Capítulo XCIV

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Ema agarrou meu cabelo com firmeza, virando meu rosto de lado. Com determinação, ela desceu a mordaça e segurou meu queixo com sua mão livre, seus olhos percorriam meus lábios e os meus olhos.

- Como se sente? - ela perguntou.

- Em êxtase. - respondi, havia um leve sorriso nos lábios.

Ema selou meus lábios com um beijo ardente. Fechei os olhos, entregando-me à sensação. Um gemido escapou de meus lábios quando a prótese de Ema invadiu meu sexo, seus movimentos rápidos arrancavam-me suspiros de prazer. Senti seu peso sobre mim, me deixava completamente rendida, em um estado de pura loucura.

Meus gritos ecoavam pelo quarto, enquanto a cama rangia sob nós. Agarrei as correntes das algemas em meus pulsos e mordi o travesseiro para abafar os sons. A cada solavanco, sentia meu orgasmo se aproximando cada vez mais.

Meu corpo foi tomado por um orgasmo intenso, e um arrepio percorreu minha espinha dorsal. Libertei gemidos animalescos, sem hesitação alguma, sabendo que apenas Ema poderia me ouvir. Antes que pudesse me recuperar totalmente, algo viscoso e frio deslizou entre minhas nádegas. Ema invadiu-me novamente, sua mão silenciou meus lábios, impedindo qualquer grito de escapar. Meus olhos se reviraram ao sentir a prótese penetrando em mim, enquanto minhas nádegas eram castigadas pelo frenético vai e vem de Ema sobre mim.

Eu havia perdido a noção de quantas vezes havia chegado ao clímax, meu corpo estava exausto, quase imóvel sob Ema. Meus olhos se entreabriram quando, finalmente, ela cessou os movimentos e desprendeu minhas algemas. Contudo, permaneci ali, quieta, imersa apenas no som da minha própria respiração. Lentamente, o sono me envolveu, e quando acordei, percebi que estava fora do quarto secreto, deitada na minha cama, completamente nua e de bruços. Surpreendentemente, minhas nádegas estavam quase sem dor, um sinal de que Ema havia cuidado de mim. Virei-me de lado e chamei por ela:

- Amor? Você está aí? - perguntei, mas não houve resposta. Ergui-me da cama e vesti um robe cinza antes de iniciar minha busca por Ema. Vasculhei o banheiro e o closet sem encontrá-la, então decidi ampliar minha procura para os outros cômodos da casa. Caminhei pelo corredor e desci as escadas, onde finalmente a avistei na cozinha, sentada à mesa e absorta em seus pensamentos, enquanto tomava uma xícara de chá. - Ema. - chamei enquanto me aproximava dela.

- Oi. - Ema me olhou quando me aproximei dela.

- Sem sono? - pousei minhas mãos em seus ombros, ficando atrás dela.

- Mais ou menos.

- Posso te fazer companhia?

- Pode, mas não acha melhor voltar a dormir?

- Não, não existe nada melhor do que estar com você. - beijei o topo da sua cabeça. - Nossa noite foi incrível para mim, espero que tenha sido igualmente boa para você.

- Sim. - Ema me olhou. - Me surpreendi, acho que é isso que está me tirando o sono. Parece que eu gosto de ser má às vezes.

- É? - sorri. - Pode ser "malvada" comigo quando quiser, tá?

- Seu bumbum ficou bem machucado, talvez fique marcado por vários dias.

- Espero. - apoiei-me na mesa, inclinando-me na direção de Ema. - Nos próximos dias não irei usar nada para diminuir a dor. Eu quero lembrar da nossa noite toda vez que me sentar na minha cadeira do escritório.

Ema se levantou da cadeira sem pressa, deixando o chá de lado. Suas mãos apertaram meu quadril e me puseram sobre a mesa. Nossas bocas se uniram, logo nos agarramos sobre o tampo de madeira. Envolvi minhas pernas em torno do quadril de Ema. Abri seu cinto e desabotoei a calça. Ema abriu meu robe e deslizou os lábios entre meus seios. Agarrei seus cabelos e inclinei meu queixo para trás. Fechei meus olhos sentindo os lábios de Ema descerem até minha virilha. Apoiei as mãos na mesa, prevendo o que aconteceria em seguida. Ema posicionou minhas pernas em seus ombros e agarrou minhas coxas com firmeza. Sua boca encontrou minha intimidade, arrancando-me um gemido. Mordi os lábios, tentando abafar os gemidos seguintes, enquanto Ema explorava meu sexo com sua boca, fazendo-me suspirar de prazer. Ali, na mesa, senti-me como sua refeição.

Continua...

DOMINADORA POR ACASO (Sáfico)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora