Você Ofendeu Minha Mulher

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Quando chegou ao castelo uma hora depois, tinha as pálpebras inchadas e os olhos vermelhos, os lábios sangravam em alguns pontos depois de terem sido mordidos e Freya acariciava seus cabelos com ternura.

— Freya?— chamou baixo.— Estou grávida.— sussurrou, nem mesmo ouvia sua própria voz.

— Sim, eu sei. Tenho rezado muito para que seja uma menina. Assim poderei brincar com ela como brincava com minhas bonecas.— brincou, Naiáde riu.

— Deveríamos ir embora?— questionou, mas mesmo que estivesse ferida não estava com raiva de James, ele não merecia.

— Não podemos. Tem que falar com sua Alteza apropriadamente e contar a ele. Estarei com a senhorita, quer fique ou vá, mas não vou deixar que seja covarde.— argumentou, Naiáde virou o corpo sob o colo da moça e a encarou. Onde diabos encontrou tanta audácia?

— O que te ensinaram aqui enquanto eu estava fora?— perguntou, ainda soluçava.

— Eu que deveria perguntar. O que ele fez com a senhorita? Fazia anos que não chorava dessa forma. — devolveu o questionamento, Naiáde sorriu fraca. Envergonhada, Freya não errou nenhuma vez naquele dia, e agora estava constrangida pelas ações que tomou, pelo choro e pela posição, com a cabeça no colo de Freya que a consolava como a uma criança.

— Eu fui derrotada.— murmurou com o olhar distante.— Me apaixonei por ele, mas acho que dos males esse é o menor, não é?— brincou.

— Ora, poderia ser pior. Ele gostava muito da senhorita, tenho certeza que não vai despreza-la.— continuou, parecia tentar animá-la ou encorajá-la, não importava, se levantou e secou as lágrimas com as costas das mãos. Não, não era covarde e não se converteria em uma agora.— Aposto meu dote que ele vem procurá-la.— provocou.

— Vou dobrar seu dote. Mas só porque não vou esperar que ele venha, eu vou mostrar pra ele que não sou alguém com quem se pode brincar.— declarou decidida.— Hora de agir.— comentou.— Preciso de algo para desinchar o rosto, e de um cavalo.— disse baixo, armando seus próximos passos.

— disse baixo, armando seus próximos passos

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James

Estava bravo, não era novidade, partiu de Cargia carregando consigo o ódio de toda uma vida. Tanto que chegou a capital em cinco dias e mal havia dormido nos últimos dias.
Quando finalmente estava lá não foi capaz de vê-la, primeiro o imperador o convocou para a corte e entregou um relatório das reformas feitas em Cargia, juntamente com todos os novos aliados voluntários e acordos firmados. Depois, foi até a prisão do palácio investigar e interrogar os servos apreendidos, mas depois de algumas horas não havia encontrado nada relevante e não podia suportar ficar ali sem poder vê-la. Se dirigiu com pressa para entrar no palácio, mas foi frustrado novamente e barrado no jardim por Ashley Lewis, tudo ocorreu rápido demais, mal pôde entender devidamente até ouvir a dama de companhia dizer. "Envenenada", esteve longe por só quatro meses e ela acabou envenenada. Encarou a mão segurando seu braço, o toque causou repulsa, mas o olhar de desgosto no rosto da sereia foi muito pior. Não queria machucá-la, nunca teve tal intenção, mas agora, os olhos marejados eram a única imagem que rodopiava em sua cabeça vez após vez, piorando seu estado.

A FILHA DO GENERAL Where stories live. Discover now