Vou Te Compensar

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James

Encarou a nota por alguns segundos com um sentimento incomum rondando sua mente, não havia nada estranho, exceto pelo desenho adorável de uma maçã mordida que lhe arrancou uma risada, as palavras transmitiam um sentimento estranho.
Naiáde pediu para encontrá-la no jardim privado, a meia noite, e ao final havia um pequeno adendo, "dance comigo"
Suspirou cansado, rezando para que não fosse tão grave quanto parecia, que ela não estivesse se colocando em perigo e que o dia seguinte não demorasse a chegar.
De volta ao baile, não pôde se tranquilizar mesmo com a sereia ao alcance de sua vista. O sorriso que só era capaz de ver quando estava sozinho com ela, agora estava escancarado e até seus gestos mudaram, ainda era contida e cortês, mas surpreendentemente convidativa, como a última fruta de uma árvore.
— Não faça esse olhar, irmão. Ela está apenas interpretando um personagem. Devo admitir, nem sua ascenção ao trono vai superar a conquista que foi conseguir está mulher.— declarou Suzana observando-a também. James não discordou, cada homem ou mulher no salão já havia se perdido na presença dela. E todos no palácio a admiravam de alguma forma, seja por suas habilidades em tratar machucados ou doenças ou pela simpatia, não importando se fosse nobre ou servo.

— Não gosto disso. Me sinto doente por ter esses pensamentos mesquinhos e cruéis, mas não quero que ela sorria para outras pessoas. — disse baixo mas Suzana ouviu perfeitamente e soltou um riso zombeteiro.

— Então posso concluir que Lady Naiáde tem seu coração nas mãos, e com ele, todo o império.— discursou dando de ombros e alcançou uma taça de vinho de um criado que passava.— Pense de uma perspectiva diferente, ela está caçando, observando o animal a uma distância segura para depois lançar a flecha.— continuou, James assentiu mesmo sem concordar, não por sua total confiança na sereia ou nas palavras da irmã, mas por Naiáde estava disposto até mesmo a condenar sua alma ao sofrimento eterno.

— continuou, James assentiu mesmo sem concordar, não por sua total confiança na sereia ou nas palavras da irmã, mas por Naiáde estava disposto até mesmo a condenar sua alma ao sofrimento eterno

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Não teve muitas chances de estar perto durante o baile já que o imperador pediu por uma dança e logo em seguida, o pai da moça fez o mesmo. Ao menos podia se tranquilizar por nenhum outro ter tido a ousadia. Agora, caminhava pelo corredor do palácio principal, a caminho do jardim privado, atento ao redor, com a espada tão preparada quanto sua mente.
Ouviu murmúrios ao longe e estremeceu, a voz infelizmente era conhecida e poucas horas atrás usou muito do seu autocontrole para não calá-lo para sempre. O palácio era frequentado, em sua grande maioria, por nobres influentes, mas não era raro que outras figuras importantes fossem apresentadas à família real, desde mercadores a construtores e produtores de alimentos, os Cyans foram apresentados pelos Marselha a muitos anos e o filho mais velho estava sendo preparado para assumir a cadeira do pai. Entretanto, não havia simpatizado com ele, era tão arrogante quando um nobre sem ter nem mesmo a dignidade de um. Por isso, não chegou a se surpreender vendo os cabelos prateados de Tristan Cyan incomodando uma mulher, visivelmente menor. Não, sua surpresa foi outra.

— Me olhou com esse sorriso de meretriz a noite toda, e agora vai bancar a puritana?— cuspiu ele, James parou abruptamente.

— Não tem o direito de falar tais injúrias a mim, eu não fiz tal coisa. Eu sorri muito hoje, não deveria se considerar especial a esse ponto, afinal estamos em níveis diferentes, senhor Cyan.— ouviu- a dizer e o sangue ferveu nas veias imediatamente, fazendo o corpo tremer e um grunhido se formar na garganta.

A FILHA DO GENERAL Where stories live. Discover now