você. Por hoje, pensaremos somente em nós, pode tentar fazer isso?
— Claro. – Ema respondeu, me seguindo com o olhar. — Também senti falta.
— De quê? – olhei para ela, sem cessar meus passos a caminho da bancada do bar.
— De sentir seu corpo.
— Hmmm. – abri um largo sorriso, encantada com a menção à mensagem que enviei mais cedo para ela.

Continua...

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora